Teoria das relações humanas e comportamental
Por: Kleber.Oliveira • 21/9/2018 • 4.733 Palavras (19 Páginas) • 420 Visualizações
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Com tal experiência concluiu-se que a produção é uma variável da integração social, ou seja, o funcionário só trabalhará bem se sentir-se parte de um grupo. As respostas as ações dos administradores não são individuais, mas sim grupais. Era preferível produzir menos e ganhar menos a por em risco o relacionamento com os colegas. Diferentemente da Teoria Clássica, que acredita que o funcionário é motivado pela questão salarial, a Teoria Humanística defende que as pessoas são motivadas pelo reconhecimento e aprovação social, existência de grupos informais que definem suas regras e valores que as vezes não são as mesmas das empresas. A compreensão das relações humanas permite ao funcionário um melhor ambiente de trabalho garantindo assim melhores rendimentos.
A organização industrial possui duas funções básicas, uma seria a econômica que visa produzir bens e serviços como objetivo de gerar lucro e a outra manter os seus colaboradores satisfeitos, buscando um equilíbrio externo e interno, respectivamente.
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1.2 DECORRÊNCIA DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Em seu livro, Chiavenato explica que sob o ponto de vista da Teoria das Relações Humanas que organização informal tinha um enfoque maior em detrimento da organização formal. É com base nisso que começa-se a falar em motivação, comunicação, dinâmica de grupo, etc.
Esta teoria, através da experiência de Hawtorne, supôs que apenas bons salários não eram um meio de estímulo adequado, mas sim recompensas sociais.
A teoria de campo de Lewin baseia-se em duas suposições fundamentais. O comportamento humano é derivado de fatos coexistentes e tais fatos têm um caráter de um campo dinâmico dado pela seguinte equação:
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Onde C é o comportamento f é o resultado da interação entre a pessoa (P) e meio a seu redor (M).
Necessidades Humanas básicas seriam as causas e motivos que levam as pessoas a desenvolverem certos comportamentos, são divididas em três níveis:
- Necessidades fisiológicas, são necessidades primárias ou vitais para a sobrevivência, são mais ligadas ao instinto do que a razão. São elas: alimentação, sono, atividade física, proteção, entre outros. Estas necessidades se supridas não são motivações importantes mas, se existir uma deficiência em supri-la gerará um desequilíbrio.
- Necessidades psicológicas, ditas secundárias, surgem no decorrer de sua vida, em sua vivência o homem busca satisfazê-las mas, nem sempre consegue sua plenitude. Necessidade de segurança íntima (busca por ajustamento e tranquilidade), necessidades de participação (contato humano, viver em conjunto), necessidade de autoconfiança (auto avaliação e auto apreciação), necessidade de afeição (dar e receber amor e carinho).
- Necessidades de auto realização, são as mais elevadas e estão ligadas a cultura e a educação, raramente satisfeitas de forma total, esta intimamente ligada ao autodesenvolvimento.
O ciclo motivacional explica a atuação do comportamento humano ligado aos desequilíbrios externos. O organismo humano, primeiramente em equilíbrio psicológico, até que uma influência do meio o rompa e faça surgir uma necessidade, este fato faz surgir uma tensão que conduz a um comportamento para suprir esta tensão, sendo assim, chega-se novamente a satisfação e ao equilíbrio, e o ciclo recomeça como ilustrado na figura abaixo:
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As necessidades humanas podem ser satisfeitas (quando se consegue suprir a tensão e atingir o equilíbrio), compensadas (quando não se pode suprir determinada necessidade, mas se supre uma segunda, dita substitutiva) e frustradas (quando não se pode satisfazer tal necessidade). Frustração tem como decorrência o surgimento de desorganização, agressividade, ansiedade, aflição, insônia, alienação e apatia.
Quando as necessidades das pessoas são satisfeitas pelo ambiente organizacional existe uma elevação do moral e quando insatisfeitas o contrário, então podemos ligar intimamente com o moral, o clima organizacional, sendo o ambiente psicológico e social de uma organização e que molda o comportamento dos membros desta organização, ou seja, quanto mais elevado o moral, melhor é o clima organizacional.
A liderança é de extrema importância para as organizações humanas tanto nível de empresas quanto nos departamentos, os humanistas a visualizavam sob diferentes formas:
- Como fenômeno de influência interpessoal: ocorre como fenômeno social dentro de grupos sociais, surge a partir do relacionamento das pessoas sendo uma forma de poder socialmente aceito.
- Como processo de redução da incerteza de um grupo: um líder é eleito quando oferece maior assistência, orientação e ajuda promovendo assim uma redução de incertezas.
- Como uma relação funcional entre líder e subordinados: o líder possui ou controla os meio para a satisfação das necessidades humanas, ou seja, segui-lo pode ajudar a aumentar a satisfação de suas necessidades.
- Como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação: A liderança é uma função das necessidades, dos subordinados e das situações.
1.2.1 Teorias sobre Liderança
Liderança pode ser classificada em três grupos segundo a teoria humanística.
- Teoria de traços de personalidade: relaciona as características marcantes de personalidades possuídas pelo líder que podem ser traços físicos (energia, aparência, estatura), intelectuais (entusiasmo, autoconfiança, agressividade), sociais (cooperação, habilidades interpessoais e administrativas) e relacionados com a tarefa (impulso, persistência, iniciativa).
- Teorias sobre estilos de liderança: Maneiras e estilo de se comportar adotados pelo líder, dentre elas podemos citar a liderança autoritária, liberal e democrática.
- Liderança autoritária: O líder fixa metas sem realmente participar do grupo. Determina afazeres de modo imprevisível, determina as tarefas e companheiros de trabalho, sendo o líder um dominador.
- Liderança Democrática: diretrizes debatidas e decididas pelo grupo com estímulos do líder. O grupo escolhe
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