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Metodologia do Trabalho Acadêmico: Resumo do Texto “O Capital”

Por:   •  2/3/2018  •  4.180 Palavras (17 Páginas)  •  516 Visualizações

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4 – REFERENCIAL TEÓRICO

O Capital

Processo de Trabalho e Processo de Produção de Mais Valia

O Processo de Trabalho ou o Processo de Produção de Valores de Uso

A produção do trabalho se dá através da força de trabalho empregada pelo vendedor que oferece o serviço para o comprador, tornando assim ação o que antes era apenas uma força de trabalho. As mercadorias surgem através de valores-de-uso necessários para satisfazer necessidades de qualquer natureza, portanto o trabalho inicialmente é à parte de qualquer estrutura social determinada.

O trabalho é um processo em que tem o homem e a natureza como participantes, com o ser humano responsável por regular e controlar seu intercâmbio material com a natureza. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo que são capazes de modificar a natureza, devolvendo suas potencialidades e submetendo ao seu domínio o jogo das forças naturais. O trabalho é um pressuposto somente humano, pois a capacidade do homem de raciocinar antes de colocar em prática é o que distingue ele dos demais seres.

Os elementos do processo de trabalho são:

- A atividade adequada a um fim, isto é o próprio trabalho;

- A matéria a que se aplica o trabalho, objeto de trabalho;

- Os meios de trabalho, o instrumental de trabalho.

Independentemente da ação do homem, os meios de subsistência que se encontram na natureza sempre estão disponíveis para utilização imediata. As coisas separadas, pelo trabalho de seu meio natural constituem os objetos de trabalho, que quando filtrados através de um trabalho anterior chama-se de matéria-prima. Nem todo objeto de trabalho é matéria-prima, mas toda matéria-prima é objeto de trabalho.

O meio de trabalho é um processo inserido entre o trabalhador e o objeto do trabalho, que serve como um controle da atividade sobre esse objeto. O trabalhador se utiliza de propriedades mecânicas, físicas e químicas, para atuarem como forças sobre outras coisas de acordo com um objetivo proposto. O processo de trabalho quando atinge certo nível de desenvolvimento, exige meios de trabalho mais elaborados, pois estes servem tanto para medir a evolução da força humana de trabalho quanto para indicar as condições sociais em que se realiza o trabalho.

Meios de trabalho são também todas as condições materiais necessárias para a realização do processo de trabalho. Elas não participam do processo, mas sem ela o trabalho se torna total ou parcialmente impossibilitado de concretizar-se.

Em um processo de trabalho, o homem é responsável por operar uma transformação no objeto usado como atividade fim do trabalho, extinguindo-se, assim, o processo, uma vez que o produto está acabado.

O valor-de-uso transformado em processo de trabalho, tem em sua composição outros valores-de-uso de processos de trabalhos anteriores. Valor-de-uso sendo produto de um trabalho, torna-se meio de produção para outros que não são apenas resultados, mas também condições do processo de trabalho.

Ao contrário das indústrias extrativas, que seu objeto de trabalho é fornecido pela natureza, todos os ramos industriais têm por objeto de trabalho a matéria-prima, isto é, um objeto já filtrado pelo trabalho, um produto do próprio trabalho.

A matéria-prima pode ser a substância principal ou acessória de um produto. Sua diferença desaparece quando sua fabricação é processada através de uma transformação química, pois nenhuma das matérias-primas reaparece como a substância do produto. Tendo cada coisa muitas propriedades e servindo em consequência a diferentes aplicações úteis, pode o mesmo produto constituir matéria-prima de processos de trabalho muito diversos.

O tempo de trabalho está representado, de um lado, no valor- de -uso fio, e, do outro, no valores-de-uso algodão e fuso. Não se altera o valor sob a forma de fio, fuso ou algodão. Se combina - lós na no processo de fiação que modifica suas formas de uso, em nada alteraria o valor deles. Está contido no fio o tempo de trabalho exigido para a produção de algodão, no caso a matéria-prima.

Todo o trabalho contido no fio é trabalho pretérito. Não tem a menor importância que o tempo de trabalho exigido para a produção de elementos constitutivos esteja mais afastado do presente que o aplicado imediatamente no processo final.

Os valores dos meios de produção, o algodão, e o fuso, expressos no preço de 12 xelins, constituem partes componentes do valor do fio ou do valor do produto.

No caso duas condições têm de ser preenchidas. Primeiro algodão e fuso devem ter servido realmente à produção de um valor-de-uso. Segunda, pressupõe-se que só foi aplicado o tempo de trabalho necessário nas condições sócias de produção reinantes.

Algodão e fuso são indispensáveis ao trabalho de fiar, mas não se pode com eles estriar canos na fabricação de canhões. Consideramos o trabalho do fiandeiro como criador de valor, fonte de valor, sob esses trabalhos de plantar algodão, de fazer fusos e de fiar constituírem partes, que diferem apenas quantitativamente, do mesmo valor global, o valor do fio. Ao fim de uma hora, a ação de fiar está representada em determinada quantidade de fio; uma determinada quantidade de trabalho, uma hora de trabalho incorpora ao algodão.

Durante o processo da transformação do algodão em fio, só se empregue o tempo de trabalho socialmente necessário. A matéria prima serve para absorver determinada quantidade de trabalho. A absorção transforma-se em fio, por ter sido a força de trabalho, a ela aplicada, despedida sob a forma de fiação. O fio mede o trabalho absorvido pelo algodão.

Se o trabalhador em vez de fiar, estiver ocupado numa mina de carvão, o carvão objeto de trabalho será fornecido pela natureza. Nosso capitalismo fica perplexo. O valor do produto é igual ao do capital adiantado. O valor adiantado não cresceu, não produziu excedente, o dinheiro não se transformou em capital.

Pouco importa o valor agregado do fio, pois é apenas a soma dos valores existentes antes no algodão, no fuso e na força de trabalho, e dessa mera adição de valores existentes não pode jamais surgir mais valia.

O capitalismo, familiarizado com a economia vulgar, dirá que adiantou dinheiro para fazer mais dinheiro. Qualquer que seja mérito de sua renúncia,

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