Resumo: Preconceito Racial de Marca e Preconceito Racial de Origem

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marca, o dogma da cultura prevalece sobre o da raça, ou seja, os grupos que se misturam são mais favorecidos comparados aos que permanecem restritos; origem, dá-se o oposto.

7 – Quanto à etiqueta: marca, os grupos dominantes tentam não humilhar os grupos discriminados; origem, os discriminadores tentam conter e dominar os discriminados.

8 – Quanto ao efeito sobre o grupo discriminado: marca, a consciência da discriminação tende a ser pausada; origem, tende a ser contínua.

9 – Quanto à reação do grupo discriminado: marca, o indivíduo discriminado procura compensar com realizações pessoais e sociais para ter a aceitação do dominante; origem, os indivíduos tendem a se unir, fortalecendo a solidariedade grupal.

10 – Quanto ao efeito da variação proporcional do contingente minoritário: marca, os indivíduos tentem a sofre mais quando a parcela de seu grupo discriminado é menor na população local; origem, ao contrário.

11 – Quanto à estrutura social: marca, a probabilidade de ascensão social é inversamente proporcional a intensidade das marcas de que o indivíduo é portador; origem, o grupo discriminador e o discriminado tendem permanecem rigidamente separados um do outro.

12 – Quanto ao tipo de movimento político a que inspira: marca, a luta do grupo discriminado se confunde com a luta de classes; origem, o grupo discriminado luta unida como uma nação dentro de outra.

Tanto em um tipo quando no outro, o preconceito racial se faz parte dos hábitos e crenças sociais e se manifestam nas relações interindividuais. No Brasil, o preconceito de marca tende a ser discreto e muito relativo ao conflito de interesse entre as classes; já nos Estados Unidos, o preconceito de origem tende a ser explícito, e praticado contra um grupo pelo o que ele é, desconsiderando o que possuem e o que fazem.

Oracy Nogueira conclui seu trabalho relatando que este é o “pontapé inicial” para novas pesquisas que relatam o problema aqui exposto. Também indica que elas devem verificar o papel da industrialização no processo de preconceito racial, e, no Brasil, o que as imigrações e manifestações vão ocasionar.