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Violência Contra a Mulher, o Enfrentamento dessa Questão

Por:   •  2/11/2017  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  560 Visualizações

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mais crimes praticados contra as mulheres (SPM, 2012). Todo ano ocorrem em torno de 4,5 homicídios para cada 100 mil mulheres.

Nos últimos 30 anos foram assassinadas cerca de 92 mil mulheres, um aumento de 230% no quantitativo de mulheres vítimas de assassinato, tendo sido 43,7 mil apenas na última década, o que denota aumento considerável deste tipo de violência a partir dos anos 90 (O Mapa da Violência – Homicídio de Mulheres no Brasil, elaborado por Júlio Jacobo). Esse documento, baseado em dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde e atualizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), divulgou a ocorrência de 4.465 homicídios de mulheres no ano de 2010.

3. OBJETIVOS

3.1. GERAL

Discutir acerca dos efeitos emocionais provocados pela violência doméstica contra a mulher.

3.2. ESPECÍFICOS

• Conhecer dados estatísticos da violência contra a mulher em Matozinhos.

• Realizar um estudo sobre esse tipo de violência nesta cidade.

• Identificar os efeitos emocionais relacionados a essa violência à luz da literatura.

• Entender quais os aspectos psicológicos e sociais e quais as razões que levam os agressores a agirem de forma tão violenta contra as mulheres.

• Entender os aspectos psicológicos e sociais da questão e quais as razões que levam as mulheres vitimas da violência doméstica a permanecerem no mesmo relacionamento.

• Identificar os efeitos emocionais relacionados a essa espécie de violência.

• Pesquisar a história da violência domestica nas famílias, para analisar e compreender o que leva a violência doméstica ao seio intrafamiliar, tomando ciência das consequências físicas e emocionais geradas pela violência doméstica contra as mulheres.

4. JUSTIFICATIVA

O que justifica a elaboração do projeto da mencionada pesquisa é o nosso interesse intelectual de conhecer e tomar consciência de um problema que aflige a muitas famílias e que, na maioria das vezes, fica restrito a seus protagonistas: agressores e vítimas.

E, de posse das informações coletadas, cumpre proceder à análise de todas as circunstâncias alusivas à violência contra a mulher, adquirindo, assim, melhores condições para o enfrentamento dessa gravíssima questão.

5. METODOLOGIA

O método a ser utilizado é o da pesquisa de campo, classificada como descritiva, com entrevista semi-estruturada em abordagem aleatória.

Trata-se de pesquisa bibliográfica, partindo do método dedutivo de abordagem, onde, pela revisão da literatura sobre o tema, busca-se a compreensão das principais formas de violência contra a mulher. O registro dos depoimentos devem ser coletados manualmente.

6. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Azevedo e Guerra (1993) destacam que desde Freud a família é um conceito fundamental no campo da psicologia, em razão do seu princípio segundo o qual a estrutura mental se forma na infância.

Alves & Emmel (2008), se referem às principais causas da violência doméstica como econômicas, sociais, stress e traumáticas por parte dos pais. O ambiente familiar e as poucas condições econômicas, fome e até falta de saneamento básico são variáveis que contribuem para o desenvolvimento da violência doméstica.

Para Campos (2002, p. 01), a violência deve ser percebida com um olhar atencioso e social, podendo muitas vezes acontecer dentro de nossa própria casa, ou na casa de vizinhos ou parentes, que por muitas vezes não conseguimos enxergar, ou achamos que não nos diz respeito.

Contudo, intervenções nestes casos de violência vêm sendo consideravelmente modificadas nas esferas políticas, econômicas, sociais, culturais e privadas, como afirma Azevedo e Guerra (1993), com mudanças marcadas por lutas e movimentos sociais.

Segundo Minayo, Assis (1994), atualmente existe um suporte para intervenções a favor das vitimas para a superação, com articulações de profissionais multidisciplinar e interdisciplinar com participações da sociedade civil, e comunidades disposto e comprometida com os direitos de cidadania.

É oportuno destacar algumas interessantes observações do relatório intitulado O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha, de autoria do Conselho Nacional de Justiça (2013):

a) As violências praticadas contra as mulheres devido ao seu sexo assumem múltiplas formas.

b) Elas englobam todos os atos que, por meio de ameaça, coação ou força, lhes infligem, na vida privada ou pública, sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos com a finalidade de intimidá-las, puni-las, humilhá-las, atingi-las na sua integridade física e na sua subjetividade.

c) Deve-se considerar que os casos que demandam atendimentos pelo SUS são graves a ponto de demandar esse atendimento, o que significa que existem muitos mais casos de violência sobre os quais não há conhecimento.

d) O local onde mais comumente ocorrem situações de violência contra a mulher é a residência da vítima, independente da faixa etária. Enquanto a taxa de ocorrência no ambiente doméstico é de 71,8%,a violência ocorre em vias públicas em apenas 15,6% dos casos.

e) Segundo o SINAN, violência física [...] são atos violentos com uso da força física de forma intencional, não acidental, com o objetivo de ferir, lesar ou destruir a pessoa, deixando, ou não, marcas evidentes no seu corpo.

f) Ela pode se manifestar de várias formas, como tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos, estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, etc. (Mapa da Violência, p. 22)

g) A violência sexual é definida do seguinte modo pelo Sinan: [...] toda ação na qual uma pessoa, em situação de poder, obriga uma outra à realização de práticas sexuais, contra a vontade, por meio de força física, influência psicológica, uso de armas ou drogas (Código Penal Brasileiro). Ex.: jogos sexuais, práticas eróticas impostas a outros/as, estupro, atentado violento ao pudor, sexo forçado no casamento, assédio sexual, pornografia infantil, voyeurismo, etc. (Mapa

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