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Qualidade de vida no trabalho

Por:   •  4/5/2018  •  2.446 Palavras (10 Páginas)  •  202 Visualizações

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Os autores ainda complementam afirmando que o importante:

“[...] não é o que quero da minha carreira e aí vou ver o que faço da minha vida. É o contrário: o que quero da minha vida para ver o que faço da minha carreira. Sendo assim, o indivíduo deve pensar em quais são suas prioridades: se uma vida mais atrelada à materialidade ou a uma maior simplicidade; uma vida mais próxima à convivência familiar ou menos”. (CORTELLA; MANDELLI, 2015, p. 93).

No entanto, o mundo capitalista em que vivemos, impõe que se não nos dedicarmos a nossas carreiras não teremos como pagar pela nossa vida pessoal. Hall (1976 apud DUTRA, 1996, p.17); define carreira como “uma sequência de atitudes e comportamentos, associada com experiências e atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma pessoa.” A carreira envolve uma série de etapas e transições que podem variar de acordo com as pressões sofridas pelo indivíduo.

Com isso, por muitas vezes nos exigimos mais do que deveríamos, e acabamos perdendo a saúde para juntar dinheiro, e depois perdendo o dinheiro para recuperá-la. Portanto, este é o momento para se repensar a maneira como encaramos esta questão e para encontrar maneiras de melhor aproveitar o nosso tempo. Conforme Dutra (1996), a administração de carreiras serve como instrumento para harmonizar as expectativas de desenvolvimento da empresa aos interesses de seus trabalhadores, seja de crescimento pessoal como profissional.

Dentre os principais desafios de uma organização moderna, pode-se salientar a dificuldade em conciliar uma produção enxuta e flexível, aos programas de qualidade de vida, conforme ressalta Limongi-França (2003). A interação entre as pessoas e um bom programa de qualidade de vida, agrega talentos e proporciona uma estrutura de trabalho cooperativo e versátil.

Cortella e Mandelli (2015) complementam que, a humanidade só alcançou o sucesso até hoje devido à cooperação, enquanto hoje vivenciamos uma disputa por poder onde a competitividade está implícita em todos os processos. Os autores ainda destacam: “Não adianta fechar os olhos em meio a um tiroteio e supor que não será atingido. É preciso participar.” (CORTELLA; MANDELLI, 2015, p. 94).

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3 O PAPEL DAS EMPRESAS

Encarar a tensão da vida cotidiana é uma questão de necessidade, e as empresas exigem cada vez mais dos profissionais, que por sua vez, estão trabalhando muito mais horas do que o aconselhável. Limongi-França (2003) afirma que, existe correlação entre qualidade e estilo de vida das pessoas dentro e fora do ambiente organizacional, o que acarreta na produtividade e excelência dos resultados em seu trabalho.

Ainda de acordo com a autora, cada vez mais novas tecnologias e metodologias são incorporadas ao processo e exigem mais do profissional causando stress. O stress é uma resposta à pressão sofrida e “ocorre quando o organismo responde com o corpo, com a mente e com o coração às condições inadequadas de vida de forma contínua ou muito intensa”. (LIMONGI-FRANÇA, 2003, p. 41). Os e-mails, telefones celulares e outros tantos mecanismos de comunicação ao invés de facilitar o trabalho, levaram o trabalho para a casa, para dentro da vida pessoal e afetiva de cada trabalhador.

É fundamental, portanto, que as empresas adequem os métodos produtivos à participação dos trabalhadores, pois cada vez mais presenciamos que ao invés da tecnologia servir ao homem, o homem está servindo a tecnologia. O movimento pela qualidade de vida no trabalho surgiu para permitir o equilíbrio entre trabalhador e empresa, considerando tanto as necessidades da tecnologia como as do empregado, ou seja, “os cargos devem ser adaptados aos trabalhadores e à tecnologia da organização”. (FERREIRA, 2013, p. 131).

Segundo Dutra (1996), algumas pessoas enlaçam suas carreiras à determinada instituição como forma de garantir segurança e estabilidade, buscando ofertas com bons programas de benefícios. A empresa deve, portanto, estabelecer um sistema que sirva como uma estruturação entre as possibilidades da organização e as expectativas para a carreira pessoal de cada trabalhador dentro da empresa.

Vivemos, portanto, em uma era em que as pessoas buscam harmonizar a vida no trabalho e fora dele, de forma efetiva. Gutteridge (1986, apud DUTRA, 1996, p. 54), caracteriza o sistema de administração de carreiras “como sendo um conjunto de instrumentos e técnicas que visam permitir a contínua negociação entre a pessoa e a empresa”.

O papel da empresa é amplo, e encontrar as ferramentas corretas de estímulos das pessoas nem sempre é tarefa fácil. Pois muitas vezes ter um alto salário é tentador, mas, com o passar dos anos, este vai perdendo seu valor se não conseguimos conciliá-lo com ter tempo para a família, amigos e lazer. E algumas pessoas tendem a optar por um salário menor, desde que garanta qualidade de vida, realizando atividades que dão prazer, em empresas com bom ambiente de trabalho.

3.1 EMPRESAS X FUNCIONÁRIO

Para que um profissional se sinta bem em seu trabalho, é necessário que as empresas busquem suprir as principais necessidades de um bom ambiente, incorporando elementos críticos como saúde e vitalidade do trabalhador, assim como, segurança, tratamento pessoal, plano de carreira e conforto do ambiente físico.

“Um dos fatores mais essenciais para assegurar a produtividade dos Recursos Humanos, sem dúvida alguma, é a garantia da plena saúde e vitalidade. Os programas de qualidade de vida mudam o comportamento, atuam preventivamente, reduzem custos e contribuem para atrair ou reter colaboradores.” (Marques, 1996, p. 197 apud LIMONGI-FRANÇA, 2003, p.45)

No que tange à saúde, as empresas devem disponibilizar serviços de plano de saúde, estimular exercícios promovendo encontros e interação entre os colaboradores principalmente fora do ambiente de trabalho. Já no quesito segurança as organizações devem manter o controle, prevenção e manutenção dos equipamentos para evitar a ocorrência de acidentes. E quanto ao tratamento pessoal, devem priorizar o respeito e suporte aos colaboradores.

Conforme destaca o artigo da Revista Exame, uma das empresas que podem ser citadas por seus fortes investimentos na qualidade de vida dos funcionários, é a Kraft. Uma das medidas adotada pela empresa é o horário flexível, que permite que colaboradores da área administrativa iniciem suas atividades entre

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