SUBJETIVIDADE, COMTEMPORANEIDADE E EDUCAÇÃO: A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Por: Hugo.bassi • 16/4/2018 • 1.701 Palavras (7 Páginas) • 310 Visualizações
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e a heterogeneidade das sociedades contemporâneas fazem com que suas práticas não possam mais ser legitimadas por
esse tipo de discurso que pretende totalizar o conjunto da experiência humana. O pós-moderno
é pensado então como “incredulidade em relação às meta narrativas” e se produz enquanto crise
que atinge os discursos, as expressões artísticas, culturais e científicas pretensamente universais, unificadoras do conjunto da experiência de uma humanidade em geral.
Do ponto de vista de mudança paradigmática é que em vários campos disciplinares – nas Ciências Humanas, Sociais, Biológicas e Físicas - observa-se uma mesma tendência de redefinição: de discursos articulados em torno da ideia de verdade/objetividade e falsidade/subjetividade, para outros onde tais dicotomias não se colocam como definidoras das relações entre sujeito e objeto. O objeto, seja ele a sociedade ou a natureza, não existe como a priori objetivamente: ele é construído pelos sujeitos.
O surgimento desse paradigma foi a evidência da crise do modelo cartesiano que marcou a constituição das formas de conhecimento da ciência moderna.
A coexistência entre mundos diferentes e que nem sempre conseguem se comunicar é a realidade sócio-cultural do capitalismo hoje, a qual apresenta várias dimensões conflitantes. O fracasso do projeto de igualdade e o aumento da desigualdade social revelou-se sobre tudo nas duas últimas décadas, quando os efeitos excludentes do processo de modernização se constituíram em entraves para que os princípios universalistas da modernidade se realizassem. Essa situação histórica, além das transformações na organização técnica, social e política do capitalismo, significou também mudança cultural na política, relativa à emergência de novo modo de expressão da subjetividade, fundado na ideia da “diferença”.
As reivindicações de singularidades subjetivas e autonomização emergiram no bojo desse mesmo processo. As mesmas transformações tecnológicas que levaram a uma tendência de homogeneização universalizante e reducionista da subjetividade também levaram a uma tendência heterogenética, quer dizer, ao reforço da heterogeneidade e da singularização de seus componentes. É assim que o trabalho com computador produz imagens que conduzem a universos plásticos insuspeitados; ou então ajuda na resolução de problemas matemáticos que seriam inimagináveis de serem resolvidos até algumas décadas atrás.
3. A NOÇÃO DO SUJEITO
A compreensão da subjetividade sustenta a tese de que o sujeito é muito mais do que ele pode mostrar em suas ações, transcende a sua realidade e encontra espaço em uma intimidade sublimada pela suas emoções.
A subjetividade é um coletor de informações e exerce uma função vital tocante à canalização e releitura das ações de seus sujeitos.
A Identidade social de cada sujeito reflete um pouco de sua história pessoal, é neste momento que a subjetividade social traz uma grande contribuição na compreensão deste processo de construção. Cada momento passa a ser único e deve ser relido de maneira bastante específica, compreendendo que a subjetividade tem suas características próprias, peculiares a cada sujeito e/ou contexto. Cada conhecimento individual compartilha de uma compreensão, de uma realidade singular, ou seja, o real passa a ser subjetivado à medida do conhecimento/relacionamento pessoal com o objeto desejado. A subjetividade caracteriza-se pela possibilidade dos sujeitos através das várias formas de expressão, concretizar o abstrato.
4. A CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE
Através de estudos anteriores, podemos dizer que o sujeito é resultado de todo um contexto variado que engloba entre alguns aspectos, a cultura e o meio onde está inserido, e não só da afetividade. A psicologia nos diz que esse sujeito também não é formado sozinho, ele precisa da relação com outros sujeitos para formar sua personalidade e caráter.
Destacando que a ação educativa deve estar empenhada na elaboração da subjetividade, e para que atinja o objetivo proposto, deve estar baseado nos seguintes princípios:
1. princípio da noção de sujeito- sujeito esse que se forma com as suas possibilidades, mas com as possibilidades oferecidas no processo de interação dialética com o mundo;
2. princípio da qualificação- o sujeito precisa adjetivar suas características pessoais e sociais em termos do conhecimento, da afetividade e da própria corporeidade que ele possui;
3. princípio da vivência- o sujeito precisa além de qualificar suas ações ter um espaço para vivenciar e experimentar a sua ação e participação no meio em que vive. Não basta conhecer a relação sujeito-objeto mas ter a possibilidade de vivenciar esta relação de formas diferenciadas.
O comprometimento da educação na construção do sujeito, em se tratando não só da obtenção de conhecimento, mas também nas significações e representações que este sujeito pode fazer sobre objetos e situações que fazem parte da sua vida. A psicologia contribui para a melhor avaliação da educação. O sujeito de hoje não é estático, pelo contrário, ele absorve informações variadas que implica na forma de pensar e de agir, possibilitando-o de utilizar novas estratégias, em um mundo de rápidas mudanças e muitas incertezas. Sendo assim, a subjetividade vai se construindo aos poucos, em diferentes níveis, valores, linguagens, e outros, destacando que não é individual e sim coletiva essa construção. Nós como profissionais da educação, temos que nos preocupar com as práticas sociais para lidar com os desafios atuais, colaborado com a construção deste sujeito atual e real. Devemos observar, analisar, pesquisar, estudar todas essas ações para que possamos auxiliar, da melhor forma, a construção e formação deste novo sujeito.
5. AS
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