Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

PSICOLOGIA PARA ADMINISTRADORES – FIORELLI

Por:   •  29/5/2018  •  4.136 Palavras (17 Páginas)  •  297 Visualizações

Página 1 de 17

...

Assim se manifesta o lado negativo dos esquemas rígidos de pensamento, na forma de pensamentos automáticos disfuncionais, que distorcem a realidade, provocam ansiedade e acabam por se constituir em obstáculos à vida social e profissional. Essa pessoa desenvolveu um esquema rígido de pensamento em torno do assunto, a tal ponto que não con segue beneficiar-se de uma série de vantagens inerentes à sua nova condição. A medida que o comportamento do indivíduo resulta da ativação desses es quemas de pensamento, alterá-los ou reformulá-los possibilita à pessoa:

• identificar novas possibilidades de ação;

• dar novas interpretações a fatos e dados;

• desenvolver novas formas de tratar e resolver problemas;

• modificar, alterar e expandir sua percepção dos fenômenos.

A emoção que um tema religioso des perta no aluno provoca distorção da percepção, a ponto de acionar um esquema de controle extremamente poderoso. Isso o conduz a um comportamento de evitar o assunto que lhe provoca ansiedade, chegando à perda do autocontrole. Verifica-se, pois, amplo campo para trabalho do Psicólogo Organizacional na identificação das crenças dominantes e dos esquemas subjacentes, com o objetivo de formular estratégias para mantê-los, fortalecê-los ou alterá-los.

Kurt Lewin fundou em 1945, em Harvard, um Centro de Pesquisas para Dinâmica de Grupos. De seu trabalho originou-se grande variedade de modalidades e formas de funcionamento de grupos, muitas amplamente utilizadas em Organizações, em particular os conhecidos Grupo-T, desenvolvidos com o objetivo de obter melhor integração nas atividades grupais. Nos Grupos-T, as pessoas possuem a meta comum de conhecer mais sobre si mesmas, sobre o impacto que ocasionam nos outros e os modos pelos quais os grupos podem tornar-se instrumentos efetivos para a satisfação das necessidades de seus membros (Katz e Kahn, 1975:457). Efetivamente, registra Chiavenato, os Grupos-T “têm demonstrado ser um dos métodos mais eficazes na melhoria da competência interpessoal, na diminuição da ansiedade e na redução do conflito intergrupal” (Chiavenato, 1993:642).

O sucesso de comunicação organizacional: contato / sensações / imagem mental / percepção

Princípio básico: quadros de avisos mas não basta investir pesadamente no conteúdo da comunicação, se o meio utilizado não produz a sensação indispensável.

Tão importante quanto o conteúdo é a forma (como fazer): que produzem sensações. Por exemplo, o sucesso do Marketing é conseqüente aos efeitos que os estímulos ocasionam no público alvo. Já observava Millôr Fernandes: “as pessoas acreditam muito mais no rótulo do que no conteúdo da garrafa” (Fernandes, 1973:73).

A percepção é “processo de transferência de estimulação física em informação psicológica; processo mental pelo qual os estímulos sensoriais são trazidos à consciência” (1993:237). Davidoff assinala que a percepção pode ser considerada “o ponto de partida em que a cognição e a realidade se encontram (...).

Por meio da percepção, a pessoa interpreta dependendo da memória e do pensamento:

• os fenômenos do mundo que a cerca;

• os fenômenos do mundo interno a ela; e

• a posição que ocupa no espaço..

Por exemplo, o mecanismo da percepção possibilita ao indivíduo localizar uma vela, des viando-se de móveis e objetos, na casa imersa na escuridão. Bastam vultos dos obstáculos para permitir sua identificação, embora os receptores dos estímulos recebam apenas sombras mal delineadas. A percepção permite o sentido de completude e continuidade: objetos e formas constituem imagens inteiras, construídas a partir de estímulos fragmentários, recolhi dos pelos órgãos dos sentidos. Enquanto a sensação depende, em essência, do estímulo e da capacidade do indivíduo de registrá-lo, a percepção depende de acontecimentos anteriores que envol veram o mesmo estímulo e que afetarão a interpretação da sensação pelo cérebro.

O corpo participa de forma ativa na percepção, ensina Damásio: “Ter percepção do meio ambiente não é apenas uma questão de fazer com que o cérebro receba sinais diretos de um determinado estímulo. (...) O organismo se altera ativamente de modo a obter a melhor interface possível. O corpo não é passivo” (Damásio, 1996:256).

Ao observador, tudo se passa como se elas “adivinhassem emoções”. Isso pode acontecer de maneira inconsciente; nesse caso, a pessoa dotada dessa sensibilidade não se dá conta de como ela funciona, embora até a utilize. Por exemplo, há vendedores que “pressentem” o comportamento do comprador. Algo semelhante acontece com técnicos especializados. Mecânicos adquirem sensibilidade com os equipamentos a ponto de anteciparem-se à ocorrência de falhas (tomam-se hi- persensíveis a variações em ruídos, temperatura, vibrações e outros sinais).

No do Administrador, encontra nas cores, poderoso aliado para atuar sobre a sensação e, em conseqüência, sobre a percepção. Quando, na escolha das cores, não se orienta suficientemente o especialista sobre o tipo de emoções que se deseja manter, estimular ou inibir em dado ambiente ou situação, deixa-se de usufruir dos potenciais benefícios do projeto. Encontram-se ambientes de elevado custo, onde as cores não guardam sintonia com o estado emocional das pessoas que os freqüentam. Sabe-se que a cor afeta a fixação de imagens, a noção de distância, a sensação de dor, além de influir em vários transtornos de natureza psíquica, podendo acen tuar ou reduzir suas manifestações.

A correta escolha das cores no ambiente de trabalho, ultrapassando a questão estética, contribui para obter ganhos de produtividade e melhorar o relaciona mento com os clientes.

• salas de atendimento a reclamações de clientes devem prever cores adequadas à neutralização de ansiedade e agressividade;

• as cores nas salas de reuniões podem contribuir para o “clima” nas discussões: maior ou menor formalismo, concentração, ansiedade, tédio etc..

Constitui um mecanismo por meio do qual o cérebro concentra sua energia nos estímulos que traduzem mu danças significativas no ambiente, evitando distração provocada pela infinidade de estímulos sem propriedades informativas.

...

Baixar como  txt (29.2 Kb)   pdf (79.2 Kb)   docx (26.7 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no Essays.club