O LETRAMENTO ATRAVÉS DA ARTE: O CORDEL E A REALIDADE SOCIAL DOS MORADORES DE ASSENTAMENTOS

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Nesse projeto, os alunos terão contato com gênero cordel, irão estudar, praticar, refletir, aprender e expor seus trabalhos sobre esse gênero tão rico que é o cordel. Outro intuito desse projeto é fazer com que outras pessoas da comunidade e alunos da escola se interessem por esse gênero.

O PARÁGRAFO A SEGUIR DEVE SER MANTIDO NA JUSTIFICATIVA.

As condições para a produção do sarau O PROJETO NÃO INCLUI APENAS O SARAU, POR ISSO SE DEVE FAZER ALUSÃO A TODAS AS ATIVIDADES, RELACIONANDO-AS COM AS CONDIÇÕES DA ESCOLA. na escola é favorável, pois o pátio em que será produzido o sarau é grande, comportando um grande número de pessoas. Em termos materiais, a escola disponibiliza recursos para a produção dos cordéis, como por exemplo: papel, tinta, pincel, o varal, onde serão estendidos os cordéis, e as condições necessárias para o que o professor possa desenvolver esse projeto.

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

SUGIRO DIVIDIR ESTA FUNDAMENTAÇÃO EM DOIS TÓPICOS: 2.1 LETRAMENTO E ENSINO E 2.2 A LEITURA E A PRODUÇÃO DE TEXTO NA ESCOLA. ISSO PORQUE LETRAMENTO NÃO ENVOLVE APENAS LEITURA, MAS TAMBÉM A ESCRITA, E VOCÊS ESTÃO DANDO ÊNFASE APENAS À PRIMEIRA.

NÃO É OBRIGATÓRIO FAZER ISSO, MAS, SE OPTAREM POR ESPECIFICAR CONCEPÇOES DE LEITURA, NECESSARIAMENTE TERÃO QUE TRATAR TAMBÉM DE ESCRITA.

No contexto atual da educação, a leitura tem sido uma das discussões mais recorrentes, pois há um grande interesse em encontrar a solução para as dificuldades de compreensão e de apropriação do que é lido. Com isso, sabe-se que um dos pontos de partida para o alcance da escrita de forma plena é o contato constante com a leitura. Já que, é com as diversas leituras realizadas que um indivíduo constrói um determinado texto que proporcione uma base teórica mais fundamentada e mais passível de chegar-se a uma compreensão. TRECHO UM TANTO CONFUSO, POIS NEM TODO TEXTO É DE BASE TEÓRICA.

A FUNDAMENTAÇÃO DEVE SE INICIAR PELO TÓPICO PRINCIPAL – LETRAMENTO (FALTAM TFOUNI, SOARES – LIVRO RESENHADO) . ISSO FOI INTENSAMENTE ORIENTADO, ALÉM DE ESTAR NO PROJETO DE REFERÊNCIA.

TODO O TRECHO MARCADO EM AZUL DEVE SER DESLOCADO PARA O ITEM 3.3, QUANDO SE TRATA DE CORDEL.

Partindo disso, o trabalho com a leitura e produção do cordel torna-se algo favorecedor para àqueles que participarão do processo de escrita desse gênero, pois além de, poder retratar os aspectos que fazem parte de suas experiências e de suas vivências enquanto cidadãos que compõem um determinado grupo social; poderá proporcionar aos mesmos o contato com o gênero textual cordel de forma lúdica e criativa enquanto estrutura em versos e rimas, reconhecendo-o como um texto possível de ser lido, interpretado e declamado.

No que diz respeito à orientação de textos, os PCNs expõem o gênero textual como um conjunto ilimitado de textos que apresentam diferentes finalidades sociais. Assim, a escola tem a tarefa de tratar esses textos da seguinte forma:

priorizar os gêneros que merecerão abordagem mais aprofundada. Sem negar a importância dos textos que respondem a exigências das situações privadas de interlocução, em função dos compromissos de assegurar ao aluno o exercício pleno da cidadania, é preciso que as situações escolares de ensino de Língua Portuguesa priorizem os textos que caracterizem os usos públicos da linguagem. Os textos a serem selecionados são aqueles que, por suas características e usos, podem favorecer a reflexão crítica, o exercício de formas de pensamento mais elaboradas e abstratas, bem como a fruição estética dos usos artísticos da linguagem, ou seja, os mais vitais para a plena participação numa sociedade letrada. (BRASIL, 1998, p.24).

O cordel é um gênero textual onde podemos encontrar que apresenta diversos aspectos relevantes para serem trabalhados no ensino fundamental. Esse gênero possibilita o envolvimento do aluno com a musicalidade, com o ritmo, com as metáforas, com a entonação e com as temáticas cotidianas, fazendo com que o aluno desenvolva diversas habilidades através desse gênero.

Além disso, a escola é o ambiente que contribui para a formação integral do indivíduo, visto que, um dos seus papéis é formar leitores críticos e que compreendam o mundo em que vivem. E trabalhar a leitura e a escrita, através da produção de cordel, com o foco em contemplar aquilo que proporcione aos alunos melhor compreensão e interpretação do que ocorre ao seu redor pode ser algo bastante motivador; e “o professor que adotar a prática social como princípio organizador do ensino enfrentará a complexa tarefa de determinar quais são essas práticas significativas e, consequentemente, o que é um texto significativo para a comunidade”. (KLEIMAN, 2007)

Conforme Kleiman (2007), diferentemente das progressões curriculares voltadas para o ensino e desenvolvimento de um conteúdo, em um projeto de letramento, há uma dinâmica ditada pela prática social, que faz com que determinado conteúdo seja ensinado em meio a um conjunto de diversos outros. Dessa forma estabelece-se uma dinâmica diferente daquela em que o conteúdo-alvo do ensino constitui o elemento em torno do qual são estruturadas as unidades de ensino, sejam elas aulas, sequências, ou unidades do livro didático, entre outras possibilidades.

E como bem argumenta Kleiman (2007) Explica ainda a autora que os projetos de letramento requerem um movimento pedagógico que vai da prática social para o “conteúdo” (seja ele uma informação sobre um tema, um conceito, uma estratégia ou procedimento), nunca o contrário.

Sobre a concepção de leitura, Koch e Elias (2011, p.11) argumentam que “a leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor”, uma vez que ler um texto é bem mais que saber o código linguístico, é uma atividade de construção e reconstrução de sentidos que ocorre através do conhecimento de mundo e das inferências que o leitor é capaz de realizar.

Segundo os PCN,

A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência.