Desafio profissional
Por: Evandro.2016 • 24/4/2018 • 5.800 Palavras (24 Páginas) • 267 Visualizações
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Como sabemos, Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.
Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e NBC T.3, o balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo patrimônio líquido, demonstrado através de contas que deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.
O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.
O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.
O patrimônio líquido compreende os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do ativo e o valor do passivo. Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado passivo a descoberto. Portanto, a expressão patrimônio líquido deve ser substituída por passivo a descoberto.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação.
1.2 – Demonstrações do Resultado
Demonstração do resultado do exercício (DRE) é um relatório contábil elaborado em conjunto com o balanço patrimonial, que descreve as operações realizadas pela empresa em um determinado período. Ele foi instituído pelo artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações).
A demonstração do resultado do exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. Ao final desse período, de acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão demonstrar o resultado do exercício discriminando:
- A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
- A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
- As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
- O resultado do exercício antes do Imposto sobre a renda e a provisão para o imposto;
- As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
- O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Desta forma, vemos que o DRE, assim como outras demonstrações contábeis é um procedimento de suma importância para avaliar a saúde financeira da empresa. Por ser um relatório relativamente detalhado a DRE fornece aos administradores importantes elementos que são fundamentais para tomada de decisão. Sem as informações fornecidas pela DRE o administrador não será capaz de avaliar a verdadeira realidade da empresa.
Porém, tendo em vista as mudanças na Legislação Societária e o Ambiente Internacional de Negócios e por ações, juntamente com o poder regulatório e interpretativo que a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, possui, encontra-se a necessidade do Brasil se adaptar a regulação contábil internacional e isso implica em impactos no balanço patrimonial. Então é criada a Lei 11.638/2007, que entre seus objetivos, além de alterar artigos da lei nr. 6.404/1976 para atualizá-la ao novo mundo de negócios global, prevê providenciar maior transparência às atividades empresariais brasileiras.
E é graças a essas mudanças e aos impactos ocorridos no Balanço Patrimonial em razão das atualizações nas normas contábeis brasileiras que nosso país tem conseguido dar passos largos para sua adequação ao cenário contábil internacional.
Passo 2 – Análises Verticais e Horizontais das demonstrações contábeis.
1 - Análise vertical
A análise vertical é um dos principais instrumentos de análise da estrutura patrimonial, ela fornece indicadores que facilitam a avaliação da estrutura. A análise vertical é feita para determinar o percentual de cada conta ou de cada grupo de contas no balanço ou no DRE, em relação ao valor total do seu respectivo grupo, do ativo ou do passivo, isso demonstra a participação de cada conta no resultado. A análise vertical é extremamente importante, pois demonstra a realidade da saúde da empresa observadas as suas particularidades dentro de uma conta ou de um grupo de contas.
1 - Análise horizontal
A análise horizontal tem o objetivo de explicar se esta ocorrendo evolução ou não de cada conta e como está sendo essa movimentação durante um determinado período de tempo consecutivo, preocupando-se com o aumento ou diminuição do item. A análise horizontal também é conhecida como análise de tendência ou análise de evolução. Os resultados da análise horizontal são poucos conclusivos, porque não levam em consideração a situação relativa da conta dentro do grupo a que pertence ou dentro do total Ativo ou Passivo. A sua utilidade prática seria apenas informar, isoladamente, a modificação percentual de cada conta em relação ao período ou aos períodos anteriores, sem se preocupar se, em relação às demais contas, ela aumentou ou diminuiu.
Passo 3 – Indicadores Econômicos – Financeiros.
Os indicadores Econômicos – Financeiros são elementos que tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e
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