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Comunicação empresarial

Por:   •  27/2/2018  •  11.132 Palavras (45 Páginas)  •  274 Visualizações

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a princípio, influenciados pela magnitude das audiências, imaginaram que os efeitos das mensagens poderiam provocar efeitos similares aos comportamentos de massa, mas depois chegaram a conclusão que a audiência deve ser vista como uma entidade ativa, que procura o que quer, rejeita e aceita idéias formuladas, interage e compara seus conteúdos uns com os outros.

Numa empresa, principalmente, os temas tendem a serem discutidos pelos membros de diversos grupos que interagem a organização, nascendo daí a opinião da maioria dos indivíduos.

A leitura, no caso, está entre as atividades menos ativa dentro das diversas possibilidades de comunicação, e se o leitor não concordar com o que leu, no caso do jornalismo empresarial, ele pode responder com desinteresse da pelo veículo e abandono do hábito da leitura, levando a audiência a ser mais ou menos ativa, porém, nunca ela será totalmente passiva.

Portanto, através de um novo conceito, onde Wright apenas diferencia os meios de comunicação de massa daqueles utilizados para veiculação de mensagens endereçadas para indivíduos específicos, percebe-se que as publicações empresariais são perfeitamente enquadráveis na designação “meios de comunicação de massa” .

Modelo mais recente a respeito da comunicação de massa é a teoria do “fluxo em duas etapas”, onde a mensagem transmitida através dos meios de comunicação de massa não chegaria diretamente ao indivíduo, mas sim através de um “líder de opinião”, os quais seriam primeiramente influenciados, para assim exercer influência sobre a audiência de um modo geral; e o outro modelo é da teoria da “exposição seletiva”, baseado na teoria da “dissonância cognitiva”, onde as pessoas tendem a sempre evitar, de algum modo, a existência de incoerências em sua estrutura de pensamento.

O processo de seleção, como se viu, existe e os meios de comunicação de massa podem facilitar esse processo, fornecendo ao público as pistas que ele espera encontrar para ter sua tarefa seletiva menos dificultada.

A audiência busca por pistas que podem ser a manchete ou o título de cada matéria, uma foto, uma legenda, ou diversos tipos de “pistas” fornecidas pelos meios de comunicação de massa, que entretanto, só vai ser eficiente se tiver algum significado para o receptor. Para isso, é preciso que os editores de comunicação empresarial estejam certos de que o leitor irá entender sua pista.

É importante também os grupos primários e secundários sobre a audiência dos meios de comunicação de massa, onde primários são os grupos em que os contatos são pessoais e secundários, onde o relacionamento não é constante, afetivo e pessoal. Esses grupos podem ser diferentes, mas os meios de comunicação de massa ajudam a manter unidos os grupos sociais a que pertencem esses indivíduos, ao mesmo tempo que utiliza-os para fazer com que sua mensagem seja melhor absorvida.

A influência dos grupos para a conformidade da opinião dos indivíduos está bem demonstrada através de inúmeros estudos realizados através dos anos, muitos dos quais citados por Lane e Sears, como as características dos grupos (dimensão, freqüência de contato, participação em decisões, centralismo grupal, coesão, existência de grupos alternativos, sentimento de aceitação por parte de cada membro, finalidades grupais e individuais), os quais influenciaram decisivamente na importância da atuação do grupo sobre o indivíduo membro da audiência.

Outro fato que não deve jamais ser esquecido pela moderna comunicação empresarial é que cada elemento do público é parte do público maior, o público municipal, estadual e nacional. O leitor é uma pessoa que tem sua vida fora da organização e portanto com interesses que não se restringem somente ao universo da empresa em que trabalha, nem seus grupos sociais são exclusivamente aqueles de que dispõe na organização.

Portanto, toda atividade da audiência em relação à comunicação deverá ser exercida dentro e fora da comunidade empresarial, onde os grupos sociais extra-empresa vão exercer influência sobre o leitor, com assuntos que não se restringem aos que dizem respeito à empresa.

O público da comunicação organizacional faz parte também de um público maior e o segredo para que se tenha uma comunicação empresarial eficiente talvez resida no conhecimento que o profissional tenha da sua audiência, lembrando que de acordo com as características de cada programa de comunicação, diferentes serão seus objetivos, assim como seus públicos.

Portanto, cada meio de comunicação terá como audiências públicos diferenciados e para cada audiência, as considerações desenvolvidas devem ser levadas em conta, a fim de se compreender o processo dos efeitos da comunicação de massa sobre as mesmas.

3 – Eficiência e eficácia da comunicação organizacional

A meta da comunicação organizacional é gerar consentimento por meio de comunicação expressiva emocional, esse deve ser o objetivo dos profissionais que lidam com comunicação nas empresas. Logicamente, não é uma tarefa fácil, visto que há que se observar o nível de otimização de situações de comunicação da empresa.

Deve-se entender a comunicação como um processo simbólico, onde sentimentos de empregados de níveis inferiores são modificados e reforçados. Para isso há que se direcionar o discurso da empresa a um patamar intermediário a fim de aproximar as diferenças entre as comunicações técnicas, que geralmente se tornam pouco atrativas, as comunicações cognitivas, inerentes aos comportamentos individuais e as comunicações normativas, que transmitem normas e valores dentro de situações funcionais. Tudo isso deve ser com o intuito de aproximar a comunicação ao nível dos empregados.

Para se usar uma comunicação consumatória agradável, deve-se ajustar duas partes da comunicação: a que é fruto da informação e conhecimento técnico e a que lida com as atitudes, valores e normas. Há também os chamados fluxos de comunicação, que auxiliam no melhor desempenho da comunicação.

São três fluxos que se movem em duas direções: o fluxo descendente e o fluxo ascendente, que se movem na direção vertical; e o fluxo lateral, que corre na horizontal, os quais constituem o centro de processamento da eficiência organizacional.

Muita informação pode gerar distorções e criar problemas de engajamento, portanto, procura-se criar alguns mecanismos de consultas, como treinamento adequado, e programas do tipo Quality Circle, o qual reparte o processo

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