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Evolução Urbana no Rio de Janeiro – faces do desenvolvimento desigual e combinado.

Por:   •  18/5/2018  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  453 Visualizações

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trabalhadora. Grande parte dos proletários ocupou os morros no entorno, outros foram removidos para conjuntos habitacionais. Os primeiros parques proletários foram todos na zona sul, mas depois do desenvolvimento da malha ferroviária do Rio esses espaços deixaram de ser destinados aos trabalhadores, que foram removidos para a zona norte.

Os conjuntos habitacionais foram criados na tentativa de forjar um programa habitacional, mas podem ser caracterizados como programação das futuras favelas, pois foram implementados sem estrutura para os bairros, ou seja, produzidos desigualmente, para manter os indivíduos na condição de subalternidade. Havia toda uma lógica de controle social sobre os trabalhadores nos parques proletários, como por exemplo, hora para abrir e fechar os portões, alertas em microfones para lembrar os trabalhadores de não falar alto, jogar o lixo fora etc.

Com a velocidade do processo de favelização o desenvolvimento industrial se expandiu com alto índice de exploração e lucratividade por contar com mão de obra muito mais barata. O diagnóstico higienista levou a se pensar em pretensas soluções para o “problema das favelas”, decorreu daí várias reformas da cidade e propostas de mudanças, como o Código de Obras, os planos de remoções, a criação de programas de habitação, etc. Além disso, em todos os momentos de expansão das favelas, o processo se deu em conflito com interesses do capital imobiliário, o proletariado ocupava o entorno dos grandes centros pela proximidade ao trabalho, enquanto essas áreas eram valorizadas pelo desenvolvimento e infraestrutura, despertando o interesse do setor imobiliário.

A transição do Rio de Janeiro do período colonialista para a Primeira República desvela a caracterização da cidade adequada às transformações do Modo de Produção Capitalista. O Estado foi fundamental nesse arranjo, tanto na intervenção direta sobre o solo como no incentivo à reprodução do capital, estes foram passos relevantes no desenvolvimento de novas contradições e revelou a manifestação do poder político e seus desdobramentos sobre as formas de moradia e distribuição de renda, assegurando, sobretudo, a reprodução do capital e a desigualdade.

BIBLIOGRAFIA

ABREU, Maurício A. Evolução Urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IPP, 2008. Cap. 2 e 3.

LOWY, Michael. A Teoria do Desenvolvimento Desigual e Combinado. In: Revista Outubro.

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