Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Contratações no Direito

Por:   •  5/11/2018  •  3.727 Palavras (15 Páginas)  •  238 Visualizações

Página 1 de 15

...

55, caput, da Lei nº 9.099/95.

Assim sendo, justa e equânime foi a decisão do magistrado de primeiro grau, uma vez que pode-se perceber que houve a correta apreciação das questões de fato e de direito, ato em que, inconformado o Recorrente interpôs o presente Recurso Inominado, contudo, não lhe assiste razão, conforme os motivos fáticos e jurídicos a seguir:

III- DOS FUNDAMENTOS DAS CONTRARRAZÕES

III.1- DA EXISTÊNCIA DE DANOS MATERIAIS

Na certeza da proteção aos seus direitos, o Recorrido ingressou em juízo com a presente ação, tendo certeza do quão indubitável a existência de dano no caso em tela, uma vez que a recorrente/requerida não prestou o serviço com qualidade, como deveria ser, ferindo os ditames legais e jurisprudenciais aqui já apresentados.

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO - APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - NÃO ENTREGA DOS PRODUTOS ADQUIRIDOS E QUITADOS NO PRAZO CONTRATADO - DANO MORAL CONFIGURADO - INDENIZAÇÃO - MANTER VALOR ARBITRADO. - A relação jurídica existente entre as partes litigantes é tipicamente de consumo, atraindo a aplicação do Código de Defesa do Consumidor à lide. Assim, a responsabilidade é objetiva, prevista no art. 14 do CDC. - Comprovada a falha

na prestação do serviço, consubstanciada na não entrega dos produtos adquiridos pelo consumidor, a fornecedora deve responder pelos danos experimentados pelo autor, considerando a assunção dos riscos do empreendimento, a falta de previsão de isenção de sua responsabilidade no que diz respeito à entrega do produto. - Os fatos narrados na inicial não constituem mero aborrecimento ou dissabor do dia-a-dia. Ao contrário, os fatos relatados configuram um grave desrespeito para com o consumidor que, repita-se, ficou meses impedido de premiar os seus clientes com as mercadorias compradas na empresa ré, causando-lhe frustrações e angústia diante da espera da entrega dos produtos. - O valor da indenização deve ser fixado com prudência, segundo os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, mostrando-se apto a reparar, adequadamente, o dano suportado pelo ofendido, servindo, ainda, como meio de impedir que o condenado reitere a conduta ilícita.

(TJ-MG - AC: 10079100140478001 MG, Relator: Evandro Lopes da Costa Teixeira, Data de Julgamento: 20/02/2014, Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/03/2014)

Vejamos ainda decisão jurisprudencial de maior similitude:

TROCA DE PRODUTO DIVERSO DO ADQUIRIDO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGA O RECLAMANTE QUE ADQUIRIU UM APARELHO CELULAR DA MARCA MOTOROLA EM 12/09/2014. NOTICIOU QUE O APARELHO ENTREGUE EM DATA DE 30/09/2014 NÃO CORRESPONDIA AO COMPRADO, DE QUALIDADE INFERIOR E MODELO ANTIGO. EM QUE PESE OS CONTATOS COM AS RECLAMADAS, NÃO OBTEVE ÊXITO NA SOLUÇÃO DO IMPASSE. PLEITEIA A CONDENAÇÃO DAS RECLAMADAS A SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO ENVIADO PELO EFETIVAMENTE ADQUIRIDO, BEM COMO EM DANOS MORAIS. SOBREVEIO SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS, DETERMINANDO A SUBSTITUIÇÃO DO APARELHO ENTREGUE PELO EFETIVAMENTE ADQUIRIDO,

BEM COMO CONDENANDO A PRIMEIRA RECLAMADA AO PAGAMENTO DE R$. 6.000,00 (SIES MIL REAIS) A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSURGÊNCIA RECURSAL DA RECLAMADA MOTOROLA. PUGNA PELA REFORMA DO DECISUM. ADUZ A INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL INDENIZÁVEL OU, ALTERNATIVAMENTE, A MINORAÇÃO DO VALOR ARBITRADO EM SENTENÇA. O RECLAMANTE APRESENTOU CONTRARRAZÕES PUGNANDO PELO NÃO PROVIMENTO DO RECURSO INOMINADO E PELA MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. OS FATOS NARRADOS NA INICIAL NÃO CONSTITUEM MERO ABORRECIMENTO OU DISSABOR DO DIA A DIA. AO CONTRÁRIO, CONFIGURAM DESRESPEITO PARA COM O CONSUMIDOR. O DESCASO COM O CONSUMIDOR QUE ADQUIRE PRODUTO COM DEFEITO E/OU VÍCIO ENSEJA DANO MORAL. ENUNCIADO Nº 8.3, DA TURMA RECURSAL/PR. A AUSÊNCIA DE POSTURA DILIGENTE DA RECORRENTE, ALIADA À NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO JUDICIAL PARA A TROCA DO APARELHO CELULAR ADQUIRIDO EVIDENCIAM O DESCASO E O DESRESPEITO COM A PESSOA DO CONSUMIDOR. DANO MORAL CONFIGURADO.O ARBITRAMENTO DA INDENIZAÇÃO PELO DANO MORAL DEVE SEMPRE TER O CUIDADO DE NÃO PROPORCIONAR, POR UM LADO, O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DO AUTOR EM DETRIMENTO DO RÉU, NEM POR OUTRO, A BANALIZAÇÃO DA VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. TAMBÉM DEVE SER CONSIDERADA A DUPLA FINALIDADE DO INSTITUTO, QUAL SEJA, A REPARATÓRIA EM FACE DO OFENDIDO E A EDUCATIVA E SANCIONATÓRIA QUANTO AO OFENSOR. EM FACE DESSES CRITÉRIOS, LEVANDO CONTA AINDA OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE, MANTENHO O MONTANTE ARBITRADO EM SENTENÇA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. CONDENO A RECORRENTE AO PAGAMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, OS QUAIS FIXO EM 20% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. SERVE A PRESENTE EMENTA COMO VOTO. UNÂNIME, COM DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO ESTADO PARANÁ, PARA OS DEVIDOS FINS. (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0002061-84.2014.8.16.0141/0 - Realeza - Rel.: James Hamilton de Oliveira Macedo - - J. 12.11.2015).

(TJ-PR - RI: 000206184201481601410 PR 0002061-84.2014.8.16.0141/0 (Acórdão), Relator: James Hamilton de Oliveira Macedo, Data de Julgamento: 12/11/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 18/11/2015)

É nítido o dever de indenizar do recorrente uma vez que a prestação de serviço oferecida por ele foi defeituosa, em virtude disso causou danos a recorrida. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor contempla a responsabilidade objetiva dos fornecedores no caso de defeito do serviço, Assim assevera a norma ofendida:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Sustenta o recorrente em fase recursal que a recorrida em fase ainda de primeiro grau ajuíza a ação apenas com simples alegação, desacompanhada de provas, bem como de que não há danos a serem ressarcidos.

Veja, Ínclito Julgado, as provas foram colacionadas aos autos devidamente, o que só evidencia o ato ilícito por parte da recorrente, ato em que não fora realizada nenhuma providência para sanar o objetivo da aquisição do produto e sequer do estorno, haja vista não existir em estoque produto objeto da compra por parte do recorrido.

Assim, em evidente consonância do que já mencionado,

...

Baixar como  txt (24.6 Kb)   pdf (77.2 Kb)   docx (25.9 Kb)  
Continuar por mais 14 páginas »
Disponível apenas no Essays.club