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TESE DE DEFESA- O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS

Por:   •  18/9/2018  •  2.310 Palavras (10 Páginas)  •  1.258 Visualizações

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Aqui evidenciamos que estes réus não permaneceram confinados naquela caverna pelos trinta e três dias. Em suas mentes, já desprovidas de algumas faculdades, o tempo se estendeu de maneira absurda.

Em outra parte vemos:

“aumentados como o tato e a audição, os levavam a terem um estimulo sensorial muito sensível (...) possibilitaram alucinações a eles, ouvindo e sentindo coisas (...)”.

Outro ponto onde venho a bater na mesma tecla, as suas faculdades mentais se extinguiram, deixando a penas o puro extinto de sobrevivência dos homens.

Logo após dias de tratamento, quando começam a recobra suas faculdades, eles próprios dizem a médica, como esta relata:

“Disseram-me ainda (...) como todos estavam fora de seu juízo normal aceitaram o acordo mas deveriam perguntar a alguém sobre essa medida.”.

Agora lhes aponto o ponto de vista médico, afirmado com veemência pela renomada Dra. Vicência:

“Do meu ponto de vista médico, os estímulos extremamente alterados os levaram a distúrbios mentais graves, assim entraram em um estado de sobrevivência. (...) Já a seu cérebro ainda se encontra abalado, qualquer estimulo pode fazer com que retomem visões da caverna.”

Perceberam senhores jurados, que a neuropsiquiatria é precisa em esclarecer a este juízo tudo àquilo que este causídico expos à Vossas Excelências.

Agora ,Vossas Excelências, quero leva-los para dentro daquela caverna apavorante. Imagem comigo, os senhores estão em serviço, praticando o que gostam quando de repente um desmoronamento obstrui A ÚNICA saída! O desespero emana dos senhores nesse exato momento. Pouca comida. Pouca água. Não há meios de sobrevivência, só lhes resta esperar que alguém de fora venha lhes salvar. Quando isso acontece, dias se passam sem nenhum contato externo, nem mesmo sabiam se realmente seriam salvos (FORA QUE AINDA, COMO EXPOSTO PELA DOUTORA, AS VOSSAS NOÇOES DE TEMPO EXAURIRAM-SE). Não sabiam quanto tempo estavam ali, seriam dias, semanas, meses, até que por um milagre o rádio os chama. Agora não há duvidas de que podemos ser salvos, mas, somente daqui à dez dias!

Mas para vocês, que perderam essa noção, quanto tempo é dez dias?

Agora interrogações é a única coisa que existe em vossas mentes. Sermos salvos? Dez dias, será que sobreviveremos até lá? Não conseguimos nem mesmo nos mexer corretamente!

Disto surge Roger com a ideia mais eloquente, elabora por ele, e, sem dúvidas, provinda da necessidade de sobrevivência do grupo. E se um de nos se sacrificasse para, pelo menos, alguns de nos sairmos daqui?

Será? É o que vem das suas mentes.

Pois bem, a necessidade de viver os fez agora ir de encontro à médica, onde esta diz que a subsistência do grupo seria possível. Logo Roger ficou mais atraído ainda pela sua ideia, e conseguiu convencer o grupo. Porém, ao perceber que participando ou não, seria beneficiado da mesma maneira; claro que quanto a injustiça lhes vem aos olhos queremos que a justiça se faça presente, neste caso a justiça da natureza humana.

A necessidade os levou a tal ato, estão diante de vocês pessoas, ser humanos, estes que a natureza tratou de puni-los pessoal quando ficaram presos na caverna. Fome, sede, medo, desesperança, desespero, exaustão física e mental, tudo isso ligado a uma prisão imunda e escura, onde nenhuma luz adentrava.

Iremos mesmo condenar pessoas, que até para viverem aqui precisam de um medico ao seu lado, pois não se encontram em condições adequadas nem mesmo para se exporem diante desse juízo.

Agora vus pergunto, iremos condenar pessoas que já sofreram e ainda sofrem, a mais um isolamento? Iremos levar pessoas que se encontram, sem o mínimo de condição nem mesmo para expor os fatos ocorridos no local?

Se for assim, para que os tiramos de lá? Para poder prenderde-los novamente?

Se for assim, era melhor ter os deixado para morrer na caverna e não ter sacrificado DEZ vidas a mais para salva-los!

Neste caso, estes homens e esta mulher agiram em estado de necessidade, por isso eu rogo aos senhores que os absolvam, acompanhando a tese de defesa. Dessa forma vocês estarão aplicando a justiça seguindo os princípios gerais do Direito e da lei penal.

Assim finalizo minha explanação fazendo das palavras do advogado Eduardo Couture as minhas: “Teu dever é lutar pelo direito, mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a justiça, lute pela justiça”.

Depoimento Medico

O médico Neurocientista

Meu nome é _____________________________________, sou graduado(a) em Medicina, pós-graduado(a) em neurologia, mestre(a) em neuropsiquiatria, mestre(a) em neurologia e Doutor(a) em neurociência

Como chefe do departamento médico dessa operação de salvamento, fui o primeiro a estabelecer contato com eles dentro da caverna acerca de sua sobrevivência. Quando me perguntaram quantos dias levariam para tirá-los dali, e, ao saber que seriam necessários mais dez dias, eles, a meu ver, entraram em desespero. As oito horas que se passaram até meu outro contato com eles foram crucias para que eles decidissem qual deveria ser a ação tomada para que eles sobrevivessem.

Profissionalmente falando, em um local escuro, quente e úmido, os estímulos sensoriais expostos a eles, alguns diminuídos como a visão e a percepção da luz, permitiram que eles perdessem a noção de tempo-espaço, assim os trinta e três que estavam lá pareceram ser muito mais, podemos supor que mais uns quinze dias talvez; e outros aumentados como o tato e a audição, os levavam a terem um estimulo sensorial muito sensível, logo às oscilações de temperatura, uma hora quente, outra frio e úmido e sons dentro da caverna, possibilitaram alucinações a eles, ouvindo e sentindo coisas, fato esse que eu evidenciei quando saíram da caverna.

Assim como tive o contato pelo rádio, fui eu, e outros companheiros da equipe médica, quem lhes deram os primeiros socorros e também os atendemos durante os outros procedimentos médicos no hospital.

Como falava, assim que saíram da caverna estavam extremamente magros, os lábios rachados pela desidratação, assustados, a luz parecia ferir lhes os olhos. Somente consegui falar com eles no hospital, estavam semi-inconcientes

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