A HIDRELÉTRICA DO RIACHO DOCE: RESPONSABILIDADE AMBIENTAL, SOCIAL E DO TRABALHO

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Desta forma, os estudos acerca dessa temática se apresentam como ferramenta que pode contribuir significativamente para a expansão e aprofundamento dos debates acerca dessa temática.

Assim, este tópico visa discutir a Responsabilidade Social Empresarial sob a ótica dessa e seu papel enquanto elemento indispensável ao exercício de cidadania por parte das empresas.

A partir da década de 80, com os processos de mudanças na ordem societária provenientes de diversos movimentos sociais decorrentes daquela época, assim como pela conjuntura social naquele período, várias mudanças começam a surgir, trazendo novas demandas e também um novo contexto para a ação do Estado.

Essas mudanças surgidas conferem uma nova roupagem a dinâmica de execução de politicas e programas por parte do Estado, especialmente no sentido de demandar uma reorganização de suas ações e funções, que a partir de então passam a ser definidas por múltiplas determinações acompanhadas de tendências enraizadas nos processos de reprodução sócio histórica.

Faz-se importante refletir, no que se refere ao alcance desses trabalhos, visto que “são necessárias medidas que possibilitem a distribuição de renda para que o dinamismo econômico favoreça padrões de equidade social” uma vez que uma das principais atribuições a que se destina estas políticas é a permanente criação de programas e projetos que possibilitem a geração de trabalho e renda. (COSTA, 2005, p. 182).

Os movimentos sociais produzem no individuo a conscientização da importância do alcance aos bens sociais, sócio educacionais, para prover precisões de reprodução da vida social, individual e em família, ampliando habilidades e capacidades para o convívio social, protagonismo e autonomia.

Conforme explica Costa (2005)

Autonomia coletiva, ou o consciente e explícito autogoverno de uma determinada coletividade, o que depreende garantias políticos-institucionais, assim como uma possibilidade material efetiva, e autonomia individual, isto é, capacidade dos indivíduos particulares de realizarem escolhas em liberdade, com responsabilidade e com conhecimento (COSTA, 2005, p. 168).

Dessa forma, a ausência de autonomia pode expedir à situação de pobreza apregoada por uma conjuntura de necessidades individuais e coletivas não

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satisfeitas pela falta de acesso à riqueza produzida, somente podendo ser revista pela possibilidade de superação do capitalismo (MARX, 1980)

Nesse sentido, a conjuntura apresentada por (Correa 2012) acerca do surgimento do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), é uma exemplificação clara dessa realidade, na qual grupos menos favorecidos economicamente se tornam reféns dos interesses do capital.

De acordo com o (MAB, 2005)

O modelo energético baseado na produção de energia hídrica significa 20% de toda energia produzida no mundo. Esta forma de produção de energia já expulsou de suas terras de 40 a 80 milhões de pessoas no mundo. No Brasil 92% da energia produzida vêm da fonte hídrica, já tendo expulsado mais de um milhão de pessoas de suas terras. (MAB, 2005, apud CORREA, 2012, p.39).

Nesse sentido, Correa (2012) explica que

Com o efeito da intensificação da falta de condições básicas de produção e reprodução de vida e trabalho dessas populações remanejadas, ocorre um aumento explosivo populacional, principalmente em cidades adjacentes a esses projetos, em busca de melhores condições de trabalho e de vida. (CORREA, 2012, p. 40)

Essa realidade passa então a ser a precursora de inúmeros problemas sociais para essas pessoas, gerando problemáticas urbanas que passam a demandar cada vez mais ações do poder público para a intervenção na situação de precariedade pela qual as famílias passam a ser sujeitadas.

O MAB surge assim a partir desses processos como um movimento que, organizado, luta para a melhoria da qualidade de vida e da garantia do direito dessas pessoas envolvidas nesses processos, e tem um papel fundamental na medida em que tem seu foco na superação de moldes nos quais os interesses econômicos se sobrepõe aos interesses sociais e culturais.

3 GESTÃO DE PESSOAS

A gestão de pessoas nas empresas é um dos principais desafios pelos quais passa qualquer organização, seja pelos diversos aspectos complexos que permeiam essa questão no que se refere a legalidade e questões trabalhistas, seja pela própria natureza humana ali envolvida no processo de planejar e executar

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ações cotidianas para a conquista dos objetivos organizacionais.

Nesse sentido, a mensuração do clima dentro da organização a partir da percepção dos colaboradores é sem dúvida uma estratégia válida, na medida em que pode oferecer uma visão real acerca de como é visto o processo de trabalho cotidiano, bem como pode possibilitar conhecer a opinião do colaborar acerca da sua realidade seja pessoal ou profissional enquanto agente inserido naquele contexto.

(...) uma complexa combinação de interpretações (ou percepções, como preferem os psicólogos) das pessoas sobre seus trabalhos ou papéis na organização, suas interações com as outras pessoas, e suas interpretações dos papéis das outras pessoas na organização. KELLER; AGUIAR, 2004, p. 95)

Assim, a pesquisa de clima organizacional para a execução dessa estratégia é uma ferramenta que, adotada de forma contextualizada e continua, pode oferecer resultados satisfatórios nos processos de gestão de pessoas, permitindo conhecer de perto as diversas opiniões e sentimentos daqueles que fazem o cotidiano da organização.

Abaixo é apresentado um instrumento de pesquisa de clima

organizacional:

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Pesquisa de Clima Organizacional

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