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A Alienação Parental

Por:   •  14/3/2018  •  2.364 Palavras (10 Páginas)  •  354 Visualizações

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Embora ele tenha criticado essa racionalização, com o desdobramento da modernidade, do século XIX ao início do século XX, consubstanciada nas diretrizes da sociedade do trabalho e da sociedade científica e tecnológica, a pedagogia é “convidada” a rever os seus princípios, atrelando a noção de infância, e o seu estatuto de indivíduo adquirido, aos ditames do capitalismo, ou melhor, ao mundo do trabalho.

A relação que existe entre o “mundo da criança” e “mundo do trabalho”, trouxe para o cenário da pedagogia moderna, contribuições da Sociologia representada pelas idéias de Durkheim, da mesma forma a Filosofia da Educação, bem como a Psicologia de Dewey; para o bojo das discussões pedagógicas concernentes às determinações preestabelecidas entre o vínculo escola, trabalho e infância. (SOUZA e COSTA, 2004)

2 DESENVOLVIMENTO AFETIVO NA CRIANÇA SEGUNDO PIAGET

Piaget defendeu o desenvolvimento psicológico como único em suas dimensões ativas e cognitivas, pois para ele durante toda a vida de um individuo existe uma equivalência entre as construções afetivas e cognitivas. Ele articulou em relação á psicologia afetiva da criança e o estudo da inteligência os aspectos afetivos e intelectuais infantis ao julgamento moral, as reações rebeldes, a obediência e aos sentimentos de carinho e temor. (ARANTES, 2003)

Para o autor a afetividade não se restringe somente as emoções e sentimentos, pois engloba também as tendências e as vontades da criança, ou seja, a afetividade assim como toda conduta visa a adaptação, pois o desequilíbrio reflete em uma impressão afetiva particular e a consciência de uma necessidade.

Para ele as noções de equilíbrio e desequilíbrio têm um significado essencial no ponto de vista afetivo e cognitivo, levando Piaget e refletir sobre os processos de assimilação e acomodação afetivas. Tendo a assimilação o interesse principal no “eu” e a compreensão do objeto como tal, e a acomodação é o interesse relativo e o ajuste dos esquemas do pensamento aos objetos. (FARIA, 1998)

Ressalta também, que a afetividade e a inteligência são de naturezas distintas, ou seja, a energética da conduta vem da afetividade e as estruturas vêm das funções cognitivas, e assim o campo total junta ao mesmo tempo o sujeito, as relações e os objetos, todos sendo fundamentais para que ocorram as condutas e as interações entre sujeitos e objetos.

Piaget defende a importância de diferenciar a predominância dos aspectos afetivos, ou seja, os interesses, dos aspectos negativos nos meios, as estruturas. Ele se opõe a dicotomia feita entre ação primaria e ação secundária, pois para ele as duas possuem aspectos afetivos e cognitivos.

Utilizou-se do termo esquemas afetivos para designar as construções equivalentes sobre os sentimentos iniciais da criança, diretamente ligados as satisfações de suas necessidades. Encontrou no conceito de “força vontade” uma função reguladora exposta para a construção do pensamento lógico.

A criança dos 2 aos 12 anos sofrem várias modificações no que diz respeito aos seus domínios de afetividade em conformidade com o desenvolvimento de sua cognição, ou seja, os valores os sentimento pessoais e inter-pessoais e as brincadeiras. (FARIA, 1998)

Por sua vez, até os 2 anos aproximadamente, todas as emoções e sentimentos do bebê são gerados em seu contato com a mãe e centrados no corpo da criança, e assim a medida que o corpo infantil se separa do corpo das outras pessoas a vida afetiva do bebê vai se descentralizando e se transferindo para os outros. (ARANTES, 2003)

Portanto, o sentimento amor-afetividade construído primeiramente entre mãe e filho vai se generalizando aos outros, como ao pai, ao irmão e aos companheiros, havendo assim uma modificação ou acomodação aos fatos e situações passadas carregadas de emoções.

O processo de formação e enriquecimento afetivo da criança nos faz perceber que esse processo afetivo é continuo e inovador, onde a formação de sentimentos esta diretamente ligada aos valores e evolução da sociedade, ou seja, os sentimentos interindividuais são construídos com a cooperação do outro e os intra-individuais são elaborados coma a ajuda do outro, sendo a troca intrapessoal.

3 A AFETIVIDADE COMO FATOR DE QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A infância é um período em que a criança vive um processo de adaptação progressiva ao meio físico e social. Nesse momento, dá-se um rompimento da vida familiar da criança para iniciar-se uma nova experiência. Dessa forma, para que a criança tenha um desenvolvimento saudável em todos os aspetos – cognitivo, biológico, cognitivo e sócio-afetivo – é necessário que ela se sinta segura e acolhida. O ambiente o qual a criança será submetida, seja ele qual for, deverá proporcionar relações interpessoais positivas e os educadores devem buscar uma abordagem integrada, enxergando a criança em sua totalidade. (ALMEIDA, 2008)

A palavra afeto vem do latim affectur (afetar, tocar) e constitui o elemento básico da afetividade. A afetividade é parte da função psíquica do indivíduo e para entender e educar o ser humano temos que considerar a importância dos afetos. Trata-se de um aspecto importante na constituição da pessoa, bem como na determinação da orientação do seu comportamento. Na literatura, muitas vezes, encontra-se a utilização dos termos afeto, emoção e sentimento como sinônimos. Entretanto o termo emoção, encontra-se relacionado ao componente biológico do comportamento humano, são processos psíquicos que acompanham manifestações orgânicas. Já a afetividade é utilizada com uma significação mais ampla, referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas. (ARAÚJO, 2000)

Para Galvão, os estados afetivos fundamentais são as emoções, os sentimentos e as paixões. Ela afirma ainda que a afetividade influencie a percepção, a memória, o pensamento e as ações do indivíduo sendo, portanto, um componente essencial para a harmonia do ser humano. (GALVÃO, 1995)

Henri Wallon (1879-1962), filósofo, médico e psicólogo francês, reconheceu na vida orgânica as raízes da emoção, trazendo contribuições significativas acerca da temática. Wallon se debruçou sobre a dimensão afetiva que concebe as emoções seja, como reações incoerentes e tumultuadas, seja como reações positivas. Wallon rompe com uma visão valorativa das emoções, buscando compreendê-las a partir da apreensão de suas funções, e

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