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O Imperialismo, Sua Origem e Repercussão na Atualidade

Por:   •  28/12/2017  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  397 Visualizações

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Neste contexto histórico, temos a primeira teoria sobre o que vem a ser o imperialismo de forma mais clara e objetiva, definida pelo jornalista John A. Hobson (1902, apud BUGIATTO, 2008) ele relaciona a essência desse fenômeno a fatores patrióticos, filantrópicos, políticos, ambiciosos, de aventura e de espírito militar, onde o imperialismo era desejável e poderia ser corrigido por uma reforma no mercado interno inglês. A ampliação da capacidade de consumo deveria ser feita as expensas do capital rentista e especulativo, com distribuição de renda e aumento da massa salarial. O crescimento das forças produtivas seria acompanhado pela ampliada e equilibrada capacidade de consumo, de tal modo que até mesmo o mercado externo teria sua importância drasticamente minorada. Assim, a expansão colonialista poderia adquirir o seu caráter benévolo e civilizador. Para Hobson (1902, apud BUGIATTO, 2008) o imperialismo beneficia as sociedades capitalistas dominantes, que procuram seus interesses por meio de outras nações.

Com esta teoria Hobson forneceu infraestrutura teórica aos marxistas para o desenvolvimento conceitual do imperialismo, suas causas e permanências, no entanto, os marxistas não acreditavam na reforma capitalista, mas sim no capitalismo como processo essencial no desenvolvimento do imperialismo.

Lenin, último autor marxista a teorizar sobre o imperialismo em sua obra: Imperialismo: Fase Superior do Capitalismo, define o novo capitalismo em 5 fases fundamentais:

1. a concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios; 2. a fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse capital financeiro da oligarquia financeira; 3. a exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância particularmente grande; 4. a formação de associações internacionais monopolistas de capitais, que partilham o mundo entre si; e 5. o termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes. (LENIN, 2008 apud LEITE, 2013, p. 509).

A partir das definições nota-se, que existem desde o início, profundas diferenças e semelhanças na formulação do conceito, causas e efeitos do imperialismo, fenômeno que vem sendo estudado até os dias atuais, por autores como Samir Amin (2005), economista neomarxista, já citado anteriormente, o qual afirma que o imperialismo esta no início de sua terceira fase, devido ao declínio do sistema soviético, e dos regimes do nacionalista populista do terceiro mundo, cujo propósito dos pais dominantes permanece com o controle da expansão dos mercados, a pilhagem dos recursos naturais do planeta, a exploração das reservas de mão-de-obra da periferia.

Percebe-se então, que devido ao seu impacto econômico e social, o imperialismo tem suas raízes no capitalismo, mantendo-se na história até os dias atuais. Neste cenário, temos como exemplo, os Estados Unidos (que mantém o poder econômico e militar atual) utilizando de sua influência para convencer outros países de sua ideologia, "em prol da humanidade" justificando assim suas ações sobre outros países, por meio das instituições multilaterais, como por exemplo: as Nações Unidas (ONU).

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CONCLUSÃO

Ao admitir que o imperialismo teve seu início nos primórdios do tempo, no qual era considerado em partes fenômeno reparável, e um avanço social, econômico, e cultural - para aqueles que acreditavam estar levando a civilização para os países "desconhecidos", portanto considerados inferiores, todavia com a mudança no contexto econômico, justificado pela expansão do capitalismo, a busca por novas terras, o acúmulo de capital e poder, tornou-se a maneira pelo qual países desenvolvidos dominam países de terceiro mundo e influenciam o mundo atual.

O imperialismo em sua proporção atual não pode ser removido do mundo, visto que é parte integrante da economia mundial, com bases consolidadas nas sociedades dominantes e dominadas, como por exemplo, as multinacionais existentes em todo país de terceiro mundo que precisam de trabalho barato e salários baixos, contudo ainda há tempo para novas políticas de relacionamentos internacionais, e para união dos países do terceiro mundo, por meio da organização de movimentos sociais e populares, conscientes e resistentes que defendam sua importância na sociedade econômica presente.

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REFERÊNCIAS

AMIN, Samir. O imperialismo, passado e presente. Disponível em:

ARAÚJO, Rafael. O Imperialismo e sua Atualidade na Análise do Sistema Capitalismo Internacional. Disponível em:.

CERQUERIA, Hugo Eduardo Araújo da Gama. Trabalho e troca: Adam Smith e o surgimento do discurso econômico / por Hugo Eduardo Araújo da Gama Cerqueira. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2000.

BUGIATTO Caio Martins. Teoria do Imperialismo: John Hobson. Disponível em:

FARIA, Fabiano Godinho. Industrialização e imperialismo no Brasil: da revolução de 1930. Disponível em

FERNANDES, Luís. A. Gênese da Teoria do Imperialismo. Disponível em: ...>Coleção princípios>Edição 16.

LEITE, Leonardo de Magalhães. Sobre a teoria do imperialismo contemporâneo: uma leitura crítica. Disponível em:

LOPES, Carlos. Imperialismo: Uma questão não superada. Disponível em: .

SILVA, Fabio Luiz Da. História Contemporânea.

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