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OS IMPÉRIOS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Por:   •  19/12/2018  •  6.686 Palavras (27 Páginas)  •  313 Visualizações

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3. Problema de pesquisa

3.1 Proposição do Problema: Estamos estudando a construção dos Impérios nas Relações Internacionais, a fim de descobrir as principais características de sua consolidação e fragilidades, para melhor compreender seu processo de desenvolvimento, tentativa hegemônica e atuação na balança de poder europeia, e por quais motivos culminou seu declínio.

4. Proposição de hipóteses: Com o propósito de alcançar o melhor resultado possível com este trabalho e sanar os questionamentos e problemas compreendidos, buscaremos apresentar uma pesquisa descritiva e analítica referente o processo de formação, consolidação e declínio do império em questão.

Discorreremos neste Projeto Interdisciplinar, abordando os aspectos relacionados ao Império Habsburgo, tais como sua formação, ascensão e seu declínio, sendo este último a culminância dessa monarquia, que se mantiveram atuantes do direito hereditário e na argumentação universalista religiosa, de sua soberania ligada ao desejo divino.

Exceção deste império, o iniciado como Império Habsburgo, após um longo processo histórico se transforma no Império Áustro-Húngaro, ocorrendo assim, a conclusão de dois declínios, em seus diferentes momentos. Desta forma, buscaremos a compreensão dos aspectos sociais, econômicos, políticos, históricos e/ou geográficos, que correlacionados levaram à queda dos Habsburgos e Áustro-Húngaros, sendo o primeiro como um resultado de uma passagem para o segundo – a redução e delimitação de territórios, bem como mudança nas instituições políticos, sociais e econômicos.

Com do desejo de universalização de sua monarquia, os Habsburgos, “sofrem” com a perda territorial na Europa Central, devido às disputas territoriais má sucedidas. Consideremos também, que o marco de um processo de relacionamentos internacionais formalizados em um acordo, o Tratado de Paz de Vestefália, contribuiu negativamente para a diminuição dos territórios austríacos na Itália e Alemanha, afetando consequentemente seu poderio hegemônico.

Concebemos, portanto, as hipóteses geopolíticas e sociais, contribuintes para o paradoxo que tange este império. Mesmo iniciando seu poder através da territorialidade e alianças de interesses políticos, também por alguns desses motivos, conjuntamente, sendo reproduzidos por outras monarquias, como a ascensão da poderosa França em um dos momentos de tentativas e sucesso de enfraquecimento austríaco na balança europeia. Assim como a contribuição de conflitos internos que afetaram a atuação interna do poder imperial.

5. Objetivo Geral: Estudar os Impérios nas suas características de universalização ideológica, cultural, política e geográfica.

6. Objetivo específico: Estudar as estratégias desenvolvidas pelo império austríaco/austro-húngaro para permanecerem resistentes dentro da balança de poder na Europa, analisando política, geográfica, sociológica e historicamente, dentro da conjuntura em que o mesmo se iniciou, consolidou e declinou.

7. Contexto histórico internacional da formação do Império Habsburgo (Austro-Húngaro)

O Império Habsburgo (Austro Húngaro), por esta pesquisa, abordado, foi de extrema relevância na participação no cenário internacional nos períodos dos séculos XVI ao XX, do que discorreu de seu processo no continente europeu. Caracterizado por possuir em seu contexto, acontecimentos breves, como a assinatura do Tratado de Cessar Fogo, em 1918, que deu fim a Primeira Guerra Mundial, ou o Tratado de Trianon, o qual foi assinado após o fim da Guerra, em 1920, que consolidava o antigo Reino da Hungria, para um novo Estado da Hungria, que causou grandes perdas territoriais e demográficas para o mesmo.

O império territorialmente vasto por toda a Europa, que mantinha seu centro de poder na Áustria, com uma estrutura monárquica soberana e católica – ressaltamos aqui o grande vínculo que seus líderes possuíam com a Igreja.

Além de acontecimentos que marcaram um momento, historicamente podemos observar a participação austríaca em dois atos conjunturais onde estiveram diretamente relacionados: a Guerra dos Trinta Anos, marcada pelas relações de uniões anti-hegemônicas para conter a hegemonia habsburga na Europa no século XVII; e a Primeira Guerra Mundial, com seu início e fim ligados ao centro imperial, a Áustria-Hungria.

O império Habsburgo teve sua formação de centro de poder no final de 1555 e início de 1556, quando Carlos V divide suas terras, entre seu filho e irmão. A região da Áustria ficou com seu primo, Ferdinand, que fez com que a região e suas terras vizinhas tivessem um governo estreitamente centralizado. Quatro anos mais tarde herdou as regiões de Hungria e Boêmia. O governo de Ferdinand tinha uma grande influência da igreja católica, a qual reprimia de forma violenta todos os movimentos que ameaçavam a mesma.

Templos foram destruídos, impondo o catolicismo como a única religião permitida na época, o que levou a uma série de revoltas, com ênfase na Guerra dos Trinta anos, a qual teve o início em 1618, foi uma guerra de origem religiosa, marcada pela disputa entre católicos e protestantes, com a região da Boêmia como cenário de disputas. Os conflitos se estenderam até 1648, e teve o fim com a assinatura do Tratado de Vestfália, que defendia a liberdade religiosa e a soberania entre Estados, culminou a um enfraquecimento do Império Habsburgo, que buscava ao máximo manter-se estável, graças a uma significativa quantidade territorial e riquezas.

De 1519 a 1659, a família habsburga dominava a Europa, mas teve uma repressão muito grande vinda do governo Francês e dos príncipes germânicos. Mesmo com tal repressão, calcula-se que no ano de 1600, 25 milhões dos 100 milhões de europeus viviam sob o império habsburgo.

Ao longo de seu processo imperial, a região do reino da Hungria começou a reivindicar mais autonomia, e consequentemente fazendo com que tivessem uma monarquia dual, ou seja, um só rei para os dois países, levando em 1867 a formação do Império Austro-húngaro.

Seu primeiro imperador, foi o monarca Francisco I da Áustria e II do Sacro Império Germânico, que tinha como objetivo evitar que Napoleão viesse a ser seu sucessor no Império. Assim como seu antecessor, o Sacro Império, e seu sucessor, o Império Austro-Húngaro, o Império Austríaco manteve seu núcleo na atual Áustria e também na Hungria com a dual administração a partir de 1867, mas compreender que a dinastia habsburga era presente entre

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