Teoria da Contingência
Por: Rodrigo.Claudino • 15/1/2018 • 5.542 Palavras (23 Páginas) • 337 Visualizações
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11.2.MODELO DE LAWLER.................................................................................... 18
12.APRECIAÇÃO CRÍTICA...................................................................................... 18
13.PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA CONTINGÊNCIA.................. 19
14.CONCLUSÃO...................................................................................................... 20
15.BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 21
- INTRODUÇÃO
A Teoria da Contingencia representa um passo além da Teoria dos Sistemas em Administração. A organização é um sistema composto de subsistemas e definido por limites que o identificam em relação ao supra-sistema ambiental. A visão contingencial procura analisar as relações dentro e entre os subsistemas, bem como entre as organizações e seu ambiente e definir padrões de relações ou configuração de variáveis.
- ORIGENS DA TEORIA DA CONTINGÊNCIA
A Teoria Contingência é também denominada Escola Ambiental e surgiu a partir de várias pesquisas que procuraram verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresa.
2.1. Pesquisa de Chandler sobre Estratégias e Estrutura
A pesquisa de Chandler foi sobre a estratégia e estrutura da organização. Demonstra como a estrutura das organizações é relacionada com a estratégia de negócios. A estrutura da organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde aos recursos para atender às demandas do ambiente. Para Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que envolveu quatro fases distintas:
- Acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de escala.
- Racionalização do uso dos recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado, as empresas se preocuparam com o planeamento, organização e coordenação.
- Continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados
- Racionalização do uso de recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autónoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente com o planeamento de longo prazo, a gestão voltada para objectivos e a avaliação do desempenho de cada divisão.
2.2. Pesquisa de Burns e Stalker sobre as Organizações
Burns e Stalker, dois sociólogos, pesquisaram 20 indústrias inglesas para verificar a relação entre práticas administrativas e ambiente externo dessas indústrias. Encontram diferentes procedimentos administrativos nas indústrias e as classificaram em dois tipos:
Sistemas Mecanicistas ou mecanístas– as tarefas são divididas por especialistas. Cada indivíduo executa sua tarefa sem a menor noção das demais tarefas da empresa. A cúpula tem a responsabilidade de cuidar do relacionamento entre as tarefas. As atribuições de cada função são claramente definidas. A interação é vertical entre superior e subordinado. As operações são reguladas por instruções, regras e decisões emitidas pelos superiores. A hierarquia de comando decorre da suposição de que todo conhecimento sobre a firma e suas tarefas só se encontra na cúpula da empresa. A administração ocorre por uma hierarquia rígida e opera um sistema de informação vertical descendente e ascendente.
Sistemas orgânicos – são sistemas adaptáveis a condições ambientais instáveis, quando os problemas e exigências de ação podem ser fragmentados e distribuídos entre especialistas em uma hierarquia definida. As pessoas realizam suas tarefas específicas à luz do conhecimento que possuem das tarefas da empresa em sua totalidade. Os trabalhos são flexíveis em termos de métodos, obrigações e poderes, pois devem ser continuamente redefinidos por interação com outras pessoas que participam da tarefa. A interação é lateral e vertical. A comunicação entre as pessoas de categorias diferentes se dá mais por meio da consulta lateral do que do comando vertical. Não se atribui onisciência aos superiores.
2.3. Pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre Ambientes
Lawrence e Lorschfizeram uma pesquisa sobre o defrontamento entre organizações e ambiente que provocou o aparecimento da Teoria da Contingência. O nome Teoria da Contingência derivou dessa pesquisa. Preocupados com as características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado, fizeram uma pesquisa sobre dez empresas em três diferentes meios industriais – plásticos, alimentos empacotados e recipientes (containers). Os autores concluíram que os problemas básicos são a diferenciação e a integração.
a. Diferenciação. A organização é dividida em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializadapara um contexto ambiental também especializado. Cada subsistema ou departamento reage somente àquela
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