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MONOGRAFIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Por:   •  20/9/2018  •  9.376 Palavras (38 Páginas)  •  368 Visualizações

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9 - CONCLUSÃO 44

10 – REFERÊNCIAS 45

INTRODUÇÃO

Com o presente trabalho, pretende-se ampliar o conhecimento e a discussão sobre esse desafio que é incluir as pessoas com necessidades especiais não somente na escola, mas em um contexto mais amplo que é a sociedade e principalmente no meio em que vivem.

A inclusão segundo Mader (1997) é o termo

[...] que se encontrou para definir uma sociedade que considera todos os seus membros como cidadãos legítimos. Uma sociedade em que há inclusão é uma sociedade em que existe justiça social, em que cada membro tem seus direitos garantidos e em que sejam aceitas as diferenças entre pessoas como algo normal (MADER, 1997, p.47).

Para efetivar uma educação inclusiva para todos é necessário considerar alguns preceitos, como a responsabilidade da comunidade escolar e local em acompanhar o processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais, avaliar a aplicação das políticas públicas da inclusão, formação continuada dos docentes em uma prática social reflexiva, ações que valorizem as habilidades das pessoas com necessidades especiais.

Ao percorrer a história, vemos teorias e práticas segregadoras em todos os espaços da sociedade, uma minoria que frequentavam os espaços que transmitiam e criavam conhecimentos.

Todavia com o processo de industrialização, a criação de leis e o clamor da população de escola para todos, a educação caminha lentamente tornando-se mais democrática e plural.

Com a democratização do ensino, recebemos uma diversidade de alunos em nossas escolas. E para dar conta da missão de incluir a todos é preciso buscar novos caminhos e conhecimentos.

Diversidade na escola é uma riqueza e não diferença. Temos crianças com necessidades especiais, diferentes classes sociais, g êneros, etnias e raças, credos e valores, culturas, histórias de vidas e, crianças que constroem o aprendizado e adquirem conhecimentos de formas, ritmos e tempos diferentes.

A inclusão educacional assume um papel crucial, já que os focos da política pública educacional devem ser: o desenvolvimento humano, a equidade das oportunidades educativas e a participação de todos. O desenvolvimento integral dos alunos com ou sem necessidades especiais, o acesso ao mundo da cultura e do conhecimento não pode ser desfocado de uma política de educação inclusiva e social.

Os princípios que defendem a inclusão tem a intenção de assegurar os direitos das pessoas com necessidades educativas especiais, mediante modificações e adaptações do ambiente físico e cultural, para garantir e fazer valer os direitos garantidos na lei.

Os documentos oficiais chamam-nos a atenção para parcerias com a comunidade, para a conscientização quanto à compreensão e aceitação das diferenças.

Percebe-se também para que a educação dê conta desse desafio, é necessário propiciar aos profissionais da educação um suporte técnico, subsidiando-os para que encontrem formas criativas de atuação junto aos alunos com necessidades especiais adaptando às particularidades dos mesmos para colher resultados positivo do seu trabalho.

1 - PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL: NORMALIZAÇÃO, INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO.

Durante a idade antiga em Roma, as crianças com algum tipo de deficiência eram exterminadas, porque acreditavam que os deuses não se agradavam e nem protegiam esse tipo de criança. Na idade média quando surgiu a igreja cristã, na qual o homem era visto como imagem e semelhança de Deus, as crianças com qualquer tipo de deficiência eram descriminadas, não tinham qualquer valor, eram consideradas imorais e pecadoras, não eram vistas como filhas de Deus, Portanto não poderiam viver no meio da sociedade atual daquela época, sendo enviadas aos abrigos criados por alguns Senhores feudais.

No século da idade moderna, Henrique II criou o programa de assistência social, obrigando a população a pagar taxas públicas para que pudessem manter os atendimentos a essas pessoas.

No renascentismo, a visão assistencialista perde espaço, começa uma nova fase, a de integração social, todos os movimentos culturais dessa época influenciam para que a ciência possa pesquisar possíveis causas que levam a deficiência dentro de uma maneira humana, crítica e cientifica, busca-se também uma forma para a legislação que ampare e ajude a população com deficiência.

No Século XX década de 20 surgiu alguns educadores como (DEWEY, DECRILY) outros que deram início a estudos psicológicos concretos e ativos com a finalidade de ensinar com base no interesse e potencialidade de cada criança, já na década de 90 do século XX surge o movimento inclusivo, apoiado em alguns movimentos e acordos internacionais como a “Declaração Mundial de Educação para todos realizados na Tailândia em 1990”.

Já no Brasil esse movimento ganha força com a implantação da Política nacional da Educação Especial, em 1994, confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394196) Artigo 58 a 60 capítulo V. A escola seja um meio que sejam adaptados para receber indivíduos principalmente, aqueles com capacidades físicas intelectuais, emocionais e sociais diferentes.

No decorrer da história foi delineando-se tendências e princípios filosóficos que orientam as praticas educacionais da educação especial. Percebe-se que os preceitos que orientam o trabalho com as pessoas com necessidades especiais foram se aperfeiçoando e, alterando a sua nomenclatura e a sua forma ao longo do processo histórico.

A base que sustenta os discursos presentes nos princípios filosóficos da educação especial é a defesa da democratização da sociedade, a crença na igualdade de oportunidades e a participação social e do direito de todos à educação de qualidade.

1.1– NORMALIZAÇÃO

O princípio da normalização surgiu na Dinamarca, por volta de 1950, como estudos e pesquisas sobre o entendimento educacional das pessoas com necessidades especiais (PEREIRA et AL 1980, apud MOUSSATCHÉ, 1997, p.11).

O conceito de normalização, cuja orientação só chega ao Brasil por volta de 1970, defende a ideia de possibilitar as pessoas com necessidades especiais condições de vida normal, assemelhando-se com a de todos os outros indivíduos considerados sem necessidades especiais.

O

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