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O CRIME É UM COMPORTAMENTO DESVIANTE, MAS NEM TODO COMPORTAMENTO DESVIANTE É UM CRIME

Por:   •  9/12/2018  •  3.044 Palavras (13 Páginas)  •  214 Visualizações

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danos graves como assassinatos até crimes sem vitimas. Um criminoso não é somente aquele que mata e rouba, mas também uma pessoa que não usa o cinto de segurança ou fuma em lugar impróprio, pois essas atitudes são antijurídicas. Os crimes são cometidos em circunstâncias diferentes um pai de família pode cometer um crime para poder alimentar sua família ou determinada pessoa pode simplesmente cometer o mesmo crime pra alimentar o seus gostos por roupas caras. Apesar de que essas pessoas são julgadas e responderão pelos seus atos, os sociólogos não acreditam que um julgamento moral seja a melhor maneira de entender por que as pessoas cometem crimes.

ALGUNS CRIMINOSOS SÃO "CONDUZIDOS A ELE"(MAS....)

A melhor maneira de pensar sobre o crime seja como algo em que as pessoas são forçadas a praticar, eles não querem ser criminosos, mas são forçados a ser. Ela supõe que as pessoas medem o peso dos custos e benefícios da ação, e escolhem cometer o crime pois o benefício é maior do que os riscos, até pessoas que trabalham em emprego bom estão do lado oposto da lei pois milhares de imigrantes vivem de forma ilícita no país o que tecnicamente os faz serem criminosos. Na maioria dos casos, cometer um crime de alguma forma faz sentido para o criminoso.

ALGUM CRIME É SIMPLESMENTE NORMAL

Muitos criminosos se sentem conduzidos ao crime? sim, certamente, Émile Durkheim acreditava na sobrevivência das cidades mais organizadas assim como as plantas e os animais. Dizer que alguma coisa é normal não implica necessariamente dizer que é uma coisa boa. O propósito das leis, afinal, a forçar as pessoas a não fazerem algo que de outro modo ficariam tentadas a fazer. Ao mesmo tempo as leis são escritas para cobrir situações em que realmente haja alguma chance em que sejam aplicadas, seria muito bom se todo mundo dissesse por favor e obrigado à mesa do jantar, mas os policiais não têm como fiscalizar isso então não existem leis contra pequenas grosserias. Como as leis são escritas para serem aplicadas em situações em que as pessoas as violem, é mais ou menos garantido que qualquer lei seja quebrada em uma sociedade. Dizer que o crime é normal talvez soe como não haver motivos para ter autoridades policiais. Bem para começar, aplicar as leis de fato torna menos provável que elas sejam quebradas, a polícia não pode eliminar a fraude completamente, mas aplicação da lei previne que pelo menos alguns potenciais golpistas pratiquem seus métodos desonestos. E aplicar as leis no crime pode trazer benefícios para o resto da sociedade, além de todos ver as leis sendo cumpridas, assim pensariam duas vezes antes de cometerem algum crime. Na Roma antiga, multidões enchiam o coliseu para assistir a criminosos sendo jogados aos leões; nas sociedades medievais, enforcamentos públicos eram uma diversão popular. As sociedades hoje são muito mais sutis, mas julgamentos espetaculares ainda recebem muita atenção em toda a sociedade

NOS TRIBUNAIS

Em Salém Massachusetts, mais de duas dezenas de pessoas foram executadas, ou por morte carcerária. Episódio esse sendo como um dos mais chocantes da história americana, Salém em si continua sendo um destino popular, especialmente perto do Halloween, para os curiosos turistas que querem saber como ocorria os julgamentos.

Muitos relatos esses ilustram os julgamentos das bruxas, explicando por que os julgamentos apesar de trágicos, fazem todo sentido no contexto social. Além disso, o sistema legal dava a cada juiz uma incrível liberdade em se tratando da interpretação e da aplicação da lei. Hoje, um evento como o Julgamento das Bruxas de Salém é quase inimaginável; apesar de ter sido excepcional até mesmo na América colonial.

O que conta como “Crime” varia de ano para ano, e até mesmo de dia para dia, assim como as adaptações das sociedades vão se transformando, alguns exemplos de debates que estão acontecendo hoje, caso do aborto, poluição dos automóveis. Acontece que a lei foi escrita intencionalmente de modo ambíguo, a fim de que os tribunais possam ser livres para decisão com base em cada caso, porém de fato não é isso que ocorre.

NAS RUAS

O que caracterizamos como “crime” é visto de diversas formas, sendo definido nas legislaturas, nos tribunais, e nas ruas.

Os policiais nas linhas de frente (ruas), aplicam a lei com intuito de defender as pessoas, mas nem sempre é óbvio qual, quando ou como aplicá-las. Obviamente em certas ocasiões é clara a ação do policial, todavia, em muitos outros, eles têm ampla liberdade de decisão sobre estes pontos.

Podemos citar casos onde pessoas descumprem normas e mesmo assim (há exceções) não se aplica a sanção proposta. Casos como de pedestres imprudentes, cópias de CDs ilegais, uso de entorpecentes, etc. Portanto, algumas leis proibindo essas atividades foram escritas com a total compreensão de que seriam inaplicáveis na maioria dos casos; elas estão ali para serem aplicadas seletivamente, a critério das autoridades policiais e dos tribunais. Nas ruas, os policias precisam dividir seu tempo e sua atenção a fim de prevenir os piores crimes e o máximo possível de crimes menores, caracterizando em nível na construção social do crime como secundária, sendo primária nas legislaturas e nos tribunais.

O nível secundário é dotado pelo termo de facto (oficialmente), entrando em confronto com o termo jure (na realidade). Em muitas cidades, andar de bicicleta na calçada é um crime de jure (já que existem leis contra isso), mas é de facto legal (pois é improvável que você seja punido por fazê-lo).

É fundamental que os policias tenham esta flexibilidade, embora se crie a possibilidade de injustiça. Ainda mais preocupante é discriminação envolvida nestes casos, julgando e tratando como potenciais criminosos pela cor, forma de vestir-se, minorias, classes sociais, etc. Então, estando estes no lugar e hora errada correm o risco injusto de maus tratos ou de suspeita indevida

TORNANDO-SE DESVIANTE

Para W.I Thomas, uma situação definida como real é real em suas consequências. Isso significa que provavelmente alguém apontado como “desviante” provavelmente se tornará ainda mais desviante. Ser rotulado como desviante, pode causar o comportamento desviante de

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