Serviço social: fundamentos “científicos” e estatuto profissional
Por: Ednelso245 • 12/11/2018 • 16.228 Palavras (65 Páginas) • 470 Visualizações
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SEGUNDO TEXTO: A POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL – A REFORMA SANITÁRIA E O SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE)
Autora: Mônica de Assis
- Sistema Único de Saúde:
- Saúde como direito social e dever do Estado;
- Participação de iniciativa privada na assistência à saúde;
- Diretrizes;
- Objetivos, atribuições e competências;
- Organização, direção e gestão;
- Papéis dos gestores nos três níveis de governo;
- Política de recursos humanos;
- Gestão Financeira;
- Instâncias colegiadas;
- Municipalização;
- Instrumentos de programação, controle, avaliação e auditoria.
- REFORMA SANITÁRIA:
- Trajetória histórica da política de saúde no Brasil; movimento sanitário. Propostas reformistas, impasses atuais, política de ajuste, controle social.
POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL
[pic 1]
MODELO SANITARISTA CAMPANHISTA
(Final séc. XIX até anos 50 do século XX)
Economia agroexportadora;
Controle de doenças de massa / saneamento das cidades;
Inspiração militarista.
[pic 2]
MODELO MÉDICO ASSISTENCIAL –PRIVATISTA
(Anos 50 até final da década de 70)
Processo de industrialização;
Massa operária / recuperação da força de trabalho
[pic 3]
PROJETO NEOLIBERAL X REFORMA SANITÁRIA
(Anos 80...)
Projeto hegemônico projeto contra-hegemônico
Complexo médico assistencial-privatista processo de transformação das
práticas de saúde
MODELO MÉDICO ASSISTENCIAL-PRIVATISTA
(PRIVILEGIAMENTO DOS INTERESSES DO PRODUTOR PRIVADO)
- Aspectos conjunturais (contexto da ditadura militar):
- Golpes de estado; internacionalização do capital;
- Desmobilização das forças políticas;
- Binômio repressão-assistência: política assistencial ampliada, burocratizada e modernizada
- legitimação do regime e acumulação do capital
- Proposta para a saúde: tecnocracia e privatização (incorporação tecnológica).
- Ênfase da medicina previdenciária: Estado é o grande financiador.
- Setor privado nacional: prestador de serviços;
- Setor privado internacional (indústria farmacêutica e de equipamentos hospitalares).
Criação do complexo médico-industrial (capital das grandes empresas monopolistas internacionais de produção, medicamento e equipamentos médicos)
- Extensão da cobertura à quase totalidade da população urbana.
- Ênfase na prática médica curativa, individual, assistencialista e especializada.
- Padrão de organização da prática médica, orientada para o lucro e privilegiamento do produtor privado (financiamento a hospitais privados e credenciamento para a compra
de serviços e convênios com empresas).
- FBH = Federação Brasileira de Hospitais.
- Organização da prática médica em moldes compatíveis com a expansão do capitalismo no Brasil.
- Dicotomia saúde pública (MS) / atenção médico-individual (MPAS)
CRISES E REFORMAS (meados de 70 e década de 80)
- Crise econômica e luta pela democratização forçou abertura para mudanças;
- Estudos e pesquisas denunciavam o modelo de desenvolvimento concentrador de renda e a irracionalidade do Sistema;
- Crescimento de hospitais, mal distribuídos, concentrados na cidade;
- Remuneração dos serviços privados (atos médicos) distorções, fraudes, corrupção;
- Desperdício de recursos, duplicação de ações e centralização a nível federal;
- Sistema de Saúde perverso: se fazia o que dava mais lucro;
se internava mais do que o necessário;
não se investia em previdência / promoção saúde.
- Não impacto sobre a saúde / agravamento do quadro sanitário.
- Gestação do movimento sanitário profissional de saúde, entidades (Cebes, Abrasco), lideranças políticas sindicais e populares, técnicos do governo;
- 1979 – I Simpósio Nacional de Política de Saúde da Câmara dos Deputados (documento do Cebes para orientação do Sistema de Saúde – SUS);
- Movimentos Sociais em torno da saúde:
- Semanas de Saúde do Trabalhador (1979);
- Movimento de Saúde da zona leste de São Paulo (final dos anos 70);
- I Encontro Popular pela Saúde (1980/RJ, 3 mil pessoas);
- Campanha da Fraternidade “Saúde Para Todos” (1981);
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