GESTÃO DE ESTOQUE: PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Por: Juliana2017 • 22/11/2018 • 1.361 Palavras (6 Páginas) • 343 Visualizações
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Em outras palavras, pode-se dizer que o inventário periódico é, muitas vezes, utilizado quando o custo-benefício da informação não é tão relevante e material para a empresa, ou seja, se ela realizasse o inventário de forma permanente, o custo da geração da informação seria muito superior ao seu benefício, o que inviabilizaria o controle. Uma das principais desvantagens do inventário periódico é a dificuldade de mensuração dos estoques de acordo com a regra “custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor”, contida no CPC 16 (2009).
A falta de estoque pode custar vendas perdidas e afastar potenciais clientes que buscam fontes de suprimentos confiáveis. Para um fabricante, o término de estoque de um único produto pode atrasar todo processo de produção. Evidentemente, há custos para carregar estoque, incluindo juros sobre as despesas que surgem na produção para o estoque e o risco de depreciação de valor enquanto este espera para ser utilizado ou vendido, em razão de mudanças de hábito ou à obsolescência tecnológica (BESANKO et al., 2006).
Apesar da importância da definição da quantidade econômica de pedido, esta abordagem de gerenciamento de estoque não é indicada para todos os itens de uma empresa, apenas para os de maior importância econômica. Para definir quais são os itens de maior importância normalmente usa-se a classificação ABC de Pareto. A classificação ABC sintetiza que quando milhares de itens são mantidos em estoques por uma organização somente uma pequena porcentagem deles merece maior atenção e controle rígido dos gerentes (RITZMAN, KRAJEWSKI, 2005).
Normalmente, o aumento dos níveis de estoque é a solução adotada para garantia de um fluxo logístico estável. Entretanto, o uso indiscriminado dessa prática pode causar sérios prejuízos operacionais e no faturamento da empresa e ainda trazer poucos benefícios. Além disso, o aumento dos estoques no sentido inverso da cadeia de suprimentos tende a ser ampliado – através de políticas de estoque de segurança diferenciadas, como exemplo.
O Efeito Chicote, como este fenômeno é chamado, é um dos grandes desafios de integração da cadeia de suprimentos face às incertezas operacionais. Pode-se mitigar tal efeito através da redução de lead times produtivos, revisão de procedimentos de compra, limitação na flutuação nos preços e a integração no planejamento e avaliação de desempenho de toda a cadeia de suprimentos (Lee e Billington, 1992; Towill, 1996; Fransso e Wouters, 2000 In: Svensson 2005).
REFERÊNCIAS:
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