A Dinâmica do trabalho de grupo - Resumo do primeiro capítulo
Por: Jose.Nascimento • 28/4/2018 • 23.013 Palavras (93 Páginas) • 437 Visualizações
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PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇÃO
É com imenso prazer que já começamos a ver um novo ritmo, uma nova realidade sendo desenhada na nossa sociedade e no seio das organizações. Como o processo será lento, mas certamente com avanços e recuos, será contínuo.
Executivos mais conscientes de seu papel, gerentes mais determinados a aprender e apreender uma nova realidade. Profissionais da área de Recursos Humanos reciclando linguagem e valores, reposicionando-se e indo ao encontro de novos movimentos de respeito e valorização do ser humano, não simplesmente no discurso, mas com uma nova prática.
É nessa reconstrução que se faz mais necessária a base da leitura da dinâmica dos grupos, de modo que se facilite a emergência dos talentos e dos recursos internos, e com isto se vá construindo, paulatina e consistentemente, equipes sólidas.
Nesta revisão mantivemos todo o livro original e acrescentamos três novos capítulos, ouvindo a sugestão dos nossos leitores e amigos.
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Incluímos ainda um desenho final na análise das fases do processo de grupo, de modo que você possa ver graficamente o entrelaçamento das diversas variáveis do processo grupal.
Os novos capítulos abordam:
1) Transições vividas pelos grupos durante o processo da mudança.
Procuramos fazer uma análise da vivência do indivíduo e do grupo, suas tensões e angústias. Com isto oferecemos a você, leitor, uma melhor visão dos fenômenos em que geralmente está imerso, ego-envolvido e portanto, não raro, impossibilitado de analisar, diagnosticar e “ler” a situação como um processo.
2) Funções desempenhadas pelo grupo.
Neste capítulo abordamos como o grupo desempenha papéis específicos que seria impossível para o indivíduo, por si só, poder desempenhar; o grupo revelando-se como uma entidade viva e própria, usando e ocupando seu espaço.
3) Exercícios e práticas para atuar em grupo.
Para atender a demanda de muito leitores que sugeriram este capítulo, enfocamos, de um lado, algumas técnicas diversificadas para que o gerente/consultor/facilitador trabalhe algumas variáveis específicas, tal como comunicação, processo decisório, valores, etc.; de outro, focamos estórias, fábulas, citações ou textos, para serem usados ora como pontos de reflexão ora como temáticas de aquecimento grupal.
Esperamos, assim, ter atendido a você neste nosso novo encontro.
Janeiro de 1995
ÁUREA CASTILHO
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PREFÁCIO
Parte de minha vida como adulta tem sido dedicada ao estudo da dinâmica dos grupos, seja como educadora nos diversos níveis de ensino, seja como terapeuta, ou ainda como profissional que se dedica aos aspectos comportamentais da organização.
Tenho observado que, em quase todas essas áreas, tem-se dedicado todo um vasto estudo sobre as relações humanas, passando do enfoque do indivíduo para o de equipe, dando- se, porém, pouca atenção aos fenômenos de grupo propriamente ditos, de modo que professores, consultores, profissionais prestadores de serviço, na área comportamental ou não, e, sobretudo, o corpo gerencial possam Compreender a dinâmica do que se passa no seu meio circundante.
Esse trabalho visa a apresentar, sinteticamente, alguns desses fenômenos de grupo, de modo a ajudar as gerências e consultores, internos ou externos, doravante aqui sistematicamente denominados gerente/consultor, a aprenderem a melhor diagnosticar o que ocorre ao seu redor e aditar comportamentos mais adequados na administração da situação.
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As gerências estão mergulhadas, no dia-a-dia, em inúmeros desses fenômenos, e em tantos outros que aqui não foram trabalhados. Os consultores internos e externos da Qualidade, de Marketing, Informática, Organização e Métodos, estrategistas, além de educadores, lideranças sindicais, etc. convivem com tal dinâmica, porém nem sempre sabem decodificar essa leitura subjacente ao seu trabalho.
Tenho a clareza de que não vou dar um nível de profundidade, que merece, a cada um dos fenômenos grupais aqui expostos, porque o nosso objetivo é apenas o despertar sobre o assunto, para que cada um possa buscar, posterior- mente, na bibliografia especializada, o seu nível de aprofundamento.
Sempre apresentei os temas aqui expostos em Seminários e Programas de Preparação do Corpo Gerenciai e de Qualificação dos Profissionais Prestadores de Serviço Interno (CONSULTORES INTERNOS), porque sempre acreditei que uma compreensão maior dos processos grupais favorece uma leitura melhor da realidade.
Agora que o sopro da liberdade abre espaço para a palavra e a ação, os novos tempos exigem melhores compreensão e estudo sobre os processos psicossociológicos, que se fazem necessários para uma boa administração e condução de pessoas, na era da Qualidade e do poder pelo conhecimento.
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As organizações que buscam, continuamente, sua atualização, seja pela busca da Qualidade, seja pelo poder do conhecimento, hão de entender que não poderão ir muito longe se não se dedicarem à compreensão da dinâmica interna e externa dos grupos.
Esta realidade, esquecida por uns, ignorada por muitos, é uma profunda força motriz de ajuda nas mudanças e na compreensão científica do que ocorre enquanto ela se processa.
Executivos, gerentes, lideranças sindicais e consultores não terão êxito em suas tarefas se não investirem um pouco mais no conhecimento das ciências do comportamento. E passado o tempo do empirismo, da tecnocracia, do centralismo e do poder arbitrário, onde cada um neles podia escudar-se.
O tempo é outro. Somos a geração testemunha de tantas mudanças vertiginosas e turbulentas, a uma velocidade compatível com as tecnologias de ponta.
Nós, individualmente, não temos todos estes saber e experiência acumulados para acompanhar as mudanças com a velocidade que eles imprimem aos nossos valores e condicionamentos.
Resta-nos reconhecer esses limites e ter a coragem de investir naqueles campos de saber aos quais nunca estivemos atentos, ou porque
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