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Hepatites virais com enfoque em penitenciária feminina

Por:   •  30/4/2018  •  2.320 Palavras (10 Páginas)  •  264 Visualizações

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Foi utilizado também Gazeta Médica da Bahia, Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, Jornal de pediatria e o Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.

Todos os dados pesquisados serão utilizados em uma apresentação no Circuito Acadêmico no mês de junho/2015 para ser avaliada por uma banca de professores do Uni-bh.

- LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

4.1 Hepatite A

A hepatite A é uma doença do fígado altamente contagiosa e às vezes pode levar até à morte. A infecção pelo vírus da hepatite A constitui um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. A transmissão desse tipo da doença se dá principalmente pela via orofecal, deste modo a água é um importante veículo de disseminação do vírus da Hepatite A (SANTOS, SEIXAS, PEREIRA, MEDRONHO, 2005).

O Brasil tem altos índices de transmissão de Hepatite A, devido às péssimas condições ou até mesmo a ausencia de saneamento básico, grande parte da população é obrigada a viver nessas condições, inclusive nos grandes centros urbanos (SANTOS, SEIXAS, PEREIRA, MEDRONHO, 2005).

Há relatos de outros países que mostram que a melhoria nas condições sanitárias de uma população reduz o número de casos da doença. A disponibilidade de água tratada nos domicílios é uma medida eficaz para o controle da doença. Com essas melhorias, os indivíduos passam a entrar em contato com o vírus em idades mais avançadas, quando, ironicamente, aparecem mais freqüentemente as complicações da doença. Por essa razão, ao lado das medidas sanitárias, a vacinação contra o vírus da hepatite A deve ser estimulada como um meio efetivo para o controle da doença (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

O fato de ter sido descrito apenas 1 sorotipo do vírus A, facilita o controle da hepatite A através da vacinação. Nos últimos anos foram desenvolvidas vacinas contra hepatite A, tanto de vírus vivos, atenuados, quanto de vírus inativados. São vacinas altamente imunogênicas e seguras, tem cerca de 95% a 100% chance de soroconversão em indivíduos saudáveis ,o que torna alto o valor da vacina na proteção contra a doença. Há comprovação do seu valor, através de estudos populacionais feitos em várias partes do mundo. A vacina também é capaz de evitar a disseminação da doença durante surtos (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

Com melhorias nas condições sanitárias e vacinação em massa , é possível erradicar essa doença, e para que essas medidas funcionem é necessário divulgar mais e fazer a vigilância dos casos de hepatite (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

É recomendável que os dados colhidos incluam: (1) controle dos fatores de risco para infecção; (2) Monitoramento das tendências epidemiológicas;(3)Identificação e avaliação das epidemias; (4)Identificação e avaliação dos surtos de fontes comuns; (5)Controle das oportunidades perdidas de vacinação;(6) Avaliação do impacto dos programas de vacinação (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

4.2 Hepatite B

O vírus da hepatite B (HBV) é transmitido através de lesões na pele e mucosa, relações sexuais e exposição percutânea, cortes, furos de agulhas ou outros instrumentos contaminados. A transfusão de sangue e seus derivados sem investigação laboratorial para doenças transmissíveis, os procedimentos odontológicos, cirúrgicos e de hemodiálise que não seguem as normas universais de biossegurança, além do uso de drogas injetáveis, a transmissão perinatal ou os conta- tos domiciliares em ambientes superlotados também podem ser meio de transmissão do vírus (CHAVES, CAMPANA, HAAS, 2003).

Ter conhecimento sobre o vírus B e a implementação de estratégias indicadas para a prevenção do mesmo exigem métodos complexos de vigilância epidemiológica. Além dos casos ja existentes na população, devem ser avaliados também os indivíduos que pertencem a grupos de risco e, ainda, aqueles que apresentam diferentes condições patológicas tais como: infecção perinatal, hepatites agudas e crônicas, portadores assintomáticos do vírus B, cirróticos e pacientes com carcinoma hepatocelular (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

A vacinação contra o VHB é a maneira mais eficaz na prevenção de infecção aguda ou crônica, e também na eliminação da transmissão do vírus em todas as faixas etárias.

As estratégias utilizadas para que o vírus não seja transmitido são: (1) prevenção de infecção perinatal, através de triagem materna e de profilaxia pós- exposição dos recém-nascidos de mães soropositivas; (2) vacinação contra hepatite B de todas as crianças, visando prevenir a infecção na infância e em idade mais avançadas; (3) vacinação dos adolescentes que não foram protegidos; (4) vacinação de indivíduos pertencentes a grupos de risco (FERREIRA, SILVEIRA,2004).

4.3 Hepatite C

Embora o vírus C (VHC) seja transmitido por contato direto, percutâneo ou através de sangue contaminado, a via de infecção em percentual significativo de casos não é identificada (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

Apesar das múltiplas tentativas, ainda não há vacina contra a hepatite C, e tampouco medidas eficazes pós-exposição. A redução da infecção (e das doenças a ela relacionadas) requer a implementação de atividades de prevenção primárias e secundárias. As primárias, para reduzir o número de infecção; as secundárias, para diminuir o risco de doenças do fígado e de outras doenças entre os portadores do VHC (FERREIRA, SILVEIRA, 2004).

As estratégias para prevenção do vírus C deveriam incluir: (1)prevenção de transmissão por atividades de alto risco (uso de drogas e sexo não protegido com múltiplos parceiros); (2) triagem de doadores e procedimentos de inativação de produtos potencialmente contaminados com o vírus C (transmissão através de sangue, produtos derivados de sangue, transplantes de órgãos e tecidos); (3) melhorar as práticas de controle de infecção (transmissão através de procedimentos médicos) (FERREIRA, SILVEIRA 2004).

4.4 Hepatite D

O vírus da hepatite D também chamado de vírus delta, é um pequeno vírus contendo RNA circular. O vírus da hepatite D causa infecção, quando é acometido com o vírus da hepatite B em indivíduos normais ou que já possuem a infecção

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