A institucionalização da teoria institucional
Por: Rodrigo.Claudino • 17/11/2018 • 1.184 Palavras (5 Páginas) • 265 Visualizações
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entre atividades do dia-a-dia e os comportamentos dos membros da organização e das estruturas formais podem ser negligenciadas, pois os elementos estruturais estão frouxamente ligados entre si, e as normas são frequentemente violadas.
Para ser considerada institucionalizada, uma estrutura tem que ser considerada eficaz e necessária, e deve gerar uma ação. Entretanto, com a terceira implicação traçada por Meyer e Rowan há uma ambiguidade, pois eles desvinculam estrutura formal e ação, definindo estruturas institucionais como aquelas que estão sujeitas a essa desvinculação.
Além disso, há uma confusão fundamental entre as teorias institucional e a de dependência de recursos, pois não há nitidez das fronteiras entre as duas teorias. A falta de uma distinção teórica entre esses estudos resulta, em parte, da falta de ênfase em característica, típica da teoria institucional. Por conta disso, uma reorientação na estrutura institucional para que venha a ser mais influenciada pela abordagem de dependência de recursos reflete, provavelmente, o desconforto com a falta de voluntariarismo sugerido por versões da teoria institucional.
Berger e Luckmann identificaram institucionalização como um processo central na criação e perpetuação de grupos sociais duradouros. Nessa definição, as ações habituais se referem a comportamentos desenvolvidos empiricamente, que foram adotadas por um ator ou grupos de atores a fim de resolver problemas recorrentes. Diante disso, há pelo menos dois processos sequenciais envolvidos na formação das instituições: a habitualização e objetivação. Ainda é sugerido um aspecto adicional da institucionalização, a exterioridade, e o processo por meio do qual as ações adquirem essa qualidade é a sedimentação.
O processo de habitualização envolve a geração de novos arranjos estruturais em resposta a problemas organizacionais específicos e, também, a formalização desses arranjos em políticas e procedimentos. Esse processo é considerado como um estágio de pré-institucionalização, e a criação de novas estruturas é uma atividade independente. A adoção de novas estruturas pode ser baseada em organizações similares, que possa tornar viável a reorientação técnica e econômica para uma dada organização.
A objetificação envolve o desenvolvimento de um grau de consenso social entre os decisores da organização a respeito do valor da estrutura, e a adoção pelas organizações com base nesse consenso. Ao adotar novas estruturas, se espera que os resultados se generalizem, e os efeitos encontrados em outras organizações serão determinantes da próxima decisão de adoção. Quando uma escolha é mais disseminada, a probabilidade de ser percebida como uma ótima escolha é maior, e a difusão deixa de ser considerada uma imitação e passa a ter base mais normativa, refletindo a teorização implícita ou explícita das estruturas. As estruturas que se objetificaram e foram disseminadas se encontram no estágio de semi-institucionalização.
A sedimentação é um processo que se apoia na continuidade histórica da estrutura e em sua sobrevivência pelas gerações de membros da organização. Esse estágio é caracterizado pela propagação das estruturas pelo grupo de atores teorizados como adotantes adequados e pela perpetuação dessas estruturas por um longo período de tempo.
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