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UMA DISCUSSÃO ACERCA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO ESTADO BRASILEIRO

Por:   •  11/10/2018  •  2.335 Palavras (10 Páginas)  •  370 Visualizações

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Em meados dos anos 80 uma nova ordem social se consolidava. Ocorreu o colapso do comunismo na Europa Central e a desintegração da União Soviética, com a queda do Muro de Berlim, as ideias do Consenso de Washington ganharam força. Nessa época, o Brasil vivia um contexto de alta dos preços do petróleo, altas das taxas internacionais de juros e a deterioração dos termos de intercâmbio.

O mercado internacional na década de 80 apresentava grande liquidez apoiado pelos “petrodólares” e nesse contexto grande parte dos países latinos americanos contraíram empréstimos internacionais. Isso os elevou a um nível imprudente de endividamento, principalmente pelos empréstimos serem contraídos a taxas de juros flutuantes. Com a 2° crise do petróleo, as taxas de juros internacionais dispararam, provocando fortes desequilíbrios nas contas externas dos países em desenvolvimento (BRESSER PEREIRA, 2004).

Um país começa a se desenvolver economicamente quando realiza uma revolução capitalista, que pode ser entendida como a acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital. É assim que o autor Luiz Carlos Bresser Pereira (2004) começa disseminando seus pensamentos sobre o histórico do desenvolvimento. O desenvolvimento depende de incentivos para o continuado aumento do estoque de capital, mas não quer dizer que as taxas do desenvolvimento serão iguais para todos. Ele dificilmente regride, a economia dinâmica e competitiva se mostrará como condição de sobrevivência das empresas do mundo todo.

O desenvolvimento econômico é medido por índices internos, pertencentes às instituições nacionais e externos, estes referentes aos parceiros e instituições estrangeiras. O desenvolvimento dessa natureza é considerado um processo que requer estudos, planejamento e ações constantes, atua em determinadas potencialidades do país e pode representar modificações e novas direções em virtude de algumas variáveis (políticas, ambientais, mercadológica, etc.).

O capitalismo é coordenado pelo mercado, desde a revolução capitalista o desenvolvimento econômico é um objetivo político central das nações. Seu êxito é a existência de uma nação capaz de formular uma estratégia nacional de desenvolvimento ou competição. A sociedade aproveita de seus recursos naturais e humanos para crescer, o desenvolvimento se mostra ineficaz quando não tem lucro e investimentos.

A concepção do desenvolvimento econômico está interligado a processos dinâmicos, acumulação de capital, geração de renda, geração de financiamento e oportunidades de mercado. Está mais presente nas economias capitalistas, um processo quantitativo e qualitativo. O desenvolvimento econômico de um país não tende a regredir por causa de toda dinâmica e competição que provoca o capitalismo, mas as taxas de crescimentos são imprecisas no curto prazo e crises podem ocorrer. Podemos verificar essas oscilações nas crises de 1929 e de 2008 que afetaram de forma drástica os Estado Unidos e que se dispersaram afetando os países do mundo todo, causando altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto, bem como na produção industrial, preços de ações entre outros (SANTOS, et al., 2015).

O desenvolvimento econômico com base no cenário nacional passou por momentos difíceis, entre meados dos anos 90. A falta de um plano sólido e confiável gerou sérios problemas ligados principalmente à inflação, que teve forte presença na história econômica brasileira. Após um regime militar político autoritário e com desenvolvimento econômico autônomo, na década de 90 passou por um período de abertura econômica. Com a redemocratização, o Estado deixou de estar tão presente nos setores da economia e foi se modelando ao âmbito internacional, mas sem muita organização e o país passou a enfrentar sérios problemas na economia, como queda brusca no PIB (Produto Interno Bruto) e altas taxas de inflação (SANTOS, et al., 2016).

Com a implantação do plano Real em 1994 o país adquiriu uma grande estabilidade, começando no mesmo ano e principalmente nos anos posteriores em sua economia. A moeda implantada, o Real conseguiu combater de frente os problemas da época, passou a ser uma moeda altamente competitiva, com taxa de câmbio satisfatória, o plano real estabilizou a inflação de forma altamente competente. Também é necessário pensar o desenvolvimento pelo lado da demanda do capital humano.

O capital humano é um valor atribuído para cada indivíduo em relação à sua capacidade de conhecimentos e competências, que é usado pelas empresas para seu crescimento. Essa demanda de capital humano é mantida pelo investimento ou acumulação de capital que cria empregos para esses indivíduos capacitados. É preciso uma taxa de lucro suficiente para que haja esse investimento. A demanda também é determinada pelo consumo que depende dos salários.

Do processo histórico do longo desenvolvimento econômico os salários tendem a aumentar sem prejudicar a taxa de lucro das empresas e a demanda de bens de consumo também, em proporção a essa renda. É necessário um equilíbrio nas relações entre acúmulo de capital, investimentos, salários e consumo para não criar um caos no processo econômico. E se antes o capitalismo se preocupava essencialmente com a produção dos bens, hoje se vê um sistema que cada vez mais busca o desenvolvimento do conhecimento e das competências dos profissionais.

Hoje a situação em que se encontra o desenvolvimento econômico é o da competição global, resultante da globalização da economia, processo onde se expande o mercado e as fronteiras nacionais são abertas. Os países ricos continuam a se desenvolver, mas os em desenvolvimento alcançaram rapidamente os ricos, pois oferecem mão de obra barata e possibilidade de comprar tecnologias a custos mais baixos, entretanto devem ter autonomia suficiente e formular estratégias nacionais de desenvolvimento.

Durante muito tempo, as nações não tinham suas fronteiras bem definidas, e a competição entre os Estado-nação foi verificada com guerras. Foi o caso da Guerra do Paraguai, em que Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra o Paraguai por novos territórios, para expandirem suas fronteiras econômicas. As relações econômicas entre os países, mais tarde, mudaram devido à globalização, mas os países ricos transformaram-na em um fenômeno onde os Estados-nação com renda média e pobres ficam dependentes dos países ricos. Entres os países não ricos também há uma interdependência e todas essas dependências faz com que eles percam autonomia para definir políticas. O Brasil se formou, desenvolveu e se desenvolve,

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