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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: IMPLANTAÇÃO DOS MODELOS SÓCIO-AMBIENTAIS NO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Por:   •  19/5/2018  •  4.054 Palavras (17 Páginas)  •  590 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Ao longo dos séculos, a humanidade desvendou, conheceu, dominou e modificou a natureza para melhor aproveitá-la. Estabeleceu outras formas de vida, e, por conseguinte, novas necessidades foram surgindo e os homens foram criando novas técnicas para suprirem essas necessidades, muitas delas decorrentes do consumo e da produção (SANTOS; FARIA, 2004).

O meio ambiente está em evidência, precisa-se aprender mais sobre ele para ajudar a melhorar o espaço em que vivemos. Criar novos meios de planejar e organizar este espaço, não nasce de um dia para o outro; criando uma educação ambiental dentro das instituições educacionais, podemos ter um elevado índice de conscientização sobre meio ambiente, indo do seu princípio, até os meios empresariais.

Segundo (CARVALHO, 2006) a Educação Ambiental é considerada inicialmente como uma preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização, que seja capaz de chamar a atenção para a má distribuição do acesso aos recursos naturais, assim como ao seu esgotamento, e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas (CARVALHO, 2006).

A preocupação com o meio ambiente aumenta em demasia, as empresas preocupam-se, pois além de prejudicar a sua imagem com os consumidores e de perder valor no mercado, poderão, ainda, sofrer uma penalidade se cometer alguma infração contra o meio ambiente.

Somente desta maneira é que se torna possível acreditar na possibilidade de mudar condutas e valores e, assim, formar pessoas que, através da disseminação de suas convicções, trabalharão por uma nova maneira de relacionar-se com o mundo e seus recursos naturais e também com as outras pessoas (SCHIKE, 1986).

A educação ambiental ganhou notoriedade com a promulgação da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu uma Política Nacional de Educação Ambiental e, por meio dela, foi estabelecida a obrigatoriedade da Educação Ambiental em todos os níveis do ensino formal da educação brasileira. A lei 9.765/99 precisa ser mencionada como um marco importante da história da educação ambiental no Brasil, porque ela resultou de um longo processo de interlocução entre ambientalistas, educadores e governos (BRASIL, 1999).

Em decorrência de suas atividades a empresa gera lucros que remuneram o capital investido pelos acionistas; gera empregos diretos e indiretos, que proporcionam condições de sobrevivência, bem-estar e realização profissional e pessoal aos empregados; paga tributos; promove a obediência às leis e às relações contratuais, contribuindo para a estabilidade institucional e política; promove o progresso e o desenvolvimento tecnológico. Muitas organizações vão ainda, além de suas obrigações e assumem outras, motivadas por princípios e valores éticos incorporados na sua cultura organizacional. Numa faixa de variação bastante ampla, as empresas praticam o que se tem convencionado chamar de Responsabilidade Social.

Contudo, o trabalho educacional é componente dessas medidas das mais essenciais, necessárias e de caráter emergencial, pois se sabe que a maior parte dos desequilíbrios ecológicos está relacionada a condutas humanas inadequadas, impulsionadas por apelos consumistas – frutos da sociedade capitalista – que geram desperdício, e ao uso descontrolado dos bens da natureza, a saber, os solos, as águas e as florestas (CARVALHO, 2006).

Os modelos tradicionais de demonstração dos resultados das empresas e de avaliação do seu desempenho econômico e financeiro são limitados e insuficientes. Desde o início do século, mas principalmente a partir da década de 1960, tem havido iniciativas e propostas de modelos que possibilitem também a avaliação do desempenho das atividades socioambientais da empresa, estes modelos têm recebido a denominação genérica de Balanço Social.

Na década de 1970, em ritmo de "milagre econômico", contrariando as tendências internacionais de proteção ao meio ambiente, o regime militar deu sustentação para o crescimento econômico a qualquer custo, sem nenhuma preocupação ambiental; isto abrangia alguns mega projetos, como a Usina Nucelar de Angra, no Estado do Rio de Janeiro, a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, a Transamazônica e o Projeto Carajás na Amazônia. Em resposta, o Brasil recebeu várias críticas, o Governo Federal manteve-se na defensiva, alegando que estas críticas seriam uma forma de conspiração das nações desenvolvidas para impedir o crescimento do país (BRASIL, 1997b).

Mais na frente, a ideia de responsabilidade social ganhou força graças à iniciativa do falecido Herbert de Souza– “Betinho”, sociólogo e diretor do IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, que lançou em 1997 uma campanha pela divulgação do Balanço Social, essa proposta recebeu adesão de expressiva parcela do empresariado nacional.

Nos países desenvolvidos e agora também no Brasil, cada vez mais ganha vigor e atualidade a discussão sobre o papel das empresas como agentes sociais no processo de desenvolvimento mundial. Torna-se fundamental que as empresas assumam não só o papel de produtoras de bens e/ou serviços, mas também o de responsável pelo bem-estar de seus colaboradores.

Observa-se uma preocupação crescente das empresas em vincular sua imagem à noção de responsabilidade social, a nova postura da empresa cidadã baseada no resgate de princípios éticos e morais, passou a ter natureza estratégica. Daí a importância da elaboração e divulgação do Balanço Social, instrumento valioso para medir como vai o exercício da responsabilidade social nos empreendimentos.

A ideia de responsabilidade social, nos termos em que se coloca a questão, pressupõe que a atividade empresarial envolve o compromisso de toda a cadeia produtiva da empresa: clientes, funcionários e fornecedores, além das comunidades, do ambiente e da sociedade como um todo. A ideia está relacionada com a teoria dos stakeholders, que seriam os indivíduos ou grupos que dependem da organização para alcançar seus interesses ou objetivos próprios, e dos quais a organização também depende para alcançar suas metas.

2.1 Educação Ambiental

Tem sido cada vez mais comum ver empresas divulgando nos meios de comunicação sua participação ou o apoio a projetos sociais, através de doações, no entanto a questão da Responsabilidade Social abrange muito mais do que simples doações financeiras ou materiais, essa questão está além do que se deve fazer por obrigação legal. A relação e os projetos com a comunidade

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