Visita de campo - CESMAR
Por: Kleber.Oliveira • 20/10/2018 • 5.962 Palavras (24 Páginas) • 401 Visualizações
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2 PRIMEIRAS ESCOLAS NO MUNDO
As primeiras escolas no mundo surgiram na Europa, por volta do século IV a.C. Não havia sala de aula, eram apenas lugares onde os mestres transmitiam os ensinamentos de gramática, física, música, poesia e oratória. Normalmente essas escolas eram mantidas pelos seguidores do filósofo-fundador e cada uma prezava uma área do conhecimento. A escola de Isócrates, um notável orador, por exemplo, era muito forte no ensino da oratória.
Essa forma de ensinar permaneceu por muito tempo até transformar-se em escolas modernas, como nos dias atuais, com professor em sala de aula e crianças e jovens como educandos.
Há registros históricos de que no século IX, no ano de 859, foi criada a Universidade de Karueein, na cidade de Fez, no Marrocos, como sendo o primeiro estabelecimento de ensino do mundo, no sentido moderno do termo, sendo esta dividida em repartições de saberes distintos.
Na Europa, as escolas no estilo tradicional como conhecemos hoje, surgiram no século XII. Iniciaram com as obras de instituições de caridade católicas, onde os objetivos dominantes eram transmitir conhecimentos de leitura, escrita, canto e, junto a isso, a doutrina religiosa. Mas as escolas que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências, história e geografia, só surgiram entre os séculos XIX e XX.
Em 1158, em Bolonha, Itália, o imperador do Sacro Império Romano-Germânico Frederico Barba Ruiva funda a primeira Universidade Europeia.
2.1 PRIMEIRAS ESCOLAS NO BRASIL
A história do ensino no Brasil tem início com a chegada dos primeiros jesuítas, quando em agosto de 1549, foi criada a primeira escola primária, em Salvador, na Bahia. Os padres jesuítas foram os primeiros educadores do Brasil, sendo a primeira escola de “ler e escrever”, fundada pelo padre Manuel da Nóbrega, porém o primeiro professor foi o jesuíta Rijo Rodrigues. Motivados pela convicção religiosa de divulgação da fé cristã, por mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do país. Embora tivessem fundado inúmeras escolas de ler, contar e escrever, a prioridade dos jesuítas sempre foi a escola secundária, grau do ensino onde eles organizaram uma rede de colégios de reconhecida qualidade, alguns dos quais chegaram mesmo a oferecer educação equivalente ao nível superior.
O Projeto Educacional Jesuítico não era apenas um projeto de catequização, mas um projeto de transformação social, pois tinha como objetivo efetuar mudanças radicais na cultura indígena brasileira. O motivo da vinda dos jesuítas para a colônia brasileira baseava-se na transformação do indígena em “homem civilizado”, segundo a cultura dos países europeus do século XVI, e à imediata construção de uma “nova sociedade”. Juntamente com suas atividades de catequização os jesuítas tentaram desenvolver no indígena a preocupação burguesa com o trabalho, com o produtivo.
A meta real do processo educativo, através da catequese, será ensinar os índios a respeitar o homem branco, as autoridades constituídas e a valorizar o trabalho, as trocas, os bons costumes, etc... Comportamentos próprios, portanto, dessa sociedade mais complexa que produz bens, que organiza a troca. Assim, quando as aldeias e as missões já estivessem organizadas, o tratamento será: quem não trabalha não come! (Neves, 1993, p.102).
A instituição era mantida por um sistema de taxas estipulados pela corte. De modo geral, os jesuítas preocuparam-se com um projeto humanista, que pouco tinha de prático, mas que manteve uma rede de colégios dotada de docentes bem preparados e de boas bibliotecas.
No final do século XVIII, é criada a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que, com o passar do tempo, foi agregando outras especialidades e acabou tornando-se a Escola Politécnica da Universidade do Rio de Janeiro, cuja denominação ela somente ostentará na segunda década do século XX.
3 MARCELINO CHAMPAGNAT
Em 20 de maio de 1789, em Marlhes, na França, nasce José Bento Marcelino Champagnat. Filho caçula de uma família de dez irmãos, Marcelino foi criado sob forte influência religiosa de sua mãe e uma tia, frequentou inicialmente o Seminário de Verrières e após o Seminário Maior de Santo Ireneu. Foi ordenado padre em 22 de Julho de 1816, sendo designado para a paróquia de La Valla, Loire, localidade habitada por um povo pobre e sem instruções.
O isolamento, a miséria, a carência cultural e, principalmente a morte de um jovem aos 17 anos, desconhecedor dos fundamentos da fé cristã, fez com que o sacerdote tomasse a decisão de agir, surgindo assim em 2 de janeiro de 1817, o Instituto dos Pequenos Irmãos de Maria ou Irmãos Maristas.
Padre Marcelino Champagnat inicia a sua obra com apenas dois discípulos, com a confiança posta em Deus e no exemplo da humildade de Maria, mãe de Jesus, assim começa uma maravilhosa obra educacional e espiritual em meio à miséria humana.
Ao morrer, em 6 de junho de 1840, deixa a congregação com 290 irmãos, atuando em 48 escolas primárias. Atualmente, o sonho de Champagnat se estende por 79 países, nos cinco continentes.
Em 18 de abril de 1999, o Papa João Paulo II canoniza Marcelino Champagnat na Praça São Pedro do Vaticano, reconhecendo-o como santo.
3.1 HISTÓRIA FUNDAÇÃO
A história do Centro Social Marista Cesmar tem início em 1994, quando a USBEE (União Sul Brasileira de Educação e Ensino) decide implantar um projeto significativo para atendimento de crianças em situação de risco. Em 1996 a USBEE adquire um extenso terreno localizado no bairro Rubem Berta, hoje bairro Mario Quintana. O presidente da USBEE, Provincial dos Irmãos Maristas de Porto Alegre, chama o irmão Jaime Biazuz, que trabalhava em obras sociais no Estado de Mato Grosso do Sul, e o encarrega de elaborar o projeto social.
Em abril de 1997 tem início as atividades do Centro com 30 crianças, na garagem da casa dos Irmãos Maristas que ali se instalaram, mas somente em agosto de 1999 ocorreu a inauguração formal da instituição.
Segundo dados obtidos através da Prefeitura de Porto Alegre, divulgados pelo diagnóstico “Observa POA”, a região nordeste da capital gaúcha abriga uma população em torno de 134 mil habitantes, sendo que desse total 37,92% são crianças, adolescentes e jovens, o que demanda uma atenção especial.
Na região
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