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Crise na Petrobras

Por:   •  4/8/2017  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  482 Visualizações

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apenas na área financeira da organização, mas englobe todos os setores empresariais, com destaque para as áreas de produção, compras, vendas e, claro, a área financeira.

Em paralelo à administração do fluxo de caixa está a administração do capital de giro, que deve ser citado. O capital de giro (ou ainda capital circulante líquido – CCL) representa os recursos aplicados no ativo circulante do balanço de uma organização subtraído pelos valores de passivo circulante, portanto está diretamente relacionado à gestão dos ativos e passivos circulantes. Através da mensuração do CCL, é possível avaliar a disposição dos recursos que irão financiar o ciclo operacional de uma empresa.

Ainda segundo Zdanowicz “o fluxo de caixa é um instrumento útil ao processo de tomada de decisão, ou seja, através de prévias análises econômico-financeiras e patrimoniais obtêm-se as condições necessárias para definir as decisões corretas. Assim, por meio do fluxo de caixa a empresa irá planejar e controlar todas as suas atividades operacionais e não-operacionais futuras”.

Finalmente, o objetivo principal da gestão do fluxo de caixa é proporcionar maior rapidez às entradas de caixa em relação aos desembolsos, otimizando assim, a compatibilidade entre a posição financeira da empresa e suas obrigações. Portanto, conclui-se que esta ferramenta é imprescindível para organizações de todos os tamanhos e ramos de atuação, visto a alta competitividade do mercado.

3 A CRISE DA PETROBRAS

Para entender a atual situação da Petrobras é necessário analisar fatos ocorridos nos últimos dez anos.O assunto mais citado atualmente é a compra, em 2006, de 50% da refinaria de Pasadena (EUA), que está sob investigação de superfaturamento. Mas os problemas da estatal vão muito além deste aspecto.

Nos anos de 2007 e 2008, com a descoberta do Pré-Sal, a Petrobras potencializou seus (ambiciosos) projetos de investimento. Este fato, somado à política praticada pelo governo de controle dos preços de combustível representam os principais desencadeadores da crise de caixa da empresa, resultando em um alto grau de endividamento.

No Brasil, consome-se mais petróleo do que se produz. Isso obriga a Petrobras a importar o produto e, devido ao controle governamental dos preços de combustíveis, a estatal não pode repassar o valor ao consumidor final, pois isso aumentaria os índices de inflação. O resultado é um impacto significativo nas contas da empresa. Como referência, segundo o site da BBC Brasil, em 2013, o um reajuste nos preços dos combustíveis deu um fôlego à empresa, que obteve um aumento de 11% do seu lucro em comparação ao ano de 2012.

Outros fatos podem ser citados para agravamento da situação. Com a crise econômica entre os anos de 2008 e 2009, o mundo inteiro foi afetado, principalmente os países que exportavam seu material para os EUA, como consequência, vendiam menos e eram altamente prejudicados por isso. Sentindo então o choque, as bolsas mundiais, sofreram com grandes perdas nos três primeiros meses do ano, incluindo a bolsa de valores brasileira.

Segundo os estudos com base nas demonstrações contábeis sobre os exercícios do ano de 2008 e 2009, conseguimos analisar de forma clara que a Petrobras teve seu índice de capacidade de pagar as dívidas adquiridas muito baixo, o que pode ser reforçado pelo aumento dos financiamentos bancário tomados pela empresa neste período. Em outras palavras, a Petrobras não conseguia quitar suas dívidas dentro dos prazos acordados.

Nota-se que a empresa estava enfrentando o iniciode uma crise de caixa, ficando então famosa por atrasar os pagamentos aos seus fornecedores. Com todo esse movimento no mercado brasileiro, o que mais chamava a atenção da população era a grande chance de pequenas empresas falirem.

O baixo rendimento já esta fazendo com que o país seja visto com maus olhos, pois de acordo com os estudos, os lucros obtidos nos últimos 4 anos foram menores que os de consumo, perante esse resultado, a empresa corre grandes perigos.

Em 2014, a operação denominada Lava Jato surgiu para investigar um suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro da estatal. A Petrobras se tornou então vítima de uma crise existencial com problemas de corrupção e superfaturamento e tenta, em conjunto com as empresas de auditoria interna e externa, a readequação do seu balanço patrimonial.

A empresa de auditoria Pricewaterhouse Coopers, decidiu por não assinar a demonstração contábil da estatal no terceiro trimestre de 2014, alegando que se houver alguma obra superfaturada, a Petrobras terá que descontar de seus ativos o valor desviado, gerando novos problemas como desconfiança dos investidores na bolsa de valores.Outra complicação seria o rebaixamento de títulos da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody’s Investors Service.

Com esses dois fatos, o acesso ao crédito e captações de recursos futuros se tornou mais difícil. A estatal deverá pagar juros mais altos, com isso terá uma maior dificuldade para atrair investimentos e financiar novos projetos, o que, em termos práticos, vai piorar a situação de sua dívida, afetando diretamente o seu caixa.

Devido a atual situação da Petrobras, a diretoria executiva da empresa planeja desinvestir, ou seja, vender ativos,que estão divididos entre exploração e produção no Brasil e no exterior, valores esses que chegam em torno de US$ 13,7 bilhões (segundo informações do site O Globo) para tentar dar fôlego ao caixa da empresa.

Apesar da crise financeira, a empresa avistou maneiras na qual pudesse amenizar o caos. Sofrendo com a perda de espaço na participação de mercado e tendo em vista que a empresa não está tendo bons resultados, o aumento nos preços da gasolina e do diesel contribuirá a favor, mesmo sabendo que o preço do combustível no Brasil já está acima dos praticados no exterior. Contudo, isso não significa que o preço nas bombas não será mais reajustado, isso por que a Petrobras anunciou que o CIDI (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) tributo que estava zerado desde 2012, passará a ser cobrado, alegando que esses valores farão bem ao caixa da Petrobras.

Segundo comentaristas e analistas que avaliaram a situação financeira da Petrobras, a mesma se mostra flexível ao lidar com as turbulências do mercado e, desta forma, o risco

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