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Empresas de higiene pessoal e seu custo de vida

Por:   •  24/5/2018  •  3.412 Palavras (14 Páginas)  •  384 Visualizações

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Richartz e Maia (2015), citando Drucker (1985), enfatizam que para o autor a inovação é de grande relevância para os empreendedores, o meio pelo qual eles buscam explorar a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente. Sejam a partir de inovações em produtos, serviços, processos, marketing, modelos de negócio e em formatos organizacionais, emergem como elemento decisivo de ação organizacional, juntamente com outros elementos como facilidade na obtenção de informações e desenvolvimento de conhecimento, dentre outros fatores.

A literatura em diversas áreas aponta a inovação como elemento chave para a criação e sustentação de vantagens competitivas, de forma que a empresa se destaque entre as demais, ou mesmo como elemento fundamental para a compreensão de muitos dos problemas básicos da sociedade (HAGE, 1999). A estratégia da inovação torna-se essencial para que as empresas sejam lucrativas e rentáveis, por trabalhar as competências, a criatividade e a capacidade de verificar soluções alternativas (CANONGIA et. al., 2004).

Para que as firmas possam garantir a sua sobrevivência e manter-se competitiva em mercados internacionais ou nacionais, é fato que as empresas necessitem investir em inovação (LAZZARI; BAMPI; MILAN, 2014). Dessa forma, a inovação emerge como um recurso fundamental para o enquadramento da empresa às normas ou às exigências do mercado externo e também para a abertura de novos mercados (GORODNICHENKO, SVEJNAR E TERRELL, 2010).

2.2 Q de Tobin

A relação do Q de Tobin teve início com Tobin e Brainard (1968) e Tobin (1969) e tem se mostrado de grande relevância com aplicações consideráveis em trabalhos teóricos e empíricos quanto no processo de decisão de investimento de financistas e empresários (MATOS, 2011).

Por definição temos que o Q de Tobin é a relação entre o valor de mercado de uma empresa e o valor de reposição dos seus ativos. Se o valor de mercado for maior que o custo de reposição q > 1, haverá retorno ao se investir e o projeto deve ser realizado; mas se, q ou seja, a firma irá aumentar seu estoque de capital se q for alto e diminuir se q for baixo. Observando assim uma função crescente em razão do q em relação ao investimento (KAMMLER e ALVES, 2009).

O Q de Tobin envolve toda a informação relevante para a tomada de decisão do investimento na firma, bem como demonstra como o investimento em estoque de capital interfere diretamente no valor presente descontado dos lucros. Sendo assim, temos que q é o valor de mercado de uma unidade de capital. Se existe um mercado para as ações das firmas o valor total de uma firma com uma unidade a mais de capital que outra firma excede o valor desta em q (ROMER, 2012).

Lindenberg e Ross (1981) fizeram um estudo com o intuito de construir um modelo que mais aproximasse o “q” teórico do valor encontrado a partir de dados reais. Os mesmos autores, abordam o conceito de custo de reposição como algo complexo e de difícil medição devido a falta de um mercado ativo de bens de capital usado. Os autores calcularam o custo de reposição, dividindo os ativos da empresa em três grandes categorias: instalações e equipamentos, estoques e outros ativos, como caixa, títulos negociáveis e terrenos (KAMMLER e ALVES, 2009).

Entretanto, poucos trabalhos foram realizados no Brasil para conferir o poder de explicação dessa teoria, e esses obtiveram resultados insatisfatórios. Isto em razão da dificuldade em determinar o custo de reposição do capital, as altas taxas de juros, as grandes restrições ao crédito enfrentadas pelas empresas e também do tratamento dos dados do ponto de vista econométrico.

O valor do Q como medida para incentivo ao investimento da firma só é aceitável quando observado o Q Marginal. O qual é a razão entre Valor de Mercado de Uma Unidade Adicional de Capital e seu Custo de Reposição (HAYASHI, 1982). Entretanto ele é pouco trabalhado, o que acarreta em seu pouco uso em pesquisas práticas. Desta forma, o próprio valor do Q é usado como substituto do Q Marginal. Esses dois valores são aproximadamente equivalentes em Mercados Competitivos com Retornos de Escala Constantes. Isto posto, o uso do Q de Tobin em lugar do Q Marginal pode levar a distorções nas classificações dos seus níveis entre maior e menor que 1 (SOUSA, 2007). COLOQUE UMA NOTA DE RODAPÉ PARA EXPLICAR A DEFINIÇÃO DE Q MARGINAL E RETORNOS CONSTANTES DE ESCALA. ( Apesar da validade teórica do q marginal, seu cálculo é bastante dificultado pela ausência de informações sobre o efeito de uma unidade monetária adicional de investimento, devido à falta de dados (TORGGLER, 2009),))[a]

observada assim a importância do Q de Tobin, pois torna-se um índice que revela o potencial forte que indica a valorização de uma empresa, demonstrando a riqueza agregada pelo mercado como o reflexo de seu poder de gerar lucro (TOBIAS, 2016).

2.3 O Cálculo do q

Para calcular o valor de q com dados reais é preciso fazer algumas considerações metodológicas. Nesta seção apresentaremos três relevantes contribuições ao método de cálculo do q. São elas: o modelo pioneiro de Lindenberg e Ross (1981), o modelo aperfeiçoado de Lewellen e Badrinath (1997) e o modelo simplificado de Chung e Pruitt (1994).

Desenvolvido por James Tobin, em 1969, o q de Tobin é calculado dividindo-se o valor da firma (valor de mercado mais as dívidas) pelo valor de reposição dos seus ativos (VRA), este representa o desembolso teórico para se adquirir novamente os bens operacionais da companhia.

Em sua fórmula básica, o q de Tobin pode ser definido por:

Por definição temos que, VMA é o valor de mercado do capital próprio da firma, para obtê-lo basta multiplicar o número de ações emitidas pela firma por seu preço publicamente cotado. As variáveis VMD e VRA, no entanto, apresentam certa dificuldade para sua mensuração. Para estimar VMD, o valor de mercado das dívidas, de forma ideal precisaríamos obter os valores de títulos de dívida de diferentes perfis de empresa (dívidas de curto e longo prazo) (FAMÁ & BARROS, 2000).

O valor de mercado (preço da ação multiplicado pela base acionária) é facilmente obtido. Mas há discussões acaloradas para se determinar o valor da dívida e o VRA, pois se deve utilizar os valores justos de ambos e não os contábeis. A tarefa é complexa, porque não temos um mercado secundário de dívidas ativo. O cálculo do VRA é ainda mais complicado, pois além de também não haver um mercado eficiente de

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