Historia do açucar refinado
Por: Sara • 20/12/2017 • 1.160 Palavras (5 Páginas) • 363 Visualizações
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Em uma ligação feita pelo diretor do manicômio vemos outra denuncia da reforma psiquiátrica: a mercantilização da loucura. É dado um incentivo a instituição pelo número de pacientes existentes no local, e para tanto não há escrúpulos, o diretor diz: “pegaremos qualquer mendigo e lotaremos isso aqui!”. Não há nenhum instrumento que avalie a instituição e possa levá-la ao descredenciamento (nos casos das irregulares) como atualmente existe o PNASH/PSIQUIARIA. Na época anterior a reforma, as únicas possibilidades de fiscalização e avaliação eram os supervisores do SUS ou auditórias que atendiam a denuncias feitas por familiares de usuários, o que é muito longe da realidade do filme, já que ninguém ouvia ao gritos de socorro de Neto. Sua família antes das visitas era orientada a não estranhar o comportamento do rapaz e a julgar pelo jardim da instituição e pelo aspecto corado e nutrido de Neto (muitas vezes conseguidos a custa de remédios que lhe abria o apetite). Não poderia haver suspeitas.
Quando Neto enfim consegue sair da instituição, vemos que ele não tem assistência alguma, após um período de internação prolongado não há nenhuma preocupação em reinseri-lo na sociedade, já que após um longo período internado necessitaria de apoio para se readaptar, como é dado atualmente pelos CAPs e NAPs e residências terapêuticas, ele precisaria do apoio dos Capsad (que atende a usuários de drogas e álcool) já que supostamente ele se encaixaria nesse perfil. Essas instituições são instrumentos de grande valor para a reforma.
Comparando com a antiga realidade mostrada pelo filme, vemos a importância da Reforma Psiquiátrica, pelo sofrimento que poderia ter sido poupado a milhares de pessoas como Neto, que foram e são forçadas muitas vezes sem necessidade alguma a perderem suas vidas em manicômios (cuja proposta é recuperá-los), contribuindo muitas vezes para a morte desses indivíduos, com terapias agressivas e com total falta de amor e respeito, dando-lhes um tratamento vergonhoso e cruel.
A reforma contribuiu para transformar práticas, saberes, valores culturais e sociais, ressaltando o direito que essas pessoas têm de ter uma assistência, inclusive de enfermagem, de forma digna e humana.
Referencia:
http://www.ccs.saude.gov.br/vpc/reforma.html
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v9n1/a03v9n1.pdf
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