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AVALIAÇÃO DA RIQUEZA DE EMPRESA PELO MÉTODO DE FLUXO DE CAIXA DESCONTADO – VALUATION

Por:   •  23/8/2018  •  4.059 Palavras (17 Páginas)  •  249 Visualizações

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Isto posto, deve-se clarificar que em um mercado altamente globalizado as informações perdem sua tempestividade rapidamente, exigindo justamente da Alta Administração a compreensão do valor de um negocio como uma das maneiras de se antecipar e se preparar para as mudanças e novos cenários.

Sendo assim, quebrar paradigmas é necessário para que as empresas cresçam e estejam preparadas para as situações adversas. E, este preparo não advém do simples conhecimento do lucro contábil, que demonstra uma riqueza ilusória baseada em normas ao desconsiderar aspectos internos da organização, como o valor de uma marca, a carteira de clientes ou capital intelectual.

Diante de tal cenário permanece a questão chave: como avaliar a riqueza de uma empresa pelo método de Fluxo de Caixa Descontado?

Previamente, é possível afirmar que ele demonstra essa riqueza através de uma estimativa do quanto a companhia poderá obter de retorno no futuro, trazendo a valor presente por meio de uma taxa de desconto adequada.

No entanto, essa afirmação carece de maior embasamento, cujo cunho será o objetivo dessa pesquisa, através de três capítulos:

- O primeiro capítulo conceituará riqueza, todos os aspectos envolvendo a criação de valor de um negócio e os impactos em uma entidade.

- O segundo capítulo demonstrará os principais métodos existentes e utilizados no mercado para avaliação do valor de um negócio.

- E, por fim, o terceiro capítulo apresentará o Fluxo de Caixa Descontado juntamente com um exemplo prático.

Assim, se procurará através da aplicação de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório em livros, artigos científicos e dissertações de mestrado e doutorado, aliado a um exemplo prático, concluir como se avalia a riqueza de uma empresa pelo método do Fluxo de Caixa descontado, confirmando ou negando a hipótese do uso de projeções trazidas a valor presente por determinada taxa de desconto.

- A IMPORTÂNCIA DE SE AVALIAR A RIQUEZA DE UMA EMPRESA[a]

Segundo Martelanc, Pasin e Pereira (2010), as principais razões para se avaliar a riqueza de uma empresa são os números expressivos de aberturas de capital, o grande número de fusões e aquisições que estão ocorrendo, o desejo pela maximização dos lucros e riqueza dos acionistas e a indispensabilidade de se calcular o preço justo das ações e das entidades.

Assaf Neto (2017, p.181) afirma que:

A apuração do valor de uma empresa é essencial para as decisões financeiras de investimentos, financiamento e dividendos, para negócios de aquisições, vendas, fusões e cisões, abertura de capital e investimentos em ações.

Ainda para Martelanc, Pasin e Pereira (2010) através da avaliação da empresa é possível aperfeiçoar o processo decisório, analisando as estratégias da empresa, tanto financeiras e operacionais, buscando a maximização de valor e riqueza aos acionistas.

- CONCEITO DE RIQUEZA[b]

Segundo Assaf Neto (2017, p. 01), o principal objetivo da administração de uma empresa é representado pela criação de valor para seus acionistas.

Para Sundfeld (2011), muitos equívocos têm sido cometidos quando se questiona o objetivo de uma empresa. Segundo Assaf Neto (2017, p. 01) a empresa agrega valor quando produz um resultado que supera o seu custo de capital, ou seja, o valor é criado quando o retorno dos investimentos é maior que a remuneração exigida pelos fornecedores de capital. [c]

Para Sundfeld (2011) o fato de uma empresa apresentar lucros significativos sobre as vendas, não permite afirmar que a administração agregou valor ao negócio. É necessário analisar quanto de capital foi investido para que o lucro tenha sido obtido. Assim, é calculada a rentabilidade real que permite verificar se foi adicionado valor aos sócios ou acionistas e quanto foi adicionado monetariamente[d].

Em outras palavras, o que se excede deste lucro com relação ao custo de oportunidade [e]é o que se denomina valor econômico agregado, sendo que esse excesso constitui-se em uma medida de desempenho, refletindo a criação ou destruição de valor. A meta é elevar, tanto quanto possível, o valor econômico agregado ao investidor. (ASSAF NETO, 2017, p. 01).

Maximizar o valor para o acionista é necessário para que uma empresa possa distribuir a todos os seus participantes uma fatia justa do seu empenho em aproveitar o potencial que surge dessa conjunção de interesses que envolvem uma empresa. (RIBEIRO, 1999, p. 17).

Nesse mesmo caminho, segundo Assaf Neto (2017, p. 02), “A atratividade de investir em uma empresa é baseada em sua capacidade futura de gerar riqueza” e para a empresa conseguir gerar riqueza aos acionistas, eles deverão estar atentos ao que ela está criando de valor à sociedade. [f]

De acordo com Malvessi (2001, p. 02), “A criação de valor torna-se particularmente importante face ao atual estágio de integração dos mercados financeiros mundiais”. Segundo ele:

As empresas têm a possibilidade de captar recursos a custos e prazos mais favoráveis do que os oferecidos no mercado doméstico, reduzindo, assim, seu custo médio de capital e melhorando sua competitividade. Também serão compelidas a auferir retornos superiores [...] para que os investidores se sintam atraídos a continuar investindo no negócio [...].[g]

Ainda para Malvessi (2001, p. 03), se o retorno econômico obtido sobre o capital aplicado pela empresa for positivo, mas inferior ao seu custo de capital, a empresa poderá até ser considerada rentável, mas não estará gerando um retorno econômico compatível com as expectativas dos fornecedores de capital. Com este cenário, estará destruindo valor, terá dificuldades para obter capital a custos convenientes e sua competitividade certamente será comprometida e, até mesmo, sua sobrevivência.

Para Assaf Neto (2017, p. 03) “O objetivo de criar valor aos acionistas demanda outras estratégias financeiras e novas medidas do sucesso empresarial, todas elas voltadas à agregação de riqueza aos seus proprietários”.

Quando os gestores de empresas necessitam analisar e decidir sobre novas propostas de investimentos, é usual a utilização de técnicas de investimentos de capital, como o valor presente líquido. (MALVESSI, 2001, p. 03). [h]

Segundo

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