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A Crise dos Mísseis

Por:   •  2/10/2018  •  3.116 Palavras (13 Páginas)  •  426 Visualizações

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Em entrevista á revista americana TIME em janeiro de 1972, o Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon disse:

‘’Precisamos lembrar que o único período da História Universal em que tivemos uma fase prolongada de paz coincidiu com um equilíbrio de forças. É quando uma nação se torna muito mais poderosa do que os seus concorrentes potenciais que nasce o perigo de uma guerra. Creio, portanto, num mundo em que os Estados Unidos são poderosos. Acho que o mundo será mais seguro e melhor se tivermos os Estados Unidos, a Europa, a União Soviética, a China e o Japão todos eles poderosos e sadios, cada qual equilibrando o outro, não se atirando um contra o outro, mas em verdadeiro equilíbrio’’.

Não se sabe ao certo quando a Guerra terminou, historiadores dizem que foi com a queda do muro de Berlim em 1989, que dividia a cidade entre a parte socialista e a parte capitalista, e outros dizem que foi em 1991 quando os regimes socialistas começaram a cair, dando fim a União Soviética.

Como afirmou Demétrio Magnoli, a guerra fria é o reinado de uma nova forma de equilíbrio, definida com a precisão pelo conceito de equilíbrio do terror. Depois da Segunda Guerra Mundial, o equilíbrio do terror atravessou três fases distintas, cada uma caracterizada por um determinado balanço do poder bélico das superpotências na escala planetária. Na segunda fase a superioridade nuclear americana é incontestável. O conflito típico dessa fase, e que também marca o seu final, é a famosa Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962.

3. INTRODUÇÃO À CRISE DOS MÍSSEIS EM CUBA

Em meio a guerra fria, os 13 dias que causaram mais tensão em todo o sistema internacional foi o período da Crise dos mísseis em Cuba de 1962.O que muita gente não sabe, é que na verdade a crise dos mísseis em Cuba não foi uma ameaça aos Estados Unidos somente, mas sim, uma resposta as ameaças partida do capitalismo liberal (Estados Unidos).

Algum tempo antes da Crise dar inicio, os Estados Unidos posicionou na Turquia mísseis em direção à União Soviética, apesar de diversos pedidos e tentativas de acordo para que os mísseis fossem retirados, todas as possibilidades de acordos não funcionaram. Sentindo-se então ameaçados, a União Soviética decidiu posicionar mísseis em Cuba (também socialista) em direção aos Estados Unidos .Com essa “contra resposta” às ameaças de interesse militar, político e econômico, no mundo foi gerado uma tensão, temor de uma possível nova guerra mundial.

Os Estados Unidos, já prevendo que Cuba viria a causar-lhe problemas antes de tudo isso acontecer, tentou derrubar o governo de Fidel Castro e o regime e sistema de Cuba através da “Baia dos Porcos”, estratégia essa que acabou vacilando e não surtindo o efeito esperado pelos Estados Unidos.

Depois deste incidente Fidel Castro começou a se aproximar cada vez mais do bloco socialista, e à partir desta nova aliança, acabou gerando o plano que causaria ao mundo grande tensão. No dia 14 de outubro de 1962, já com muitas suspeitas quase comprovadas, os Estados Unidos enviou um caça para uma espionagem ao longo de todo o território pertencente a Cuba. Descobrindo assim, uma base militar com mísseis sendo instalados, com capacidades nucleares.

Pela primeira vez na historia, desde que o Estados Unidos passou a ser grande influencia, o mundo assistiu seu temor e sua tensão perante o poder de resposta dos Soviéticos. A partir de então, iniciou-se o período de longas negociações durante esses 13 dias. Período esse em que o mundo assistia com grande atenção e precauções.

4. DESENVOLVIMENTO DA CRISE DOS MÍSSEIS EM CUBA

Foram 13 dias de surpresas, reviravoltas e quedas de braço entre Estados Unidos e União Soviética. Tudo começou quando o assessor de segurança dos EUA entrega ao presidente John Keneddy conclusões de uma missão de conhecimento aéreo no oeste de Cuba. Não tiveram dúvida. Os soviéticos levaram mísseis nucleares à Cuba. Um avião havia flagrado o transporte de cargas militares.

Keneddy então no dia 16 de outubro as 9 da manhã convoca o comitê executivo do Conselho de segurança Nacional. Três opções de ação são colocadas a mesa: bloqueio naval da ilha, invasão de larga escala à Cuba ou ataques aéreos às bases de mísseis.

No dia 17 Kennedy decide manter as noticias em sigilo para não causar uma onda de pânico. Porem não para de pensar em qual estratégia tomar. O Estado maior defende a opção pela invasão à Cuba, o secretário de defesa insiste no bloqueio naval. À noite daquele mesmo dia outro voo flagra novos mísseis soviéticos em Cuba.

No dia 18 é debatida a grande dúvida: a União Soviética sabia ou não que os Estados Unidos haviam fotografado as bases dos mísseis em Cuba. O ministro das relações exteriores da URSS – Andrey Gromyko visita a Casa Branca (reunião foi marcada antes da descoberta dos mísseis). Gromyko afirma que as cargas de mísseis em Cuba então lá para “ajudar na capacidade de defesa de Cuba e no desenvolvimento de sua pacífica democracia”.

Sexta dia 19, Kennedy ocupado com sua campanha eleitoral, deixa para o irmao Robert a responsabilidade de guiar as reuniões que seriam feitas. Robert prepara planos completos tanto para um bloqueio naval tanto para um ataque aéreo. Kennedy já se preocupa sobre os futuros discursos que serão feitos tanto para anunciar o bloqueio quanto para o caso de um bombardeio. Kennedy ainda tinha duvidas mais estava inclinado para o bloqueio.

No dia 20, sábado o irmão de Kennedy, Robert diz que é necessário tomar uma decisão final. Kennedy então volta a Casa Branca e dá a desculpa do retorno a um suposto resfriado. Após cinco horas de discussões, a ideia de um possível bloqueio naval ganha ainda mais forca, mas não houve um consenso.

Domingo, dia 21 Kennedy decide resolver a situação. Ele pergunta ao general do Comando Aéreo Estratégico qual seria o resultado de um ataque aéreo e como ele poderia garantir a destruição de todos os mísseis. O general responde que morreriam de dez a vinte mil pessoas e mesmo assim ainda não seria possível garantir a eliminação de todos os mísseis. Kennedy resume assim que o caminho mais razoável a se tomar seria o bloqueio, ação que pelas leis internacionais era tida como um ato de guerra. O presidente então decide usar o termo “quarentena”, um eufemismo para evitar críticas da comunidade internacional. Após a reunião, a imprensa já sabia que havia armas em Cuba. Kennedy é questionado sobre a real situação em Cuba. O presidente

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