Arte e musica na educação infantil
Por: Sara • 30/5/2018 • 3.825 Palavras (16 Páginas) • 525 Visualizações
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Unidade 1 – O Arte1 e Sua Importância no Desenvolvimento Integral da Criança
VAMOS AS APRESENTAÇÕES!!!
A arte, não imita objetos, idéias ou conceitos. Ela cria algo novo, porque não é cópia ou pura reprodução, mas a representação simbólica de objetos e idéias – que também podem ser visuais, sonoros, gestuais, corporais... – presentificados em uma nova realidade, sob outro ponto de vista (MARTINS, 1998 p. 23).
Caros alunos leitores sou a professora Laura, graduada em Educação Artística com habilitação em Artes Visuais e especialista em Arte-educação e Educação Infantil. Estes textos da web aula farão parte da disciplina Ensino de Arte e Música do curso de Pedagogia.
Convido vocês a refletirem sobre a arte, suas manifestações artísticas diversas e as contribuições desta no desenvolvimento integral dos alunos.
A arte mexe com sentimentos e emoções, mas é também conhecimento, sendo assim, de extrema relevância no contexto escolar.
Apesar de todas as linguagens e modalidades artísticas serem importantes no processo de desenvolvimento da criança, iniciaremos nossa conversa refletindo sobre uma das modalidades das artes visuais, o desenho, início desta forma, me remetendo a uma matéria publicada na Revista Viver Mente e Cérebro – Especial Emília Ferreiro. A autora Analice Pilar Dutra mostra o resultado de uma pesquisa sobre o desenho e sua relação com a escrita, além de descrever e discutir as fases do desenho segundo Luquet. (...), de acordo com a autora, “O desenho começa como uma escrita, e a escrita como um desenho, depois a criança cria formas de diferenciação e de coordenação entre elas..."
Vocês já observaram as crianças realizando propostas artísticas? É só diversão, como os pequenos gostam de pintar, desenhar, recortar, colar, dançar, cantar, encenar e tantos outros. Para a criança as propostas artísticas são como se fossem um jogo, uma brincadeira, são um momento lúdico, sendo assim, iniciamos nosso papo nos remetendo as teóricas, Ferraz e Fusari (1999), que nos mostram o aspecto lúdico que nos confere uma aula de Arte. Em seus dizeres:
O brincar nas aulas de arte pode ser uma maneira prazerosa de a criança experienciar novas situações e ajudá-la a compreender e assimilar mais facilmente o mundo cultural e estético [...] a prática artística é vivenciada pelas crianças como uma atividade lúdica, onde o fazer se identifica com o brincar, o imaginar com a experiência da linguagem ou da representação (FERRAZ; FUSARI, 1999, p. 84).
Figura n.1 – Toda Mafalda[pic 1]
Fonte: Toda Mafalda. São Paulo, Martins Fontes, 1991, p. 71.
Todas as propostas artísticas, das diferentes linguagens, teatro, artes visuais, música e dança, têm um aspecto lúdico, portanto importante para o desenvolvimento da criança, no entanto, como já mencionamos anteriormente, faremos um recorte e focaremos no desenho. É importante que o professor tenha conhecimento das etapas do desenvolvimento gráfico da criança e esteja atento às mudanças, conheça as limitações e potencialidade destas, para que as propostas artísticas sejam condizentes com suas faixas etárias.
Constantemente nos deparamos com exposições de desenhos ou pintura infantil e em algumas, fica muito claro que não foi à criança quem fez o desenho ou se foi, que este foi direcionado por um adulto. Para quem entende um pouco sobre os níveis que a criança passa, fica muito explícita a “mão de gato”, ou melhor, a mão do professor nos trabalhos ou então o direcionamento, sem contar os trabalhos em séries, todos iguais, e o mais grave, é ver exposição de desenhos prontos para serem coloridos, estes em nada contribuem no desenvolvimento da criança , além do próprio nome já dizer “pronto”, não há o que acrescentar, não há criação, pelo contrário, inibem o potencial criativo de quem os colore e possibilita a representação e repetição de desenhos estereotipados.
LINKS
1. Jean Piaget - Fases do desenvolvimentohttp://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go
2. Grafismo infantil - leitura e desenvolvimentohttp://www.youtube.com/watch?v=DPzYg6Zw8W8
3. Desenho na Educação infantil
Ao pedir um desenho, por exemplo, o fundo do mar, o professor precisa se certificar se a criança conhece o que poderá ter neste desenho do fundo do mar, mostrar alguns elementos, isto é, possibilitar que a criança tenha um repertório imagético. É preciso nutri-la com imagens, pois, ninguém cria “nada do nada”, precisamos ter referências. Ernert Gombrich (apud MARTINS, 1998, p. 25), nos diz que:
Quando vamos desenhar uma árvore, por exemplo, mesmo diante de um modelo da natureza, teremos em nossas mentes todas as árvores que já vimos, também desenhadas, pintadas, esculpidas, com nossa percepção e emoção frente elas. Com esses modelos internos é que criamos [...].
Este repertório ao qual nos referimos, deverá ser o mais próximo possível do real, por exemplo: fotografias, vídeos e outros, pois, se o assunto é sobre “peixes”, quanto mais imagens próximas do real, de peixes que apresentarmos à criança, mais conhecimento em relação aos diferentes tipos, tamanhos e cores de peixes, ela terá um repertório maior, mais referências para realizar seu trabalho artístico.
Figura n.2 – Os bichos[pic 2]
Fonte: autor Rog Bollen, in MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. (Conteúdo e metodologia: ensino de arte) p.94)
É importante que o professor apresente imagens diversas e possibilite uma conversa, uma reflexão acerca do assunto estudado, que o estimule a querer estudar determinado tema, de preferência, que parta do contexto do aluno, Gasparin (2007) nos orienta a motivar os alunos. Segundo o autor, uma das formas de conquistar a motivação dos alunos é conhecendo o cotidiano deles. Outra observação é em relação às imagens não reais, como desenhos, ilustrações de personagens, por exemplo, estas muitas vezes não são de boa qualidade estética, e também, podem apresentar informações visuais incorretas como, por exemplo: uma aranha apenas com 4 ou 6 patas, formiga com dente, etc. outro
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