TEORIA SOCIOTÉCNICA / TEORIA DAS DECISÕES / PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Por: Hugo.bassi • 1/6/2018 • 2.222 Palavras (9 Páginas) • 332 Visualizações
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A ideia predominante da época era a de que a tecnologia implantada determinava o tipo de organização do trabalho e fazia com que se fosse considerado a organização não como um sistema único, mas como um todo sistemático composto de muitos sistemas interdependentes funcionando com um objetivo único.
Ao mesmo tempo em que buscava aperfeiçoar o subsistema técnico e operacional da organização, dava valor a participação democrática do trabalhador dentro da mesma, ou seja, propunha a substituição de estruturas burocráticas de trabalho por arranjos não lineares baseados nos sistemas técnicos e sociais da organização. A partir de então, a empresa deixava de ser vista como um modelo fechado e sem influência dos ambientes não inclusos nela e sob forte influência da Teoria Geral dos Sistemas, na Abordagem Sociotécnica, a empresa seria vista e compreendida como um Sistema Aberto, pensando na realidade universal na qual estava integrada.
A Teoria Sociotécnica leva em seus conceitos desenvolvidos a base em duas premissas fundamentais onde a primeira refere-se à concepção dos sistemas de produção, que são considerados como sistemas abertos, que dependem da adaptabilidade das condições do ambiente que as influenciam. A segunda refere-se à formação de uma organização, na qual consiste em dois subsistemas: o social que inclui as pessoas e as relações tanto sociais como as de trabalho e o técnico que é formado por elementos técnicos do processo de produção.
Esses dois elementos devem se complementar na obtenção do resultado final e devem ser otimizados conjuntamente. De acordo com essa teoria a eficiência e a eficácia da organização vão depender do conjunto de sete princípios básicos, na qual estão descritos abaixo:
- Unidade básica de trabalho: a unidade básica de trabalho passa a ser o conjunto de atividade e não uma tarefa simples como era ate então decomposto o trabalho.
- Grupos de trabalho: esses grupos tornam-se mais central do que o trabalho individual. Com isso reduzem-se os níveis hierárquicos, favorecendo-se a comunicação, a participação dos funcionários e a cooperação entre os membros do grupo.
- Auto regulação: a regulação interna do sistema passa a ser um feito pelo grupo, não existindo mais regulação externa. O papel do supervisor passa a ser o de controle das condições de fronteiras dos grupos além de ajudar no inter-relacionamento com os demais setores da empresa.
- Variedade de funções: o projeto de trabalho deve ser baseado na redundância de funções e não na redundância das partes. A variedade de funções proporciona o desenvolvimento de múltiplas habilidades individuais e um contínuo aprendizado quanto ao processo produtivo, o que acaba proporcionando um maior grau de satisfação do trabalho.
- Autonomia e liberdade de ação: valoriza-se a iniciativa local que a prescrição de regras. Dessa forma os próprios trabalhadores encontram os melhores métodos e soluções para seu trabalho.
- Complementariedade das partes: ao contrario da administração cientifica que via o individuo como uma extensão da maquina, o enfoque sóciotécnico vê o homem e a maquina como complementares.
- Diversidade: valoriza-se o aumento da diversidade, tanto para a organização, com para a variedade técnico-produtiva, gerando flexibilidade para o individuo com a diversidade de funções.
Com essa concepção houve uma ruptura com os conceitos desenvolvidos pela Administração cientifica.
Princípios da Administração
Os princípios da administração são regidos por autores como Frederick Taylor, Henri Fayol e Henry Ford.
Com Taylor na administração Científica houve a concretização de seus princípios com a publicação de seu livro Princípios da Administração Científica em 1911, quando se concluiu que com a racionalização do trabalho o operário deveria ser logicamente acompanhado de uma estruturação geral da empresa para que se tornasse coerente à aplicação dos seus princípios.
Para ele as empresas da época tinham problemas na produção pelos seguintes motivos:
- Vadiagem sistemática por parte do operário: onde gerava uma perca de um terço da produção, essa vadiagem acontecia por três motivos, sendo eles: o pensamento de que na época o trabalho humano seria trocado pelas máquinas o que ocasionaria um número muito grande de desemprego; uma má administração, que abusava do trabalhador, visando sempre a melhoria de seus próprios interesses e os métodos empíricos utilizados pelas empresas que na sua grande maioria gerava um grande desperdício.
- Desconhecimento: esse desconhecido era por parte da gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.
- Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Para que tudo pudesse ser instalado de forma correta Taylor disse que deveria ser feita a instalação da Administração Científica de forma lenta e gradual, de quatro a cinco anos, porém melhoraria a produção. Foram criados incentivos salariais e prêmios de produção para alcançar umas maior colaboração do empregado perante a empresa, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais de prêmios de produção. A ideia básica era a de que a remuneração baseada no tempo não estimulava ninguém a trabalhar mais e deveria ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário.
O objetivo inicial de F. Taylor estava voltado para eliminar os desperdícios nas indústrias americanas, comprovadamente um dos elementos importantes na formação dos preços dos produtos. Dessa forma, visava-se alcançar maior produtividade e, como menores custos e melhores margens de lucro, enfrentar a crescente concorrência em todos os mercados.
Fayol desenvolveu suas ideias conhecidas como Administração Clássica, nela o estudo do todo organizacional e da sua estrutura para garantir a eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos ou pessoas. A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objeto de estudo da Teoria Geral da Administração.
Fayol expõe seus princípios de administração em seu livro “Administração Geral e Industrial”. Esses princípios surgiram com a necessidade das empresas de melhorar a qualidade, o desempenho dos operários, a organização da empresa e diminuir o desperdício. Os Princípios são:
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