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Art 35 lei complementar

Por:   •  12/2/2018  •  1.063 Palavras (5 Páginas)  •  400 Visualizações

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O ensino da língua culta não tem a finalidade de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em nossa comunidade. Ao contrário, o domínio da norma culta, somado ao domínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais preparados para comunicarmo-nos em diferentes tipos de interações sociais. Afirma-se que uma pessoa tem competência linguística quando ela sabe adequar o seu discurso de acordo com o contexto social em que está inserida, ou seja, com quem ela está falando e o local em que ocorre o ato comunicativo.

A variação ocorre em todos os níveis da língua

Para Platão e Fiorin (2004, p. 111): “Os dois aspectos mais facilmente perceptíveis da variação linguística são a pronúncia e o vocabulário. No entanto, a variação ocorre em todos os níveis da língua”. Vejamos abaixo alguns deles:

• No nível dos sons: no modo como se pronunciam as palavras em determinadas regiões. A palavra “animal” é falada pelos gaúchos como l na sílaba final (como consoante), e em outras regiões pronunciadas como um u (vogal).

• No nível do léxico (vocabulário): está relacionado com o vocabulário da língua de cada região. No norte se fala “taperebá (fruta) e carapanã (mosquito); já no nordeste se diz “cajá” e “muriçoca” para designar os exemplos acima citado. Pronunciam-se palavras diferentes para dizer a mesma coisa.

• Variações que acontecem em contextos situacionais diferentes.

No convívio social há momentos em que precisamos utilizar a língua na modalidade formal, como em um seminário, um diálogo com alguma autoridade (ministro, juiz, reitor) ou em alguma entrevista de emprego etc. Em outras situações usaremos uma linguagem informal: em casa com a família, em um encontro com amigos, em festas e outras mais. O importante é que o falante saiba distinguir em que momento ele deve usar determinado tipo de linguagem.

• Variações que ocorrem em vários grupos da sociedade, por ser ela composta por pessoas de idades, profissões, sexo e classe social diferentes. Dessa forma, teremos uma linguagem diversificada, típica de cada grupo social: a linguagem dos médicos, dos artistas, dos advogados, dos marginais; a fala dos adultos, dos adolescentes (gírias), dos favelados etc.

BIBLIOGRAFIA

CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar.Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. São Paulo: Atual,1999.

SAVIOLI, Francisco Platão & FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004.

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