FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA ESSENCIAL PARA GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Por: Evandro.2016 • 11/3/2018 • 3.788 Palavras (16 Páginas) • 524 Visualizações
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Para Braga (1995, p. 123):
Se as disponibilidades forem mantidas em níveis muito baixos, haverá o comprometimento da capacidade de solvência da empresa. Por outro lado, o excesso de disponibilidades prejudica a rentabilidade.
Desta forma buscar-se-á explanar como funciona, a sua implantação, depois o seu planejamento e qual a importância do fluxo de caixa no setor financeiro de uma empresa, a fim de que o administrador financeiro possa utilizá-lo como ferramenta efetiva na tomada de decisões.
O fluxo de caixa constitui-se em instrumento efetivo para que a empresa tenha segurança e agilidade em suas atividades financeiras. Portanto, precisa ser organizado com competência para que se demonstre a condição financeira da empresa.
A função do administrador financeiro é dos mais importantes para apreciação e tomada de decisões. Tendo em mãos o fluxo de caixa ele saberá em que momento a empresa necessitará aplicar recursos que se encontram sobrando, ou ir atrás de recursos junto a instituições financeiras, num determinado momento que a empresa se encontrar com escassez de recursos.
Rosa & Silva (2000) demonstra em seus estudos que apesar de ser um instrumento importantíssimo de gestão empresarial e financeira, o Fluxo de Caixa é quase completamente desconhecido pelas empresas e desprezado pelo meio acadêmico, principalmente no tocante a usá-lo como forma de gestão interna nas empresas e/ou organizações.
O que se observa, é que as empresas analisam o fluxo realizado somente para verem se o saldo na ocasião foi positivo ou não. Já quanto ao fluxo projetado, este tem sido utilizado, quase que unicamente, para examinar se a empresa terá recursos satisfatórios para saldar suas contas.
Desta forma, bases teóricas e referencias para que seja analisado o Fluxo de Caixa como objeto de auxiliador na gestão interna devem ser ressaltadas e produzidas.
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2. Objetivo
Com o atual momento de crise no Brasil, o qual as empresas devem tomar todos os cuidados possíveis referentes a gastos desnecessários, principalmente as de pequeno e médio porte que geralmente precisam de um capital financiado por instituições financeiras, qual não seria o momento ideal para se analisar a importância do fluxo de caixa? Qual seria a sua real função? O fluxo de caixa realmente é conhecido pelos seus gestores e eles sabem do potencial da ferramenta em si? A pesquisa a seguir demonstrará uma empresa de médio porte a qual responderá as perguntas feitas, demonstrando as análises de fluxo de caixa e um questionário respondido pelos integrantes da empresa.
2.1 Objetivo específico
Como objetivos específicos observam-se:
- Verificar os procedimentos pertinentes ao Fluxo de Caixa;
- Ressaltar como se processa o Fluxo de Caixa dentro de uma organização;
- Analisar a posição e as condições para que o Fluxo de Caixa seja utilizado também como ferramenta para tomadas de decisões internas nas empresas e/ou organizações.
- Avaliar o real interesse e conhecimento dos gestores que utilizam a ferramenta
3 Referencial teórico
3.1 Administração financeira
A administração financeira de uma empresa é uma das vertentes principais para o crescimento e desenvolvimento de toda a companhia visto que a atividade principal de uma empresa é obter lucro.
Visto a delimitação de objetivo de uma empresa, Gitman (2000 p. 8) “O campo das finanças é amplo e dinâmico, e afeta diretamente a vida das pessoas e das organizações”, sendo assim confirma a visão de que administrar bem uma empresa financeiramente não é uma tarefa fácil, envolve muita responsabilidade e o principal que é visar a diferenciação da empresa perante os seus concorrentes para que a mesma possa obter uma longa “vida” e também ter uma progressão financeira.
Contundo, não é possível se ter uma gestão financeira eficiente se o planejamento financeiro está desestruturado e não sendo seguido da forma correta, o qual faz com que a empresa venha a perder o controle dos seus recursos, mostrando a grande dificuldade da maioria das empresas de pequenos e médios porte que é de se manterem no mercado devido a serem desafiadas sempre por empresas que já dominam o mesmo e geralmente não possuem dificuldades para contornar problemas de recursos financeiros. Saber administrar financeiramente uma empresa certamente trará um maior valor de mercado para a mesma e também conseguir maior prestígio para alocação de recursos. Hoji (2001), afirma que a maximização do valor de mercado da empresa só é possível por meio de uma geração de lucro e caixa, bem como do uso de ferramentas de gestão financeira adequadas.
A administração financeira de uma empresa necessita sempre de acompanhamento para que possa avaliar o seu crescimento e também agir com as correções que forem necessária.
3.2 Conceito de Fluxo de Caixa
Para Assaf Neto e Silva (1997, p. 35) “(...) o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo”.
O Fluxo de Caixa é a ferramenta que relaciona o futuro conjunto de desembolsos e do ingresso de recursos financeiros pela empresa em determinado período, sendo que esse instrumento pode servir muito mais do que apenas para analisar entradas e saídas, sendo que através do mesmo o gestor interno pode tê-lo como base para decisões de compra, venda e administração de uma forma generalizada.
O Fluxo de Caixa pode se planejar de duas formas, sendo ele real ou projetado, o qual será abordado mais explicitamente ainda no andamento dessa pesquisa. No caso do fluxo de caixa real, o mesmo apresenta os valores que ocorreram efetivamente, sendo eles divididos entre entradas e saídas de recursos do mesmo. Já o fluxo de caixa projetado, dá a visão dos valores para algum período determinado de atividade.
É fundamental que para que uma empresa tenha uma vida financeira saudável a empresa tenha um bom recurso em caixa visto que a mesma possui obrigações a honrar nos vencimentos devidos. Por tanto Neto e Silva (2009), relatam que as empresas devem
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