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Os principais aspectos geomorfológicos e geomecânicos dos solos dos estados brasileiros de Tocantins e Maranhão.

Por:   •  30/4/2018  •  7.990 Palavras (32 Páginas)  •  444 Visualizações

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O estudo pode ser importante para estes profissionais para que possam obter insumos antes de realizar qualquer tipo de obra nos estados brasileiros listados ou até mesmo outra pesquisa sobre os assuntos listados anteriormente.

- Metodologia da Pesquisa

A pesquisa tem caráter descritivo, visto que o objetivo principal do estudo é de identificar e descrever as principais características dos aspectos geomorfológicos e geomecânicos dos solos e rochas dos estados anteriormente citados. O caráter descritivo se explica devido ao fato de as variáveis neste estudo não serem relacionadas umas com as outras, dando apenas foco nas características, propriedade e perfil das variáveis.

Quanto à abordagem da pesquisa, esta tem cunho qualitativo visto o uso exclusivo de dados não numéricos. Por conta dessa abordagem qualitativa, a análise de dados foi realizada por meio de análise de conteúdo.

Os dados foram coletado em um corte temporal longitudinal, visto que foi realizada uma coleta em um único período específico.

Os dados coletados foram obtidos por meio de dados secundários dentro da literatura, de organizações da área de Geologia e de outros estudos realizados neste campo

- Referencial Teórico

O referencial teórico deste trabalho teve como base o estudo realizado pelo IBGE em 2007, em um manual pedológico brasileiro.

Tipos de Solo

Argissolos

Os solos desta classe têm como característica marcante um aumento de argila do

horizonte superfi cial A para o subsuperfi cial B que é do tipo textural (Bt), geralmente acompanhado de boa diferenciação também de cores e outras características. As cores do horizonte Bt variam de acinzentadas a avermelhadas e as do horizonte A, são sempre mais escurecidas. A profundidade dos solos é variável, mas em geral são pouco profundos e profundos. São juntamente com os Latossolos, os solos mais expressivos do Brasil, sendo verificados em praticamente todas as regiões.

Cambissolos

São solos que apresentam grande variação no tocante a profundidade, ocorrendo desde rasos a profundos, além de apresentarem grande variabilidade também em relação às demais características. A drenagem varia de acentuada a imperfeita e podem apresentar qualquer tipo de horizonte A sobre um horizonte B incipiente (Bi), também de cores diversas. Muitas vezes são pedregosos, cascalhentos e mesmo rochosos. Ocorrem disseminados em todas as regiões do Brasil, preferencialmente em regiões serranas ou montanhosas. Em condição de relevo suave (mecanizável) e sem presença de cascalhos ou pedregosidade, ocorrem com grande expressão na porção sudeste do Estado de Mato Grosso (Depressão de Paranatinga).

Chernossolos

Solos de pequena e mediana espessuras, que se caracterizam pela presença de um horizonte superficial A do tipo chernozêmico (teores consideráveis de matéria orgânica, cores escurecidas e boa fertilidade), sobre horizontes subsuperficiais avermelhados ou escurecidos com argila de alta atividade. Ocorrem em várias regiões do Brasil, mas têm concentração expressiva na região da Campanha Gaúcha (Ebânicos), onde são utilizados com pasto e lavouras. No restante do Brasil ocorrem relativamente dispersos (Argilúvicos), ou em pequenas concentrações no Mato Grosso do Sul (Serra da Bodoquena) e Rio Grande do Norte (Rêndzicos).

Espodossolos

São solos bastante característicos, em razão de sua gênese. Via de regra, apresentam diferenciação significativa entre os horizontes, e, na maioria das vezes, têm um horizonte espódico de cores escurecidas ou avermelhadas/amareladas, precedido de um horizonte eluvial E(muitas vezes álbico). O horizonte espódico ocorre a profundidades variáveis, e em alguns pontos da região Amazônica encontra-se a profundidades superiores a 3 metros. São em geral muito pobres no tocante a nutrientes minerais e têm textura arenosa predominantemente.São verificados distribuídos esparsamente ao longo da costa leste brasileira e têm sua mais expressiva ocorrência na região Amazônica (Amazonas e Roraima) e no Pantanal Matogrossense. Quando muito, são explorados com pastoreio extensivo de gado bovino.

Gleissolos

São solos característicos de áreas alagadas ou sujeitas a alagamento (margens de ilhas, grandes planícies, etc.). Apresentam cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, dentro de 50cm da superfície. Podem ser de alta ou baixa fertilidade natural e têm nas condições de má drenagem a sua maior limitação de uso. Ocorrem em praticamente todas as regiões brasileiras, ocupando principalmente as planícies de inundação de rios e córregos.

Latossolos

Em geral são solos muito intemperizados, profundos e de boa drenagem. Caracterizam-se por grande homogeneidade de características ao longo do perfil, mineralogia da fração argila predominantemente caulinítica ou caulinítica-oxídica, que se reflete em valores de relação Ki baixos, inferiores a 2,2, e praticamente ausência de minerais primários de fácil intemperização. Distribuem-se por amplas superfícies no Território Nacional, ocorrendo em praticamente todas as regiões, diferenciando-se entre si principalmente pela coloração e teores de óxidos de ferro, que determinaram a sua separação em quatro classes distintas ao nível de subordem no Sistema brasileiro de classificação de solos (1999).

Latossolos Amarelos são solos profundos, de coloração amarelada, perfi s muito homogêneos, com boa drenagem e baixa fertilidade natural em sua maioria. Ocupam grandes extensões de terras no Baixo e Médio Amazonas e Zonas Úmidas Costeiras

(tabuleiros). São cultivados com grande variedade de lavouras.

Latossolos Vermelhos aluminoférricos, acriférricos, distroférricos e eutroférricos, como os demais latossolos, têm também grande homogeneidade de características ao longo do perfil, são bem drenados e de coloração vermelho-escura, geralmente bruno-avermelhado escuro. A estrutura é quase sempre do tipo forte pequena granular com aparência de “pó de café”. A presença de quantidade significativa de óxidos de ferro (entre 180 e 400 g.kg-1) faz com que, em campo, apresente atração moderada a forte pelo imã (quando secos e pulverizados).

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