Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

ECONOMIA REGIONAL E DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

Por:   •  15/11/2017  •  1.285 Palavras (6 Páginas)  •  413 Visualizações

Página 1 de 6

...

Contudo, é importante destacar que, o Nordeste se integrou ao processo industrial nacional, mas as trocas realizadas entre esta região e o Sudeste tomaram as seguintes formas: o Nordeste passou a ser exportador de matérias-primas e produtos agrícolas de subsistência para o Sudeste e importador de mercadorias manufaturadas, máquinas, equipamentos e bens intermediários para as suas industrias. Diante desse quadro de desenvolvimento desigual que as desigualdades regionais se agravaram no país, de um lado o Sudeste se tornou bem sucedido industrialmente, enquanto a região nordestina se apresentava em plena estagnação econômica de sua base econômica inicial e dependente do capital e do mercado externo à região.

O desenvolvimento desigual é um processo que vem sendo analisado em diversos estudos realizados há muitas décadas e em muitos locais. A existência das desigualdades regionais é um problema da sociedade nacional como um todo, não apenas dos residentes nas regiões menos desenvolvidas, os problemas regionais não estão isolados dos nacionais, pelo contrário, o caso do Nordeste segundo Celso Furtado(1982) reflete toda a exclusão social do desenvolvimento brasileiro.

No Brasil vários autores trataram das desigualdades de desenvolvimentos existente entre as regiões, principalmente entre o Sudeste e o Nordeste, assim como das desigualdades existentes dentro de uma mesma região. Por terem características históricas, Souza(1996) afirmou que muitos fatores que explicam as desigualdades regionais no Brasil originaram-se da forma diferenciada em que cada região foi colonizada e nas características das bases econômicas iniciais desenvolvidas por elas, ideia que também é defendida por Paula(2005) ao destacar a importância da herança colonial na explicação do subdesenvolvimento brasileiro. A consequência dessa formação desigual foi a concentração das atividades econômicas e sociais em determinados pontos nos espaços, ocasionando diferenças de desenvolvimento entre as regiões.

Conclusão

Nas últimas décadas o desenvolvimento desigual tem despertado interesses de muitos estudiosos, pois ao longo do desenvolvimento capitalista mundial as desigualdades entre países, dentro deste, inter e intraregiões fizeram com que surgisse a crescente necessidade de conhecê-las, reduzi-las ou até mesmo controlá-las.

De um modo geral, é fundamental salientar a grande concentração de regiões excluídas no país, como é o caso do Nordeste, para poder entender as causas do atraso econômico e histórico dessa região, é preciso observar as questões naturais, é necessário aceitar a hipótese de que o desenvolvimento ocorre de modo desigual nos diferentes espaços geográficos e que a desconcentração industrial não trouxe consigo a solução dos problemas regionais onde após décadas de experiências com políticas regionais, a principal causa para o insucesso destas iniciativas está na qualidade das instituições, que impedem a transformação e absorção dos impulsos de crescimento em impulsos de desenvolvimentos.

Portanto, o desenvolvimento desigual brasileiro é um fato histórico, sendo necessário buscar na própria história da formação econômica, social e política do país, as raízes das desigualdades regionais que foram construídas ao longo das décadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

DINIZ, Clelio Campolina, A Busca de Um Projeto de Nação: O Papel do Território e das Políticas Regionais e Urbanas. Economia – Revista da Anpec, Brasília, dez 2006.

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 24 ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1991.

GUIMARÃES NETO. Introdução à formação econômica do Nordeste. — Recife: Massangana, 1989.

THISSE, JACQUES-FRANÇOIS. Geografia econômica. In: CRUZ, B. O. et al. (organizadores). Economia Regional e Urbana: teorias e métodos com ênfase no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2011, cap. 1, p. 17-42.

...

Baixar como  txt (9.1 Kb)   pdf (78.2 Kb)   docx (12.4 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no Essays.club