Hotelaria Hospitalar

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Em relação aos materiais de construção, decoração e tecnologias utilizadas em um hospital, cada setor ou cada serviço a ser ofertado demanda uma atenção especial, isso se fundamenta justamente porque em cada uma das situações as necessidades são peculiares, podemos exemplificar que nas áreas técnicas e de atendimento, os acabamentos devem promover a assepsia do local, a resistência a grande movimentação de pessoas, macas, cadeiras de rodas e aos produtos de limpeza.

A lavanderia é um dos serviços de apoio ao atendimento dos pacientes, responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação a todas as unidades do hospital, sendo um setor de grande importância para o funcionamento das varias unidades e qualquer que seja sua dimensão deve ser cuidadosamente planejada. Deve se refletir sobre os seguintes aspectos:

• Controle das infecções;

• Recuperação, conforto e segurança do paciente;

• Facilidade, segurança e conforto da equipe de trabalho;

• Racionalização de tempo e material;

• Redução dos custos operacionais.

Instalação de barreira de contaminação que separa a lavanderia em duas áreas.

- área suja (considerada contaminada) - utilizada para separação e lavagem;

- área limpa - utilizada para acabamento e guarda.

Deve ficar localizada no térreo, perto da área de serviços gerais e da caldeira, e longe dos demais setores, com transporte adequado com carrinhos, de plástico laváveis para que seja efetuada a desinfecção adequada diariamente a cada troca de turno, ou pode também estar localizada fora do prédio, porem com circulação coberta e fechada para evitar a contaminação da roupa limpa.

Dentre esses aspectos, deve ser dada ênfase especial à direção do vento, para que não haja corrente de ar do ambiente contaminado para o limpo. O mesmo cuidado deve ser observado quanto à orientação solar. A face do prédio mais exposta ao sol, por permanecer mais aquecida, atrai o ar dos ambientes mais frios.

O fato de a lavanderia ser um ambiente quente e úmido, não exclui a insolação.

A insolação é um fator que deve se levado em conta, dependendo das condições locais. Com a adoção de certos elementos arquitetônicos e materiais podendo-se conseguir melhor proveito da orientação solar, que, aliada à direção dos ventos proporcionará mais iluminação e conforto aos usuários.

A roupa, processada em ambiente arejado, bem iluminado e higiênico, será igualmente beneficiada.

No que se refere à cozinha e preparo dos alimentos, a cozinha do Hospital deve ser projetada nos mínimos detalhes, para atender a todas as necessidades, garantindo a máxima segurança e higiene para pacientes e colaboradores. Alem de contar com um quadro de pacientes altamente capacitados, deve possuir arquitetura pratica e funcional, pensada desde o piso até a localização de cada máquina, deve ser totalmente climatizada porque a temperatura baixa evita a deslocação bacteriana e auxilia na conservação do alimento e no aumento da produtividade. Nesse caso, o rendimento do funcionário cresce com o bem estar no ambiente de trabalho.

O local devera seguir todos os padrões de higiene exigidos pela Vigilância Sanitária, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ( CCIH ) , Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura e todas as portarias que regulamentam o setor de

Alimentação em hospitais. A equipe nutricional devera trabalhar intensivamente na qualidade dos serviços. O processo de acompanhamento devera acontecer desde a chegada dos alimentos no hospital até a preparação dos pratos que chegam aos pacientes

e acompanhantes.Todas as etapas de preparação deverão ser realizadas em departamentos distintos e independentes, seguindo uma seqüência de produção e evitando qualquer tipo de contaminação dos alimentos.

A Cozinha deve possuir áreas específicas para o preparo dos diversos tipos de refeição, como a la carte, dietoterapia e outras de acordo com a dieta do paciente.

Os serviços prestados pelos hospitais mesmo os mais estruturados e modernos deixam a desejar nos aspectos de humanização, a preocupação principal sempre foi à modernização deixando o paciente, sem um atendimento cordial e educado, que passa por momentos ruins de dor e angustia, Taraboulsi (2004: p.52) descreve: “Modernizou-se em tudo e não inovou em nada”.

Muitos dos serviços prestados nos hospitais também são serviços prestados pela hotelaria e só precisam ser adaptados e complementados nos setores de: recepção, A&B (alimentos e bebidas), lavanderia tantos outros que precisam de atenção individual e direcionado.Existem serviços que podem ser implantados para dinamizar o atendimento sendo adaptados para a hotelaria hospitalar como: serviços de governança (limpeza, arrumação e manutenção) serviço de quarto e serviço de mensageiros.

Todos fazem parte do processo, cada profissional tem papel importante nesta jornada. Não basta a recepcionista receber bem o cliente, se a higienizadora entra no leito sem pedir licença ou bater na porta antes de entrar.O hospital deve transformar elementos negativos em positivos, pois é neste ambiente impessoal e muitas vezes hostil que as pessoas são recebidas em razão do mal que as espreita.

O serviço de hotelaria é responsável por um aspecto mais humano e agradável. É fácil perceber quando o serviço funciona adequadamente, percebe-se que de um modo geral que esse serviço é satisfatório na grande maioria dos hospitais.

As instituições não devem preocupar-se somente com a estética, mas com a segurança, bem-estar e a humanização dos clientes e para isso os colaboradores devem estar humanizados.

Tais benefícios, aparentemente simples, trazem um reflexo muito grande na diminuição da angústia e um aumento significativo na humanização da instituição. A hotelaria hospitalar, desde que se tenham critérios cuidadosamente elaborados e a colaboração dos diversos setores dentro do hospital, pode ser considerada, também, na interface do cliente com os serviços de enfermagem, nutrição e clínico.

Com essa iniciativa, as instituições de saúde saberão das reais necessidades do cliente,