Gestão da Qualidade
Por: Kleber.Oliveira • 5/4/2018 • 6.136 Palavras (25 Páginas) • 251 Visualizações
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O Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007), apresenta enfoque do que se apresenta por trás de um projeto de capacete de alta qualidade, baseando-se no entendimento do que acontece à cabeça do usuário na eventualidade de uma colisão em motocicletas.
- Lesões na cabeça
É importante estudar a anatomia do crânio para compreender o mecanismo das lesões na cabeça e no cérebro (Figura 1):
Constituição da estrutura da cabeça e do cérebro: - o cérebro está inserido em crânio rígido, que se assenta em ossos que compõem a sua base. A medula espinhal passa por um buraco na parte inferior do cérebro. Sob o crânio, aderindo aos ossos, há um tecido resistente, chamado de “dura”, em torno do cérebro. Entre o cérebro e a “dura” há o espaço que contém o “fluído cérebro-espinhal”, que protege o tecido do cérebro de choque mecânico. O cérebro flutua no fluído cérebroespinhal, pode mover um milímetro em qualquer direção e, o mecanismo se completa pelo papel desempenhado pelo crânio que é coberto pelo escalpo e oferece proteção adicional.
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Figura 1 – Estrutura da cabeça e do cérebro
Fonte: Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007)
Existem dois mecanismos principais de lesão ao cérebro decorrente de uma colisão de motocicletas: uma através de contato direto e, outra por meio da aceleração-desaceleração. Cada um desses mecanismos causa diferentes tipos de lesão. As lesões na cabeça resultantes querem de contato ou de aceleração desaceleração, são divididas em duas categorias: - lesões mais traumáticas ao cérebro são as que resultam de lesões fechadas – ou seja, ferimento “não aberto” no cérebro. A Figura 2 descreve os dois tipos amplos de lesões ao cérebro e dá exemplos de cada categoria – da mais leve a mais grave.
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Figura 2 – Tipos de lesões na cabeça
Fonte: Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007)
Quando a motocicleta se envolve em uma colisão, o motociclista é frequentemente atirado para fora do veículo. Se, a cabeça do motociclista atingir um objeto, como o chão, o movimento da cabeça para frente é interrompido, mas o cérebro, tendo sua própria massa, continua a se mover para frente até bater na parte interna do crânio. Ele então rebate, atingindo o lado oposto do crânio. Esse tipo de lesão pode resultar qualquer coisa, desde uma lesão menor, como uma concussão, até uma lesão fatal.
Os motociclistas que não usam capacete correm um risco maior de sofrer qualquer dessas lesões traumáticas na cabeça e no cérebro, ou uma combinação delas. Os capacetes criam uma camada adicional para a cabeça e assim protegem o usuário de algumas das mais graves formas de lesão cerebral traumática.
- Como funciona um capacete
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS: 2007) define capacete para motociclista como sendo um equipamento de proteção à cabeça usada por usuários de motocicletas. Os capacetes geralmente são feitos de substância dura (normalmente de um tipo de plástico) que dão proteção contra colisões em alta velocidade e objetos de queda.
O principal objetivo de um capacete de motociclista é proteger a cabeça do usuário durante o impacto, embora muitos capacetes também ofereçam conveniências adicionais, com visor para o rosto e proteção para orelhas. Os capacetes para motociclistas são geralmente projetados para quebrar durante uma colisão (gastando assim a energia que, do contrário, estaria destinada ao crânio do usuário), e, assim, oferecem pouca ou nenhuma proteção após o primeiro impacto.
- Funções e objetivos de um capacete
Um capacete tem como principal objetivo reduzir o risco de lesões graves na cabeça e no cérebro, diminuindo o impacto de uma força de colisão e funciona de três maneiras:
a) reduz a desaceleração do crânio, daí o movimento do cérebro, administrando o impacto e, portanto, a cabeça vem a parar mais levemente. Isto significa que o cérebro não atinge o crânio com tanta força;
b) distribui as forças do impacto por uma superfície maior de forma que não se concentrem em determinadas áreas do crânio;
c) previne contato direto entre o crânio e o objeto do impacto, agindo como uma barreira mecânica entre a cabeça e o objeto. Essas três funções são alcançadas pela combinação de propriedades de quatro componentes básicos do capacete (Figura 3):
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Figura 3 – Componentes básicos de um capacete
Fonte: Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007)
a) casco; refere-se, a camada exterior do capacete, que distribui o impacto por uma superfície ampla, diminuindo, portanto, a força antes de chegar à cabeça. Embora a casca seja resistente, é projetada para comprimir quando atinge algo rígido. Oferece proteção contra a penetração por objetos pequenos, pontiagudos, em alta velocidade, e também protege o acolchoamento dentro do capacete defeitos abrasivos e pancadas no uso diário. Esses requisitos significam que a casca precisa ser dura, geralmente com um acabamento exterior suave;
b) forro que absorve um impacto; é feito de material macio, acolchoado e que pode ser esmigalhado – geralmente poliestireno expandido (espuma de borracha). Essa camada densa funciona como uma almofada e absorve o choque quando o capacete para e a cabeça tenta continuar se movendo;
c) acolchoamento de conforto; esta camada é feita de espuma e fica próxima a cabeça. Ajuda a manter a cabeça confortável e o capacete bem ajustado;
d) sistema de retenção; esse mecanismo mantém o capacete na cabeça numa colisão. Uma tira é conectada a cada lado do casco. Tiras para o queixo e pescoço, especificamente desenhadas para manter o capacete no lugar durante o impacto, precisam ser usadas corretamente para que o capacete funcione conforme foi projetado (Figura 4).
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Figura 4 – Sistema de retenção (mecanismo)
- O projeto básico de um capacete segundo a OMS
O projeto deve atender primeiramente
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