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A GERAÇÃO Y E O MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  4/3/2018  •  8.278 Palavras (34 Páginas)  •  231 Visualizações

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Na visão de Santos (2006) o homem da era pós moderna pode ser analisado sob três óticas: consumista, hedonista e narcisista. O indivíduo consumista é aquele que está sempre procurando uma coisa nova para consumir, visando a praticidade do seu dia a dia. O chamado de hedonista é aquele que busca o prazer no momento, sendo este mais importante que qualquer outra coisa. Por fim, o narcisista é aquele que preocupa-se apenas com seu próprio bem estar, individualista ao extremo, completamente apático mediante as necessidades da massa.

1.2 O TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Conforme coloca Kanaane (2006) o ato de trabalhar é uma ação exercida no contexto social que resulta em uma situação de complexidade entre o trabalhador e os meios de produção. O trabalho não restringe-se a uma atividade profissional, é uma forma de interação entre os indivíduos, constrói relações que resultam em aspectos positivos e negativos.

Borges (2007, p.30) diz que o trabalho é:

(...) um fator de construção do sujeito, ou seja, é através do trabalho que o homem estabelece, reconhece e implementa as diferentes formas de sua vida em sociedade. Assim sendo, o trabalho pode ser vislumbrado como atividade que se define na sua relação com a própria condição de vida e que, ao mesmo tempo, se edifica como condição para toda vida humana, pois todo homem passa pela necessidade de trabalhar, extrair as condições materiais para a continuidade da vida e nesse processo desenvolver e consolidar laços sociais.

No mundo contemporâneo observa-se que o mercado de trabalho passa por diversas transformações. Os profissionais estão enfrentando cada dia mais desafios, como a questão da globalização, descentralização e terceirização. Os conceitos relacionados a emprego e trabalho estão mudando e, nesse sentido, se faz necessário que os profissionais fiquem atentos a esses novos desafios e habilidades que estão sendo exigidos (BORGES, 2007).

Conforme colocam Giardino; Tozzi (2011) os trabalhadores dos dias atuais sentem uma enorme necessidade de se sentirem realizados nas atividades que realizam, precisam de satisfação e felicidade no emprego. Já passou o tempo em que o trabalho era alguma coisa penosa, enfadonha, que fazia as pessoas sentirem-se mal e cansadas. Hoje, ele faz parte da vida das pessoas como uma coisa de grande importância e prazerosa.

Os autores argumentam que muitos profissionais tiveram que se moldar às novas exigências do mercado de trabalho, logo após um movimento no início dos anos 90, chamado de reengenharia de processos. Na época, ocorreram grandes transformações nas empresas, e a busca por melhores posições de cargos ou até mesmo para se manterem nas organizações, levou os profissionais a aprimorarem seu conhecimento buscando uma maior qualificação. Nesse sentido, o autor ainda afirma que as empresas se tornaram mais exigentes no momento das contratações e pressionaram os seus colaboradores veteranos a aprimorarem seus conhecimentos, justamente por serem constantes, por parte dos empregadores, a questão de uma qualificação mais elevada. Atualmente, os jovens estão ingressando no mercado de trabalho com uma idade maior, com média dos 21 anos, diferente da cultura de anos atrás, onde com essa idade as pessoas já teriam cinco anos de experiências profissionais, porém, com baixa qualificação; hoje, há boa qualificação e pouca experiência profissional.

Edersheim (2007, p.38), citando Drucker, explica que o mundo empresarial vem passando por diversas mudanças tecnológicas que geram modificações também no sentido do trabalho. Drucker diz ser uma “revolução silenciosa”, prevista desde o final da segunda grande guerra até meados de 1990, quando registra-se uma explosão em cinco frentes:

- Com o advento da internet, as informações passaram a estar disponíveis para um maior número de pessoas e numa velocidade mais rápida acelerando as decisões.

- O alcance geográfico das empresas e dos clientes explodiu. Numa empresa global criam-se marcas e empresas numa velocidade de semanas ou meses contra anos dedicados no passado.

- As características demográficas estão se alterando em conseqüência da melhora da qualidade de vida o que permite que as pessoas vivam com qualidade por mais tempo. Em contrapartida, há uma queda das taxas de natalidade – a população está ficando mais velha e com isto, novos setores estão surgindo para atender esta necessidade.

- Os clientes hoje passam a ser parte integrante da empresas opinando e colaborando no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Deixaram de ser simples receptores e tornaram-s participativos neste processo.

- E por último, não há mais limite entre o interior e o exterior das empresas. Concorrentes passam a ser parceiros na busca da potencialização de sinergias. Viver isolado hoje pode significar o fim de sua experiência.

Outra colocação que deve ser observada é a presença maciça da competição no mundo empresarial e, consequentemente, no mundo do trabalho. A competição da era industrial transformou-se na competição da era da informação. A presença da competição elevação provoca enorme pressão, já tratada como um dos elementos constantes e até comuns mesmo em situações mais simples.

Kim (2005) diz que atualmente as empresas que conseguem sobreviver a este ambiente tão competitivo apresentam-se como multifacetadas, multidisciplinares, transversalizadas e os limites entre os competidores é confuso e, muitas vezes imperceptíveis. No lugar de uma concorrência ente produtos que se assistia anteriormente, hoje o que se apresenta é uma concorrência entre recursos e competências com o objetivo de visar vantagem competitiva.

Segundo Kim (2005, p.5), “a verdade é que os setores jamais ficam estacionados. Estão sempre em evolução. As operações tornam-se mais eficientes, os mercados se expandem e os atores chegam e vão embora”.

Num ambiente como este as empresas precisam ser rápidas em desenvolver capacidades de perceber as mudanças de mercado, projetar cenários e tendências, reconhecer as novas necessidades dos consumidores e saber o momento certo de mudar. É fundamental ainda que a empresa, juntamente com sua equipe, não meça esforços para direcionar bem as estratégias empresariais em busca de atingir o mercado competitivo.

Reis (2003) diz que o desenvolvimento de competências, o investimento em capacitação e treinamento é a forma que a empresa tem em desenvolver talentos, valorizando seus profissionais de forma que eles tornem-se seus principais

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