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AS ESCOLAS CONTÁBEIS

Por:   •  1/10/2018  •  1.997 Palavras (8 Páginas)  •  210 Visualizações

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AZIENDALISMO

Teve como precursores Fábio Besta e Giuseppe Cerboni, que consideravam o mecanismo das contas como falho no objetivo de declarar a Contabilidade como ciência autônoma. Na tentativa de provar sua teoria, dirigiram os seus estudos para o campo das aziendas, ligando a parte científica da Contabilidade à organização, à administração e ao controle, contribuindo, também, para o campo das ciências administrativas.

Gino Zappa, grande representante da corrente aziendalista, distinguiu as três doutrinas que formam a economia aziendal, planificando a Administração, a Organização e a Contabilidade, discordando do estudo científico da Contabilidade separado ao das doutrinas de economia aziendal.

NEOCONTISMO

Surgida como evolução da escola contista e em oposição à escola personalista, a escola neocontista adotou o sistema de ativo, passivo e situação líquida da organização. Admitiam ainda que a função da Contabilidade era acompanhar diretamente a evolução e modificação do patrimônio.

O Neocontismo de Fábio Besta restituiu à Contabilidade o verdadeiro objeto, representado pela riqueza patrimonial, e, como consequência, trouxe grande avanço para o estudo da analise patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão empresarial.

Ao mesmo tempo em que lançava bases para o desenvolvimento do neocontismo, Fábio Besta procurou conceituar a Contabilidade como ciência do controle econômico, e, observando as fases da Administração, distinguiu as seguintes: fase da gestão econômica e fase da direção e do controle. Teve como principal idealizador Jean Dumarchey, que acreditava que a Contabilidade tinha uma relação direta com a Sociologia, Filosofia e Economia, utilizando a matemática como instrumento.

PATRIMONIALISMO

Com o intuito de demonstrar que o estudo da Contabilidade era um conceito de alta abrangência, o líder da escola patrimonialista e principal pensador, Vincenzo Masi, criticou a escola contista, que dava maior valor ao registro contábil esquecendo-se de seu conteúdo, e definiu o patrimônio como objeto da Contabilidade, grandeza real que é transformada juntamente com o andamento das atividades econômicas. Sua contribuição baseou-se na observância das variações sucedidas a respeito do patrimônio em determinado período de tempo.

Pesquisas realizadas sobre a referida escola desenvolvem o aspecto de patrimônio sob três áreas, sendo elas:

- Estática: conhecimento da atual situação patrimonial da entidade em determinado momento analisado, preocupando-se com o equilíbrio das contas patrimoniais.

- Dinâmica: variações geradas por fatos administrativos, como patrimônios próprios e de terceiros, no âmbito de aumento ou diminuição da questão patrimonial.

- Revelação Patrimonial: evidencia o patrimônio de modo quantitativo e qualitativo.

Para essa escola, a Contabilidade faz uso do pensamento de dedução e de indução para a concepção da informação contábil, a conta tem função de, ao acolher os valores monetários, refletir a situação líquida da empresa. Faz-se uso, também, de escriturações, cálculos e estatísticas para se obter registros, controles e demonstrações com relação às movimentações ocorridas no patrimônio. Foi a escola com maior aceitação em volta de todo o globo.

ESCOLA NORTE-AMERICANA

Em decorrência do desenvolvimento das sociedades, cidades e nações, começa por então a evolução do comércio aliado ao da indústria, modificando, por consequência, o eixo da Contabilidade para a América do Norte, mais especificamente Estados Unidos da América, fertilizando, desse modo, o campo das Ciências Contábeis, pois com o vasto acúmulo de comércios e indústrias mais a participação efetiva de variados acionistas, tornou-se mais complexa, demandando relativo aprimoramento e aumentando a quantia de usuário dessa ciência e informação, de modo que tais usuários tinham por necessidade a garantia de segurança na execução de seus negócios e investimentos. Ligou a contabilidade para dois caminhos diferentes: os das pesquisas profissionais teóricas aliadas à prática e o da tomada de decisões. A união entre o profissionalismo e a pesquisa de campo define bem as características dessa escola.

Seu desenvolvimento foi fortemente influenciado por fatos como grande pressão de investidores insatisfeitos com a informação contábil, a discussão entre a Bolsa de Valores de Nova York e o Instituto Americano de Contadores Públicos visando à aceitação dos Princípios da Contabilidade, entre outros, o que permite concluir que, diferentemente da Escola Europeia, onde os pensamentos e conclusões eram formulados individualmente, a Escola Americana se bastava do trabalho realizado em equipe.

Porém, foi na escola norte-americana que demonstrações financeiras mal elaboradas acometeram em grandes problemas. Aconteceu no ano de 1929, época pós Primeira Guerra Mundial, onde se aumentou o consumo de bens e, por conseguinte, a necessidade do crescimento das indústrias. Eram emitidas ações para captação de recursos para a expansão das instalações das empresas. No entanto, essas emissões de ações não possuíam assistência da Contabilidade e as empresas em questão consideravam seus ativos com valores muito superiores ao que realmente valiam, e não tinham, ainda, auxílio da auditoria para confirmar a exatidão de seus recursos, o que ocasionava na falsa ideia de serem possuidoras de muitos bens. Portanto, houve um crescente investimento na economia, mas em contrapartida uma garantia escassa para os investidores. Foi então que o mercado financeiro dos EUA foi arruinado pela ação da Contabilidade de esconder as reais situações e bilhões de dólares foram perdidos, incorrendo na quebra da Bolsa de Valores.

Padronizar a Contabilidade com uma linguagem acessível não foi o único objetivo da escola norte-americana, mas sim se preocupar com fontes e informações sociais e gerenciais. A atitude assumida por essa escola é a de evidenciar a riqueza gerada e distribuída.

Utilizaram-se da metodologia do uso de relatórios contábeis para a elaboração de teorias e práticas contábeis, e, em sequência, fizeram o estudo dos lançamentos contábeis que suscitaram tais relatórios. Justificaram a referente metodologia embasando-se na evolução histórica da Contabilidade, sendo que os relatórios foram formas evoluídas dos métodos utilizados anteriormente, os inventários periódicos.

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