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Teoria da Dependencia

Por:   •  23/9/2018  •  1.250 Palavras (5 Páginas)  •  241 Visualizações

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empírico, assim como um apoio institucional, à busca de bases autônomas de desenvolvimento” (THEOTONIO, 2000, p. 64).

Entretanto, o autor problematiza a industrialização ocorrida com à Revolução Burguesa e defende a reforma agrária utilizando exemplificações de países que a implementaram, objetivando salientar seu discurso e, assim, defender o término da desigualdade econômico-social, o latifúndio e a situação de subdesenvolvimento. Ele adentra a crítica sobre o papel do setor exportador tal como principal obstáculo ao “desenvolvimento econômico”, a existência da CEPAL e ao processo de substituição de importações - sistema defendido pela burguesia nacional.

Aprofunda-se a reflexão sobre a história econômica, a estrutura do regime colonial, a questão agrária no Brasil e a expropriação das riquezas. O autor destaca o compromisso da burguesia nacional com o capital internacional, assim como fez Fernando Henrique Cardoso, demonstrando os modelos ideológicos na região, o pensamento da CEPAL e evidencia que os ciclos econômicos latino-americanos estavam vinculados aos ciclos da economia global até a década de 50, cenário que foi mudando com o processo endógeno de industrialização. Destaca ainda que o avanço do setor industrial impõe a necessidade da criação de uma nova política diante do capital internacional.

Avançando para a análise da nova ordem econômica mundial e sua subsequente crise, Theotonio narra o progresso do Terceiro Mundo como polo ideológico, diplomático e político. Em seguida, expõe sua visão sobre o avanço democrático, no trecho: “(...)a acumulação e o avanço democrático da região desestabilizaram crescentemente o capitalismo dependente na região, e aumentará a contradição entre movimento democrático e a sobrevivência do capitalismo dependente” (THEOTONIO, 2000, p. 88). Relaciona pontualmente o avanço liberal com o ajuste estrutural na América Latina, responsável por debilitar suas economias em prol de repassar seus recursos para o sistema econômico mundial e, logo depois, lamenta como o quadro desfavorável afeta o pensamento ideológico, a ciência política e a social devido a perca de capacidade de pesquisa e desenvolvimento.

Em suma, os argumentos de Theotonio dos Santos Júnior são satisfatórios para que sua tese seja sustentada, uma vez que descreve muito bem a análise histórica, trazendo diversos elementos de outras áreas e, ao retratar um tema de fundo, não se estende muito, mas também não deixa o interlocutor a desejar, pois correlaciona a teoria da dependência ao sistema-mundo fornecendo bibliografias específicas. Particularmente, concordo com os argumentos do autor, pois, além de serem convincentes e se encaixarem no perfil latino-americano e na história brasileira, facilita o entendimento de suas formações políticas e econômicas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SANTOS, Theotonio dos. A Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas. Florianópolis: Insular. Reedição ampliada e atual, 2015

Quem foi Theotonio. Disponível em: <http://theotoniodossantos.blogspot.com.br/p/sobre-o-autor_3835.html>. Acesso em: 10/08/2016

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