UNIVERSITARIO DO LESTE DE MINAS GERAIS

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uso para esta finalidade e suas origens em prospecção, que permite trabalhar com problemas complexos.

É uma técnica não interativa (em que o grupo não se reúne), mas que funciona por ciclos. No Delphi, por exemplo, um grupo de especialistas é consultado para auxiliar na identificação de riscos e suposições e premissas a eles associados, e cada um individualmente apresenta suas estimativas para um facilitador, que analisa os dados e emite um relatório de síntese. Na sequencia, os membros do grupo discutem e analisam o relatório de síntese e individualmente apresentam novamente suas estimativas e premissas, agora atualizadas e influenciadas pela opinião dos demais participantes. Este processo continua até que todos os participantes cheguem a um consenso. Os especialistas ao final de cada rodada tem conhecimento das previsões dos demais especialistas, mas não nominalmente, é crucial preservar o anonimato, que permite aos peritos expressarem as suas opiniões livremente, incentiva a abertura e as discussões em alto nível, e ao mesmo tempo em que evita acusações e julgamentos, também evita a revisão de previsões de rodadas anteriores.

O objetivo maior dessa técnica é obter uma ampla gama de opiniões para se obter o resultado esperado. Uma síntese da primeira rodada de perguntas fornece a base para a segunda rodada, e a segunda para a terceira e assim sucessivamente, com o objetivo de esclarecer e aprofundar as questões, identificar áreas de concordância ou discordância e assim buscar o consenso, que permitirá o embasamento para a tomada de decisão.

Vantagens

• Utilização da experiência passada, o que aprendemos com cada lição e o que deve ser deixado como conhecimento que possibilite uma melhor projeção futura;

• Adaptabilidade a condições novas e incomuns;

• Se dispusermos dos especialistas adequados é uma técnica bastante precisa para obter estimativas ou as melhores soluções para um problema ou questão;

• Facilita a livre participação evitando julgamentos, pois limita os desvios motivados por preconceitos e influências.

Desvantagens

• Pouca objetividade;

• A informação tende a ser mais qualitativa e menos quantitativa, já que não se requerem habilidades matemáticas ou estatísticas avançadas. Para aumentar a informação quantitativa deve usar-se um inquérito estruturado;

• Visão com base em dados incompletos e visão parcelar do problema.

Etapas da pesquisa

1. Escolha um Facilitador

O primeiro passo é escolher um facilitador. O gerente mesmo pode querer assumir esse papel, mas pode ser mais interessante utilizar outra pessoa da organização, com uma postura de neutralidade em relação aos objetivos e resultados. É importante que o facilitador esteja familiarizado com pesquisas investigatórias e coleta e tratamento de dados.

2. Identifique seus especialistas

Os especialistas podem ser uma equipe da própria organização ou indústria, incluindo os clientes, representantes das partes interessadas, e até mesmo qualquer pessoa com conhecimentos e experiência relevantes de um tópico em particular.

3. Definir o problema

Qual é o problema ou assunto que você está procurando entender? Para isto é crucial que você forneça uma definição clara e abrangente, para garantir que os especialistas entendam exatamente o que estão comentando.

4. Primeira rodada de perguntas

São aplicadas perguntas gerais para garantir uma compreensão ampla das opiniões dos especialistas sobre os eventos futuros. As perguntas podem ser feitas sob a forma de questionários ou de enquetes, de forma a resumir as respostas e assim evitar conteúdos e comentários irrelevantes e facilitar o alinhamento de pontos em comum entre as opiniões.

5. Segunda rodada de perguntas

A segunda rodada deve aprofundar o tema e esclarecer questões especificas, identificadas a partir das respostas da primeira rodada. Da mesma forma, podem-se utilizar questionários e enquetes. Novamente, é necessário reunir e resumir os resultados, remover conteúdos irrelevantes e fixar o olhar no terreno comum, a convergência entre as opiniões. Lembre-se, estamos trabalhando para construir o consenso.

6. Questionário final

Deve se concentrar em apoiar a tomada de decisão associada ao problema em questão, na convergência das opiniões e nos pontos em que os especialistas estão de acordo. Em casos mais complexos pode ser interessante, ou necessário, fazer mais de três rodadas para se chegar ao consenso ou ao nível de segurança suficiente à tomada de decisão.

7. A tomada de decisão

Espera-se que ao final das várias rodadas os especialistas tenham chegado a um consenso, e a uma visão convergente dos acontecimentos futuros aos quais o problema está exposto. Agora é hora de analisar muito bem os resultados e considerá-los na tomada de decisão em relação ao gerenciamento dos riscos negativos e a exploração dos riscos positivos e das oportunidades futuras.

O Delphi tradicional, geralmente aplicado a tendências e eventos futuros, teve, recentemente, seu conceito ampliado para incorporar a busca de ideias e estratégias para a proposição de políticas organizacionais mais gerais, deixando de se caracterizar unicamente como um instrumento de previsão e tornando-se uma técnica de apoio à decisão e à definição de políticas. A técnica Delphi aplicada a politica é uma ferramenta de análise alternativa e não um mecanismo de tomada de decisões. Seu objetivo é assegurar que todas as possíveis opções de um problema tenham sido expostas e consideradas de modo a estimar o impacto e as consequências de qualquer opção em particular, a analisar e a estimular a aceitabilidade de uma determinada opção. O formato usual de um Delphi de Políticas é o de solicitar ao participante que vote em uma questão política adequadamente formulada, oferecendo sua opinião sobre esta questão, através do uso de uma escala de avaliação tipo Likert.

CONCLUSÃO

As pesquisas em Administração possuem várias técnicas que podem ser empregadas para a obtenção