O Tráfico de drogas na América do Sul
Por: YdecRupolo • 11/12/2018 • 2.335 Palavras (10 Páginas) • 381 Visualizações
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O tráfico de drogas ilícitas possui impactos nas áreas econômicas, social e política, estando diretamente ligado aos problemas em outros crimes e da violência.
Iremos enfatizar na América do Sul para que possamos ter um maior entendimento diante dos problemas ocasionados pelo tráfico internacional de drogas, e as medidas adotadas para as suas resoluções.
Fazendo com que a diplomacia e as relações internacionais vissem além dos problemas relacionados com a guerra e paz entre as nações. Com o desenvolvimento mundial e a globalização o rápido acesso a informação, vários assuntos se internacionalizaram. Entre esses assuntos de âmbito internacional, a questão mundial das drogas, assunto recorrente há muitos no contexto internacional.
2. O Trafico Internacional de Drogas e seus impactos
O surgimento constante de novas substâncias, e com os acordos existentes entre as nações vem tendo reconhecimento no assunto, e aumento o campo de atuação e mostrar cooperação para controlar e tentar extinguir os problemas trazidos pelas drogas. Alguns tratados internacionais foram firmados para que pudesse ter um controle na produção dessas substancias, e também no consumo de drogas ilícitas.
A preocupação da ONU com as drogas não é recente, A primeira convenção convocada para tratar especificamente do tema aconteceu em 1961, seguida de duas outras, em 1971 e 1988. O narcotráfico e o crime organizado assumiram dimensões tão graves que a ONU realizou duas conferências, num prazo inferior a cinco meses, em Nápoles (novembro de 1994) e no Cairo (Maio de 1995), para tratar do tema. Foi a primeira vez que a organização convocou duas conferências sobre uma mesma questão em prazo tão curto e em tempo de paz. Participaram representantes de 180 países. (JUNIOR, 2005 p. 28-29)
E com grandes impactos sociais, econômicos o narcotráfico possui um grande peso internacionalmente, aspecto importante em se destacar é como a politica externa e interna lida com esses conceitos, pois em um mundo globalizado o acesso às drogas se tornam cada vez mais rápido e acessível.
O narcotráfico faz com que os Estados adotem novas politicas para que possam se relacionar, se ajudar de uma maneira mais eficaz, estando ligado no enriquecimento da economia informal do país, são vários fatores ligados ao tráfico de drogas que intensificam os elevados níveis de criminalidade nos Estados.
O Narcotráfico movimenta algo em torno de UR$ 400 bilhões anuais- o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil -, segundo estudo feito pela ONU e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). É a segunda mais importante atividade comercial do mundo, só perdendo para as armas. (JUNIOR, 2005 p. 24)
1.1 A América Latina
Como o comércio de drogas tem um grande faturamento muitos países começaram a ficar depende da produção e do tráfico de drogas principalmente os países da América Latina.
As primeiras manifestações do governo ao combate às drogas aconteceram na América Latina, em 1969, e recebeu o nome de Operação Incerpt. Foi uma operação do governo americano com o governo mexicano para impedir que a maconha produzida no México entrasse nos Estados Unidos. Essa operação foi necessária devido ao tumulto que se deu com o grupo de jovens que se denominavam hippies e que buscavam a inclusão de jovens no “american way of life” (DEL OLMO, 1990, p. 33).
O Brasil sendo um dos países que tem fronteiras com um dos maiores fornecedores de cocaína acaba se tornando rota para o tráfico internacional, oferecendo acesso rápido para o Oceano Atlântico, onde acaba destinando essas drogas para a Europa e África.
Em 2011, 54% da cocaína apreendida no Brasil tinha origem na Bolívia, país sem acesso direto ao mar aberto, 38% proveniente do Peru, e 7,5% proveniente da Colômbia (UNODC, 2013).
Há algum tempo que o tema relacionado a trafico de drogas vem sendo tratada em cenário de segurança internacional, para a redução de produção e oferta, objetivando os crimes que acarretam ao uso das drogas.
As instituições internacionais utilizam sua influencia e potencial para que exista uma cooperação maior entre os Estados, embora muitas das vezes não consigam obter os objetivos desejados, possuem influência através de suas iniciativas e uma maior coordenação.
- O tráfico de Drogas e o Brasil
O Brasil possui uma fronteira direta com esses países e quase não há fiscalização, principalmente quando a fronteira acontece dando acesso através da floresta Amazônica fica muito mais fácil à entrada no país, e como não há monitoramento não tem como controlar, sendo assim fica fácil para o envio das drogas para os países da Europa, e África e Estados Unidos, transportando através do oceano.
O aumento da marginalização na sociedade, e aos elevados níveis da criminalidade, a droga produzida pela Colômbia, Peru e Bolívia, em especial a cocaína, são enviadas para o Brasil, mesmo que o Brasil não tenha cultivo em larga escala igual aos seus vizinhos, ele também produz, faz o refino, importa e exporta vários tipos de drogas, fornece novas opções de drogas tornando um grande centro para rota, produção e consumo.
As características estruturais do narcotráfico no Brasil se desenvolveram inicialmente a partir de sua condição primordial de país de trânsito, que o diferenciou dos países produtores ou eminentemente consumidores. Essa característica voltada para uma atividade meio, o trânsito, faz com que grupos atuantes neste segmento do narcotráfico, como no caso brasileiro, estejam operacionalmente vinculados às estruturas e organizações nas duas pontas do processo. Ou seja, vínculos com países produtores e consumidores. Por conseqüência, ligações com os grandes cartéis internacionais, como aquelas existentes nos principais centros de consumo e produção às demais estruturas de contravenção associadas ao narcotráfico.(FILHO,1997, p.87).
Esse modelo que vem sendo criado através dessas negociações cultivado pelas várias negociações do controle social que culminou com a Convenção Única sobre Estupefacientes, em 1961, e como resultado obteve-se o diploma do qual há distinto a diferença entre o usuário (indivíduo dependente) e o traficante e, o professor de Ciências Criminais, Salo Carvalho (1996, p. 18) escreve sobre:
Esse diploma incorpora um discurso médico-sanitário-jurídico, que traça uma distinção entre consumidor (doente) e traficante (delinquente). Segundo esse discurso,
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