A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR
Por: Sara • 3/12/2018 • 2.974 Palavras (12 Páginas) • 494 Visualizações
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pessoas com deficiência igualdade no acesso às informações e instrumentos que possam facilitar o seu processo de escolarização e consequente qualificação, tanto para o trabalho, quanto para si mesmas.
1-CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
1.1 Educação Especial: Trajetória Histórica
Quando as crianças com necessidades especiais são incluídas no ensino regular, é necessário lembrar as longas lutas pelas décadas em que foram vítimas do preconceito e discriminação.
A história da educação especial para a inclusão dos alunos no meio educacional vem de muito tempo não é algo recente como alguns pensam, mas sim uma temática bastante discutida.
“A história da educação especial começou a ser traçada no século XVI, com médicos e pedagogos que, desafiando os conceitos vigentes na época, acreditaram nas possibilidades de indivíduos até então considerados ineducáveis” (MENDES, 2006).
Nessa temporalidade podemos perceber que a educação formal era algo para poucos, e essa mentalidade ficou por muito tempo ainda.
Pois a educação inclusiva ficou sendo algo muito particular, extremamente individual. “No início do século XIX, o médico Jean Marc Itard (1774-1838) desenvolveu as primeiras tentativas de educar uma criança de doze anos de idade, chamado Vitor, mais conhecido como o “Selvagem de Aveyron” (MIRANDA, 2003, p.2)”.
De acordo com Mendes (2006) no século XX começou a ser incluídas as pessoas com deficiências na sociedade.
Na metade do século XX, aparece uma resposta mais ampla da sociedade para os problemas da educação das crianças e jovens com deficiências, em decorrência também da montagem da indústria da reabilitação para tratar dos mutilados da guerra. Até a década de 1970, as provisões educacionais eram voltadas para crianças e jovens que sempre haviam sido impedidos de acessar a escola comum, ou para aqueles que até conseguiam ingressar, mas que passaram a ser encaminhados para classes especiais por não avançarem no processo educacional. A segregação era baseada na crença de que eles seriam mais bem atendidos em suas necessidades educacionais se ensinados em ambientes separados. (MENDES, 2006, p-387).
Nas quatro primeiras décadas do século XX, podemos ver que no Brasil a preocupação com o sistema educacional não são nem um pouco voltado para algum tipo de inclusão de deficientes.
“Entre a década de 30 e 40 observamos várias mudanças na educação brasileira, como, por exemplo, a expansão do ensino primário e secundário, a fundação da Universidade de São Paulo etc. Podemos dizer que a educação do deficiente mental ainda não era considerada um problema a ser resolvido. Neste período a preocupação era com as reformas na educação da pessoa normal.” (MIRANDA, 2003.p.4).
Observa-se que não tinha uma política inclusiva nesta época, estava começando a pensar nas reformas para a educação dita normal, seja por isso talvez um dos motivos de tanta demora para começar o processo inclusiva para os alunos com necessidades especiais.
Podemos observar que na década de 1990 houve grande avanço no processo de inclusão, reflexo de muitas lutas, manifestações e insatisfação do povo brasileiro. Com a Constituição Federal de 1988 e posteriormente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) DE 1996 veio regulamentar o processo educacional do país e inserido vários itens do processo de inclusão com alunos com necessidades especiais para que seja inserido o aprendizado na rede regular de ensino.
O progresso da criança possibilita que ela consiga atingir os seus objetivos desejados ou até mesmo de conquistar seu espaço dentro da comunidade, pois o deficiente necessita dessa inclusão para aprender e não para ficar marcando passo, já que o objetivo da inclusão é abrir os caminhos para uma nova mudança.
1.2 A Importância da Educação Especial
A educação especial na atualidade é tratada, debatida, discutida de forma complexa, pois temos pessoas que são extremamente contra, outras não opinam e a maioria são a favor, podemos então questionar. E se você tivesse um filho ou ente querido com necessidade especial? Será que o seu ponto de vista seria o mesmo?
A inclusão escolar é uma temática muito discutida e extremamente importante para o desenvolvimento educacional, e posteriormente da sociedade em que vivemos. Debater sobre esse assunto, faz com que todos nos repensem no nosso modo de entender a educação, a política, a sociedade, e acima de tudo as diferenças humanas.
A inclusão “foi vista, num primeiro momento, como uma inovação da educação especial, mas, progressivamente, foi expandindo-se em todo o contexto educativo como tentativa de que uma educação de qualidade alcançasse a todos” (SÁNCHEZ, 2005, p.8).
Vários autores discutem sobre o assunto Segundo Sánchez (2005), a exclusão ocorre pela discriminação das deficiências, da cultura e do gênero. Com isso, o resgate da educação para todos é necessário nesse momento.
As pessoas ainda tem muito preconceito contra os deficientes, acham por eles ter deficiência não pode ter uma vida normal.
O interesse nesses temas está provocando a revisão de numerosos sistemas educacionais, que, por consequência, implementaram ações condizentes, como fazer o possível para que a educação chegue a todos os alunos em contextos regulares e não segregados. Isto tem fomentado o surgimento e a defesa da chamada educação inclusiva, que coloca em juízo de valor, por um lado, o pensamento existente sobre as necessidades educacionais especiais, e, por outro lado, estabelece uma forte crítica ás práticas da educação em geral. (SÁNCHEZ, 2005, p.9).
Então valorizar a inclusão escolar, é sim mostrar que devem existir dentro do sistema educacional mudanças que façam com que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades de ensino e aprendizagem. “Cabe destacar o importante trabalho que estão realizando os organismos como o UNICEF e a UNESCO em prol de que a educação chegue a todas as crianças em idade escolar”. (SÁNCHEZ, 2005, p.9).
Inserir o aluno com alguma necessidade no ensino educacional normal é importante, pois a escola é fruto da interação, convivência da sociedade dita normal, então para que este aluno se sinta próximo desta relação nada mais justo de ter
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