PSICOLOGIA PARA ADMINISTRADORES – FIORELLI
Por: Rodrigo.Claudino • 29/5/2018 • 4.136 Palavras (17 Páginas) • 297 Visualizações
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Assim se manifesta o lado negativo dos esquemas rígidos de pensamento, na forma de pensamentos automáticos disfuncionais, que distorcem a realidade, provocam ansiedade e acabam por se constituir em obstáculos à vida social e profissional. Essa pessoa desenvolveu um esquema rígido de pensamento em torno do assunto, a tal ponto que não con segue beneficiar-se de uma série de vantagens inerentes à sua nova condição. A medida que o comportamento do indivíduo resulta da ativação desses es quemas de pensamento, alterá-los ou reformulá-los possibilita à pessoa:
• identificar novas possibilidades de ação;
• dar novas interpretações a fatos e dados;
• desenvolver novas formas de tratar e resolver problemas;
• modificar, alterar e expandir sua percepção dos fenômenos.
A emoção que um tema religioso des perta no aluno provoca distorção da percepção, a ponto de acionar um esquema de controle extremamente poderoso. Isso o conduz a um comportamento de evitar o assunto que lhe provoca ansiedade, chegando à perda do autocontrole. Verifica-se, pois, amplo campo para trabalho do Psicólogo Organizacional na identificação das crenças dominantes e dos esquemas subjacentes, com o objetivo de formular estratégias para mantê-los, fortalecê-los ou alterá-los.
Kurt Lewin fundou em 1945, em Harvard, um Centro de Pesquisas para Dinâmica de Grupos. De seu trabalho originou-se grande variedade de modalidades e formas de funcionamento de grupos, muitas amplamente utilizadas em Organizações, em particular os conhecidos Grupo-T, desenvolvidos com o objetivo de obter melhor integração nas atividades grupais. Nos Grupos-T, as pessoas possuem a meta comum de conhecer mais sobre si mesmas, sobre o impacto que ocasionam nos outros e os modos pelos quais os grupos podem tornar-se instrumentos efetivos para a satisfação das necessidades de seus membros (Katz e Kahn, 1975:457). Efetivamente, registra Chiavenato, os Grupos-T “têm demonstrado ser um dos métodos mais eficazes na melhoria da competência interpessoal, na diminuição da ansiedade e na redução do conflito intergrupal” (Chiavenato, 1993:642).
O sucesso de comunicação organizacional: contato / sensações / imagem mental / percepção
Princípio básico: quadros de avisos mas não basta investir pesadamente no conteúdo da comunicação, se o meio utilizado não produz a sensação indispensável.
Tão importante quanto o conteúdo é a forma (como fazer): que produzem sensações. Por exemplo, o sucesso do Marketing é conseqüente aos efeitos que os estímulos ocasionam no público alvo. Já observava Millôr Fernandes: “as pessoas acreditam muito mais no rótulo do que no conteúdo da garrafa” (Fernandes, 1973:73).
A percepção é “processo de transferência de estimulação física em informação psicológica; processo mental pelo qual os estímulos sensoriais são trazidos à consciência” (1993:237). Davidoff assinala que a percepção pode ser considerada “o ponto de partida em que a cognição e a realidade se encontram (...).
Por meio da percepção, a pessoa interpreta dependendo da memória e do pensamento:
• os fenômenos do mundo que a cerca;
• os fenômenos do mundo interno a ela; e
• a posição que ocupa no espaço..
Por exemplo, o mecanismo da percepção possibilita ao indivíduo localizar uma vela, des viando-se de móveis e objetos, na casa imersa na escuridão. Bastam vultos dos obstáculos para permitir sua identificação, embora os receptores dos estímulos recebam apenas sombras mal delineadas. A percepção permite o sentido de completude e continuidade: objetos e formas constituem imagens inteiras, construídas a partir de estímulos fragmentários, recolhi dos pelos órgãos dos sentidos. Enquanto a sensação depende, em essência, do estímulo e da capacidade do indivíduo de registrá-lo, a percepção depende de acontecimentos anteriores que envol veram o mesmo estímulo e que afetarão a interpretação da sensação pelo cérebro.
O corpo participa de forma ativa na percepção, ensina Damásio: “Ter percepção do meio ambiente não é apenas uma questão de fazer com que o cérebro receba sinais diretos de um determinado estímulo. (...) O organismo se altera ativamente de modo a obter a melhor interface possível. O corpo não é passivo” (Damásio, 1996:256).
Ao observador, tudo se passa como se elas “adivinhassem emoções”. Isso pode acontecer de maneira inconsciente; nesse caso, a pessoa dotada dessa sensibilidade não se dá conta de como ela funciona, embora até a utilize. Por exemplo, há vendedores que “pressentem” o comportamento do comprador. Algo semelhante acontece com técnicos especializados. Mecânicos adquirem sensibilidade com os equipamentos a ponto de anteciparem-se à ocorrência de falhas (tomam-se hi- persensíveis a variações em ruídos, temperatura, vibrações e outros sinais).
No do Administrador, encontra nas cores, poderoso aliado para atuar sobre a sensação e, em conseqüência, sobre a percepção. Quando, na escolha das cores, não se orienta suficientemente o especialista sobre o tipo de emoções que se deseja manter, estimular ou inibir em dado ambiente ou situação, deixa-se de usufruir dos potenciais benefícios do projeto. Encontram-se ambientes de elevado custo, onde as cores não guardam sintonia com o estado emocional das pessoas que os freqüentam. Sabe-se que a cor afeta a fixação de imagens, a noção de distância, a sensação de dor, além de influir em vários transtornos de natureza psíquica, podendo acen tuar ou reduzir suas manifestações.
A correta escolha das cores no ambiente de trabalho, ultrapassando a questão estética, contribui para obter ganhos de produtividade e melhorar o relaciona mento com os clientes.
• salas de atendimento a reclamações de clientes devem prever cores adequadas à neutralização de ansiedade e agressividade;
• as cores nas salas de reuniões podem contribuir para o “clima” nas discussões: maior ou menor formalismo, concentração, ansiedade, tédio etc..
Constitui um mecanismo por meio do qual o cérebro concentra sua energia nos estímulos que traduzem mu danças significativas no ambiente, evitando distração provocada pela infinidade de estímulos sem propriedades informativas.
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