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Sistema Educacional Brasileiro

Por:   •  24/11/2018  •  1.558 Palavras (7 Páginas)  •  453 Visualizações

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Enquanto a lei nº 5.540/68 regulamentou o ensino superior, a outra lei de ensino nº 5.692/71 regulamentou o 1º e 2º graus objetivando as solucionar as necessidades sócias e econômicas do regime, logo formar mão-de-obra especializada era primordial. Essa visão de que a educação está a serviço da formação de profissionais irá se confirmar na Constituição de 1988 através do artigo 205.

A contribuição positiva é que neste momento há uma valorização do magistério, pois o governo precisa de professores para formar sua mão-de-obra. Como bem observa Thiago Pelegrini e Mário Luiz Neves,

A “nova” orientação dada à educação representava a preocupação com o aprimoramento técnico e o incremento da eficiência e maximização dos resultados e tinha como decorrência a adoção de um ideário que se configurava pela ênfase no aspecto quantitativo, nos meios e técnicas educacionais, na formação profissional e na adaptação do ensino as demandas da produção industrial. (2006, p.11)

Apesar da obrigatoriedade do profissionalizante no 2º grau exigida pela lei nº 5.692/71 foram enormes as dificuldades financeiras para implantar laboratórios e equipamentos nas escolas para atender as exigências da lei.

6. Sistema educacional brasileiro contemporâneo: função social da escola

Sueli Guadelupe de Lima e Mendonça em seu artigo “A crise de sentidos e significados na escola: a contribuição do olhar sociológico” discute o afastamento dos protagonista da educação: o aluno e o professor.

Através de seu olhar sociológico, Sueli aponta as mudanças na estrutura da sociedade brasileira nas últimas décadas que apesar de afetarem diretamente as instituições de ensino, estas não conseguiram perceber tais mudanças o que gerou conflito nas relações dentro da escola. Destaca também a contribuição que o ensino de Sociologia poderia dar para ajudar a compreender a função da escola nas perspectivas sociológicas e pedagógicas.

A escola, na sociedade capitalista, tornou-se a instituição dominante no oferecimento de educação formal, tendo como tarefa central a reprodução da divisão social do trabalho e dos valores ideológicos dominantes. (Mendonça, 2011, p.343)

O projeto de educação é marcado claramente pela exploração exorbitante da classe trabalhadora que por sua vez tem acesso restrito à escola e sua permanência nela.

Discutir significado e sentido da palavra escola requer cuidado pois estes dois sintagmas estão no mesmo campo semântico o que pode dificultar diferenciá-los. O significado da palavra escola, guardado pela história e perpetuado em nossa sociedade é de que a instituição escolar guarda e transmite o “conhecimento”.

Numa visão moderna, diante de tantas mudanças sociais, a qual apresenta um novo e questionador público, o sentido da palavra escola vai além da transmissão de conhecimento para também desempenhar o papel de espaço socializador, onde a Sociologia, conteúdo a ser discutido no interior da escola, poderá contribuir para uma análise da instituição de ensino e o seu entorno.

O que faz o método sociológico? Permite analisar as contradições existentes nos diversos planos de atividade humana, com diferentes olhares e, com isso, desvendar o que se passa na realidade social. (Mendonça, 2011, p.348)

A escola é o espaço para mediar o conhecimento pedagógico e social, e o professor é a ferramenta fundamental nesta mediação, pois seu papel é atrair o aluno para o espaço da escola, articular novos conhecimentos mas sem desprezar o conhecimento de mundo, que é singular de cada aluno, dessa maneira respeitando como ser individual.

O que pode ser percebido na sociedade moderna é uma grande dificuldade por parte desses protagonistas de assumir esses papéis tão importantes no interior da escola o que gera diversos conflitos e resulta numa desmotivação geral, seja por parte do estudante ou pela profissional da educação.

A ausência de mediações tem feito da escola espaço para crise de sentidos e significados, onde o estranhamento domina os sujeitos históricos, tornando-os seres distantes, com relações que não favorecem a motivação para o trabalho, para a atividade na escola. (Mendonça, 2011, p.350)

A escola tanto é reconhecida pelo aluno moderno como um espaço socializador que o mesmo gosta da escola o que ele não gosta é da sala de aula. Os professores ainda estão presos ao significado histórico da escola e sentem dificuldade de acompanhar a maneira nova do aluno interligar conceitos, conteúdos, disciplinas e curiosidades.

Logo se faz necessário também expor esse profissional a reciclagem mediada pela Sociologia, além da percepção pelo mesmo de que se faz necessário um formação continuada, não somente de conteúdos específicos mesma também do processo de formação da sociedade que está sempre em completo estado de mutação.

7. Conclusão

Existe um caos presente na escola onde os protagonistas são alunos e professores, mas existe também um movimento que é independente e dinâmico, trata-se do embate do significado histórico da escola e as novas necessidades da sociedade moderna. Esses dois fatores ao longo do tempo exigirão uma reformulação nas posturas dos protagonista e também na legislação que as conduz.

A escola é uma instituição necessária na vida do ser humano, o que é preciso é rever as relações existentes e conflituosas, traçar novas perspectivas pedagógicas para regular a relação entre aluno e professor.

É necessário também um novo olhar para a legislação que regula o sistema educacional brasileiro pois a sociedade que existia na época de sua implantação não se faz mais presente, logo se a sociedade se modernizou, a legislação exige modernização para que o sistema possa funcionar e dar suporte positivo aos protagonistas: aluno e professor.

Referências

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