Como é pensada a construção da avaliação de crianças da Educação Infantil, em uma escola privada de Porto Alegre?
Por: Rodrigo.Claudino • 20/9/2018 • 1.439 Palavras (6 Páginas) • 432 Visualizações
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• Analisar os aspectos da Educação Infantil na legislação;
• Relacionar a avaliação e as fases do desenvolvimento na Educação Infantil;
• Descrever as fases do desenvolvimento infantil de crianças de 1 a 5 anos;
• Compreender como se pode fazer a avaliação da linguagem na Educação Infantil.
4 EMBASAMENTO TEÓRICO
Durante este semestre, pesquisei diversos teóricos para a minha pesquisa, pois é no embasamento teórico que me permite examinar o que os outros pensadores e pesquisadores investigaram sobre o tema.
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O processo de avaliação é o resultado entre as tendências e percepções da prática educativa e pedagógica dos educadores, portanto, avaliar não é um processo simples. Como afirma Hoffmann (2001, p. 16), a avaliação é essencial à educação, sendo concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Tornando de tal modo uma oportunidade para rever a prática pedagógica e assim percebendo os avanços e dificuldades, permitindo-se novas estratégias para aprimorar a aprendizagem. O papel do professor é fundamental para a construção do conhecimento e a interação adulto/criança e criança/criança como parte mediadora do processo de aprendizagem e de desenvolvimento.
Kramer (1993, p. 95) afirma que “[...] é necessário que a clássica forma de avaliar, buscando os erros e os culpados, seja substituída por uma dinâmica de avaliação capaz de trazer elementos de crítica e de transformação ativa para o nosso trabalho”. Tornando assim imprescindível à auto avaliação do professor, para assim poder instigar e observar seus alunos.
É importante salientar que a Educação Infantil faz parte do Ensino Básico no Brasil, estando decretado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que é oferecida no período diurno, com opção de meio turno ou turno integral. Para as Diretrizes Curriculares Nacionais, deve ocorrer uma avaliação com os seguintes apontamentos:
Art. 12. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;
II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.). (Brasil, 2010, p. 25).
Percebendo que a avaliação na educação infantil não é utilizada para reter as crianças de nível, e sim, deve-se observar constantemente o desenvolvimento das crianças nas atividades promovidas pelo educador, tornando este processo de ensino aprendizagem a base para avaliação.
Devemos pensar que a linguagem oral é o principal meio de comunicação, a criança a partir dos 18 meses, começa a falar palavras, repetindo o que lhe foi dito e
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a evocar ações passadas. A partir de 21 meses, a criança começa a formular pequenas frases substituindo o balbucio no meio da frase.
A maioria das crianças aprende a linguagem auditiva oral sem treinamento formal. Sua experiência com múltiplas interações entre cuidadores e outros nos primeiros 5 anos de vida, em geral, é suficiente para capacitá-la a entender a fala dos outros e falar. Quer parecer que existe uma prontidão biológica que capacita o bebê e a criança pequena a adquirirem linguagem auditivo oral com uma velocidade surpreendente, de modo um tanto independente de qualquer necessidade de treinamento formal. As habilidades comunicativas de ler e escrever, contudo, são obviamente habilidades que elas devem adquirir numa situação de aprendizagem mais formal. (BOONE; PLANTE; 1994, p.24)
Entre os dois anos e os três, a criança evidencia uma linguagem mais evidente e clara, representando por meio de símbolos ou palavras. Para Vygotsky (apud Bondioli; Mantovani, 1998, p. 202) se, por um lado, a linguagem constrói conceitos, por outro, condiciona a construção dos próprios conceitos. Neste olha a linguagem proporciona conhecimentos para estabelecer uma representação do mundo, sendo o adulto a forma de mediador.
Para Vygotsky (1896-1934) a emergência da linguagem verbal, de um agir comunicacional, vai regular a atividade da criança pelo estabelecimento, por parte dos parceiros, de um acordo sobre os objetivos e as formas de ação, que podem ser então planejadas e avaliadas, tornando-se mais complexos. A aquisição de um sistema lingüístico dá forma ao pensamento e reorganiza as funções psicológicas da criança, sua atenção, memória e imaginação. (apud OLIVEIRA, 2008, p.129)
As primeiras vocalizações da criança são através do choro e sorriso, entrando assim no mundo da linguagem.
O desenvolvimento da linguagem apóia-se em forte motivação para se comunicar verbalmente com outra pessoa, motivação parcialmente inata, mas enriquecida durante o primeiro ano de vida nas experiências interpessoais com a mãe, pai, irmãos e outros educadores. (OLIVEIRA, 2008, p.149)
A linguagem é absorvida pela criança através das conversas ao seu redor. A partir de um ano e meio as crianças já são capazes de responder comprimentos e dizer seu nome. Chegando aos dois anos, a linguagem oral já está adquirida e são capazes de entender e construir frases mais longas. E assim com o passar do tempo vão adquirindo um vocabulário mais rico.
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5 METODOLOGIA
Pretendo pesquisar com os professores de uma determinada escola, como eles avaliam a linguagem de seus alunos, que base e maneira isto é registrado para que no período de avaliação possa ser utilizado como meio avaliativo. Será abordado o desenvolvimento infantil de crianças de 1 a 5 anos, visando entender como é feita esta relação com o teórico e a prática.
Para poder fazer esta pesquisa, usarei por meio de entrevistas com as professoras, referencial bibliográfico, artigos, dissertação, relatório avaliativo das crianças,
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