Transportes Logísticos O Transporte de Materiais

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O transporte, a manutenção de estoques e processamento de pedidos são chamados de atividades primárias, são essas atividades que compõem a logística e possuem fundamental importância na redução de custo e maximização de nível de serviço. As consideradas atividades de apoio são: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistema de informação. E são elas que dão suporte às atividades primarias com o intuito de manter e satisfazer clientes.

Procurando atender seus clientes o mais rápido possível a fim de superar a concorrência, as organizações acabam implicando em um volume excessivo de produtos em estoque. É armazenado em estoque desde a matéria prima, produtos e peças em processo, embalagens, produtos acabados, materiais auxiliares, de manutenção e de escritório, até os suprimentos.

Para buscar a redução da quantidade de produtos estocados e para o maior controle e gerenciamento dos mesmos, as empresas estão investindo em sistemas cada vez mais sofisticados, a fim de determinar o nível de segurança dos estoques, a quantidade a ser comprada e a qualidade do bem ou serviço.

Relacionando o melhor custo-benefício para todos envolvidos, os depósitos ou centros de distribuição são escolhidos de acordo com o produto a ser estocado e sua quantidade, além da distancia do cliente e o transporte.

A exigência de maiores níveis de serviço com preços baixos, feita pelos clientes gera uma questão para as empresas: “como agregar mais valores e ao mesmo tempo, reduzir os custos, garantindo o aumento da lucratividade?”. Para responder este e outros questionamentos e desafios, a logística tem sido uma das maneiras mais utilizadas.

A aplicação das atividades sob sua responsabilidade, o entendimento de sua importância estratégica e a evolução do seu conceito é explicada pelo modo como a logística vem sendo aplicada e desenvolvida no meio empresarial e acadêmico.

Está sendo utilizada para o planejamento que integram não só as áreas funcionais à empresa, como também a coordenação e os esforços das organizações na busca por reduzir custos e agregar o máximo de valor ao cliente. Esse processo tem sido chamado de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou Abastecimento, também conhecido como Supply Chain Management, que se resume basicamente na integração entre empresas, fornecedores e clientes.

A gestão da cadeia de suprimentos [...] busca conquistar articulação e coordenação entre os processos de outras entidades em consideração, ou seja, fornecedores, clientes e a organização em si. (CHRISTOPHER, 2013)

O processo logístico não começa e nem termina nos limites da própria empresa. O início se dá na correta escolha e no estabelecimento de parcerias com fornecedores, exigindo, além disso, que o canal de distribuição esteja apto a atender plenamente as necessidades e expectativas do cliente final.

Redução de estoque, otimização dos transportes e eliminação das perdas, são resultados significativos em empresas que tem usado o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Além dos ótimos resultados alcançados, existem muitas dificuldades na implementação desse conceito, pois é necessária uma análise das empresas que irão compor a cadeia. É preciso abandonar a visão funcional, precisam ser compartilhadas informações, inclusive aquelas sobre os custos. Deve ser construído um relacionamento de confiança mútua.

Outro desafio é identificar os diferentes tamanhos e objetivos dos componentes, e como isso exige uma mudança de cultura, o estabelecimento da cadeia necessita de tempo e esforço. Não podemos esquecer da importância do elemento humano, portanto, deverá ser treinado e estar preparado para esta nova realidade.

A adoção do Supply Chain Management poderá ser uma fonte potencial de conquista de vantagem competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido pelas outras, apesar de que seu conceito ainda esteja sendo desenvolvido e não exista uma metodologia única para sua execução. No Brasil, a maioria das empresas ainda está aplicando a logística de forma inicial, o que deixa as empresas nacionais em desvantagem comparando com as concorrentes internacionais. Já estão sendo feitos esforços para mudar este cenário, o que permite uma visão mais otimista no uso da logística. Melhorando assim a capacidade das organizações brasileiras de competir.